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Da porteira para fora (141) – Jornal Tribuna Liberal de 09/02/2020 – Passarinho!

Muito falamos e escrevemos sobre a velocidade das mudanças, o mundo sempre mudou, mas, agora, as mudanças são mais rápidas. Essas mudanças trazem em si um outro fenômeno que nos permeia, essas metamorfoses seguem para um patamar que muitos de nós somos transformados em alienados.

Nós tínhamos paciência com os da geração passada, podíamos dizer: Minha avó não acreditava que o sr. Neil Armstrong pisou em solo lunar, ela não conseguiu acompanhar a evolução, eu a entendia. Agora, vejamos, o que está acontecendo conosco e mesmo com a grande maioria dos jovens que não se debruçam sobre os livros? A conclusão é clara, não há um acompanhamento das novas tecnologias, das mudanças cotidianas, do novo “status quo”. Mesmo o bobo da corte de William Shakespeare já nos alertava sobre esses tempos profetizando o destino do rei: “Pobre Lear, que ficou velho antes de ficar sábio.” É, O rei Lear envelheceu sem o conhecimento.

Esse fenômeno se reflete em nossas empresas, o proprietário que não se atualiza levará para o buraco sua teimosia e seus funcionários que estão ali orbitando a obsolescência. É fácil enxergar, Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou Leonardo da Vinci, 1452 – 1519  (o Brasil acabara de ser descoberto pelos portugueses) disse:” Há três tipos de pessoas: as que veem, as que veem quando lhes é mostrado e as que não veem.”

Se classificarmos nossas empresas nessas três categorias de Leonardo já teremos uma visão clara do futuro que nos espera. Se o exercício acima exigir muito esforço, é possível olhar 5 anos para trás e fazê-lo. Num exemplo, como nossa empresa estava há 5 anos atrás? Qual era o faturamento? Melhorou? Piorou? Os dirigentes enxergaram as mudanças ocorridas de 2014 a 2019? Sim ou Não. A resposta está conosco.

Muitas das empresas aguardam o juízo final para que alguma palavra de misericórdia lhe seja conferida e o Éden lhe seja concedido. Doce esperança vã! Ao realizar um voo, primeiro é preciso ter esse objetivo, depois um plano de voo, a decolagem é o terceiro passo. O avião está lá na cabeceira da pista, ainda será possível abortar, no entanto, depois que ele atinge uma determinada velocidade não haverá outra opção que não seja seguir em frente.

Dirigentes que não reservam tempo limpo para a estratégia sofrerão duramente e aqueles que assim o fazem também não terão vida mansa, o importante é não rebaixar de magreza.

É preciso se planejar e ficar antenado, a rapidez inteligente é uma das virtudes dos tempos modernos. Ou seja, “passarinho que se debruça – o voo está pronto!” (Guimarães Rosa).

Façamos o voo de cruzeiro!

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