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Da porteira para fora (168) – Jornal Tribuna Liberal de 16/08/2020 – 2021.

As pessoas se perguntam como será o mundo pós pandemia? Alguns respondem que o mundo não mudará, contaremos nossos mortos e retornaremos às atividades normais, outros que iremos adotar pequenos novos hábitos, exemplo, iremos usar máscaras mesmo depois da pandemia. E, paramos por aqui. Nenhum plano global eficaz sobre o novo normal foi rascunhado!

No paralelo, os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento correram desde o início dessa jornada para encontrar a vacina contra o Convid-19, e muito provavelmente para receber o Nobel. Estamos em meados de 2021, o Nobel está sendo discutido.

A vida no planeta se “normalizou”. Será que deveríamos aprender algo com essa pandemia além da simples mudança de pequenos hábitos? Vamos lembrar que os habitantes desse planeta invadem a cada dia os habitats da fauna e da flora, além de destruírem ambientes já conquistados, são ações diárias que oferecem uma contrapartida negativa por parte da natureza ofendida, novas doenças, aquecimento global, fenômenos naturais agravados etc.

Todavia, a sociedade mundial é majoritariamente capitalista, o lucro, vem em primeiro lugar. O modelo exportado pelos EUA foi o capitalismo meritocrático, ganha mais quem performar melhor. A China proclama o capitalismo político e ganha cada vez mais espaço nesse século.

Os países emergentes capitalistas foram castigados duramente pelo COVID-19, desemprego aos milhões, mortes, fome, falta de perspectivas, dívidas privadas impagáveis, quebradeira e dívidas públicas em relação ao PIB atingiram patamares nunca visitados. Fissuras sociais, antes veladas brotaram a olhos nu. No Brasil o governo apelou pelo receituário Keynesiano e ao distribuir dinheiro para os vulneráveis descobriu que dezenas de milhões de pessoas viviam como clandestinos, muitos sem certidão de nascimento.

Qual a solução? Acreditamos que o lucro continuará dominando o século XXI, mas qual lucro? O lucro bom.

De um lado teremos consumidores mais conscientes, exigindo produtos e serviços sustentáveis, e de outro lado fornecedores em busca desse lucro bom. Mas, como atingir o lucro bom? Acreditamos que um excelente início seria responder a 4 Por Quês.

O 1º seria “por quê” você faz o que faz? Você se orgulha dessa atividade? Pode repassar para seus descendentes como algo nobre?

O 2º “por quê” seria por que a empresa que você trabalha existe? Há no âmago dessa organização um propósito ou uma causa, uma missão que coopera com o bem estar da humanidade sem destruí-la,

O 3º “por quê” se refere aos dirigentes dos negócios, o objetivo deles é lícito ou estão simplesmente ali olhando para o próprio umbigo, buscando enriquecer sem se importar onde seu lixo será jogado no final do dia,

O 4º “por quê”, se refere ao seu cliente. Por que ele compra de você ou da sua empresa? Esse cliente está consciente sobre o fato de estarmos todos no mesmo barco? Vale a pena alimentar esse cliente com nossos produtos e serviços?

Sabemos que para aqueles que passaram dos 50 anos de idade esse discurso encontrará pouco eco em seus ouvidos, todavia, os jovens que estão vindo já percebem o legado desastroso que lhes foi deixado, um jovem pode comprar um título de carbono enquanto a geração que passou dos 50 não irá querer escutar sobre o tema, e estamos aqui! Uma pandemia dentro de um pandemônio.

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