Antes de iniciar nossa tese vamos definir advogado do diabo, se recorrermos ao Houaiss, ele dirá que é o encarregado de apresentar, na cúria romana, prova que possa obstar ao candidato ser admitido entre santos e beatos, ou seria a pessoa que levanta todo o tipo de objeção a uma tese, criando dificuldades à defesa da mesma. É o popular “chato”.
Pois bem, numa reunião onde o líder apresenta uma estratégia, os novos rumos etc… muitas vezes dizemos que tem lá sempre um espirito de porco que não concorda. Moral dessa história. Fala quem pode, obedece quem tem juízo. Esse elemento é o famoso “do contra”, talvez, um pessimista, um acomodado, seja lá como queiramos defini-lo. Com o tempo as ideias do superior serão implantadas, e ele como é o elo mais fraco da corrente será isolado, inclusive pelos seus pares que preferirão estar ao lado do líder.
Ocorre que em muitos casos as opiniões desse advogado do diabo podem estar corretas e a empresa poderá estar incorrendo num erro estratégico se não aceitá-las. E aí?
Sugestão, antes que a reunião tenha início, eleger um advogado do diabo, esse elemento deverá ser substituído na próxima reunião por outro a ser escolhido. Motivo: a carga negativa ficará dispersa por todos, ou seja, no médio prazo todos terão ocupados a posição do diabo.
E qual seria a função do advogado do diabo? Ele deverá acompanhar a exposição com olhos de critico, com olhar lateral, buscando brechas no projeto que podem acarretar prejuízos. Ele dará opiniões alternativas contrárias ao exposto, e muito embora as opiniões possam não ser aceitas, elas podem corroborar para o aperfeiçoamento do projeto. Será abordado pelo advogado do diabo outros pontos de vistas que ao princípio, as pessoas, possam estar com olhos vedados, pois o espírito que permeia o ar é de concordância.