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Da porteira para fora (194) – Jornal Tribuna Liberal de 21/02/2021 – O Plano.

A China, esse tigre asiático que está papando todo mundo definiu um plano para 2049 e está aí para quem desejar estudar. O plano é reafirmado em discursos de seu líder maior o sr. Jinping e através de documentos que rodam a internet.

Sem dúvida eles desejam ser o líder global até 2049 ultrapassando os EUA em todos os campos. A economia chinesa possui papel importante nesse plano, no entanto, a complexidade dos produtos é tratada com o cuidado oriental. A política central é ajudar as empresas nacionais a darem os primeiros passos e depois deixá-las voar para dentro de mercados estrangeiros.

Os chineses sabem que é preciso reformar o Estado e aumentar suas forças em outros mercados, para tal irão flexibilizar investimentos estrangeiros e participar firmemente da propriedade intelectual.  A China está se inserindo cada vez mais no mercado mundial de capitais e terá que lidar com problemas internos como das taxas de juros, câmbio, direitos humanos e meio ambiente. No entanto, é fundamental mencionar que quanto maior a complexidade econômica de um país, maior sua renda per capita.

Complexidade é o nome desse jogo, num exemplo, há quarenta anos um trabalhador brasileiro ganhava o equivalente a 29% de um americano médio, hoje, estamos em 20%, ou seja, o salário do brasileiro é 1/5 de um americano do Norte e eles não estão nenhum um pouco preocupados. Por quê? Porque eles sabem, no mundo atual é mandatório fabricar produtos sofisticados, difíceis de serem copiados.

Os países desenvolvidos estão produzindo produtos e serviços cada vez mais complexos, considerando o parâmetro “complexidade” em 2018 (segundo estudos de Harvard), o Japão ocupava o 1º lugar, os EUA 11º, a China 18º, o Brasil a posição 49º e o Vietnã 52º posição. A China e o Vietnã estavam muito atrás do Brasil na década de 90.

O fato de a China se tornar moderna não diminui a presença do Estado na economia e aqui nossos dirigentes não enxergam (ou não querem enxergar) a estratégia desses tigres. O Estado fornece musculatura para as empresas privadas competirem e depois exige que elas exportem para os “neoliberais” se deleitarem. Além disso o sr. Jinping não abre mão de criar uma classe média consumidora imbatível e de ter o maior e mais preparado exército do planeta.  Enfim, o “sonho chinês” está traçado, e “nós”, qual é o nosso sonho? Precisamos ter um plano?

Bem, o nosso plano é:

 

Ooooops, desculpem-me, descobri, agora, estou copiando o texto acima do PAEG -Programa de Ação Econômica do Governo, escrito em “1964” pelo sr. Roberto de Oliveira Campos sob o comando do Marechal Castelo Branco. Esse sonho foi de noites passadas. Qual será o sonho atual?

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