É ilusório pensar que todos em uma empresa estão interessados em crescimento. O dia a dia no mundo corporativo prova isso. A massa de desinteressados pode-se dividir em:
- Aqueles que desejam pagar suas contas e incluem nessas contas um curso, uma faculdade, algo que os fará crescer o suficiente para sair do local onde se encontram no momento.
- Outros estão ali para conseguir um salário no final do mês e pagar suas contas vinculadas a sobrevivência. São aqueles acomodados, os apaixonados por rotinas que não desejam pensar e são totalmente avessos às mudanças. Utilizam em 100% do tempo o cérebro reptiliano, o cérebro reptiliano é e foi fundamental para a sobrevivência do ser humano, mas convenhamos estamos no século XXI e para se ter uma boa vida é conveniente utilizar o córtex que está ali à disposição de todos os interessados em utilizá-lo.
Desde a Revolução Industrial o ambiente fabril, posteriormente denominado ambiente empresarial é permeado por pessoas com essas características acima e não há sinais fracos no horizonte que esse cenário irá mudar. Com a vinda dos robôs aqueles que não estudam e não progridem terão seus salários cada vez mais achatados e serão cada vez mais descartáveis. De qualquer maneira são seres humanos e essa massa de gente praticamente improdutiva será um “problemão” para as próximas gerações, pois eles são dignos de condições mínimas de sobrevivência, mesmo que não possam contribuir em nada ou quase nada para uma sociedade moderna. Ou seja, serão despesas a serem computadas.
Já escrevemos aqui que os líderes do futuro deverão contar com pessoas indispensáveis em suas organizações, pessoas-chave, pessoas que farão acontecer, solucionadores de problemas. A verdade sobre a liderança deve ser simples, há dezenas de teorias, técnicas, ferramentas, no entanto, a pergunta fundamental é: O que você deseja? Por quê? Que tipo de líder deseja ser? O que pretende deixar de legado para aqueles que estão por vir? Respondida as perguntas simples todo o restante será construído no entorno desse objetivo.
É lógico que definido o caminho a ser percorrido, muita gente boa já deve ter passado por ali, ou pelo menos percorrido algum trecho. Então, por que não aproveitar essa experiência? Como? Participe de comunidades afins e tenha um ou mais mentores, gente que já esteve lá, ou pelo menos perto!
É comum lermos na mídia impressa que o Brasil é o país das pessoas ansiosas, temos perto de 20 milhões sofrendo desse mal segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde. Nesse ranking somos o no 1. Por quê? Porque as pessoas não param para pensar no Por Quê? Dedicam-se ao O QUE e, se estressam com o COMO.
E o líder? Faça o que é transportável.
Muitas vezes o líder trabalha duro sem nenhum reconhecimento por parte dos superiores, o que fazer? Faça o que é transportável. Sim, há atividades, estudos, conhecimento, que podem ser perfeitamente transportados de uma empresa para outra. São essas as atividades que o líder deve se ater.
Dentro de uma determinada liderança adquirimos algumas habilidades, mas quais seriam passiveis e possíveis de serem transportadas? Sim, pois são essas que irão interessar ao novo empregador, ou mesmo se partirmos para uma carreira solo empreendedora.
Vejamos algumas possibilidades transportáveis:
Henry Kissinger.
Esse senhor foi reverenciado quanto esteve desempenhando o papel de líder da política externa dos EUA, filho de judeu acompanhou de perto a perseguição dos pais, provavelmente essa trajetória lhe conferiu musculatura para voos mais altos ocorridos no período 1968 a 1976. Aconselhou diversos presidentes para assuntos externos de Eisenhower a Gerald Ford obtendo em 1973 o Prêmio Nobel da Paz pelo cessar fogo da horrenda Guerra do Vietnã.
É óbvio que poucos chegarão a um cargo como esse e com tal desempenho, mas se nos tornamos um bom negociador, essa habilidade será válida em outros cenários. Não estamos aqui defendendo a trajetória de Kissinger e, sabemos das críticas a ele imputadas. No entanto, negociações devem constar do “curriculum” de um líder. Ao negociar ativamos nossa criatividade e desembocamos numa solução inovadora que poderá ser medida, monetizada e referenciada. Portanto, não percamos as oportunidades para negociar e quanto mais complexa a situação mais seremos valorizados. Por favor, os CV´s que mencionam fiz o fundamental na escola tá, tá, tá,… e o colégio …. no tá, tá, não acredito que algum contratante esteja interessado nesse tipo de informação. Mas, naquilo que negociou, nos projetos que concluiu, nos procedimentos que implantou, no time que comandou ou pertenceu, isso sim, possui valor.
Nós escolhemos ir para a Lua.
Sim, isso aconteceu. Por que? Porque um líder decidiu nessa direção. Tudo bem, algum crítico poderá dizer, mas isso foi nada menos que o presidente John F. Kennedy dos Estados Unidos. A ideia era realizar uma alunissagem tripulada e trazer os americanos sãos e salvos de volta à Terra. Feito realizado em julho de 1969 pela Apollo 11, e lá se vão 50 anos.
Mas, eu não sou o JFK, não fui e não serei o presidente dos EUA. Ok. Eu, sou somente a pessoa responsável pela copa de um escritório de engenharia. E, daí? Faça as coisas acontecerem. Faça a diferença. Faça o melhor café do escritório, do prédio, do bairro, da cidade. Mas, não dá? Exemplo para atiçar a imaginação, no Espírito Santo, o pássaro Jacu come a cereja do café sem mastigar, o grão passa pelo aparelho digestivo e é expelido pelas fezes do animal. Dizem os experts que 1kg de fezes rendem 300 g de Jacu Bird pela bagatela de alguns milhares de reais o quilo. É assim, tudo pode ser melhorado, recriado. Fácil? Ninguém disse que seria! (Continua na próxima semana).
(Leia o mesmo artigo na média impressa)