É fundamental apresentar ao leitor essa joia da coroa brasileira, a NASA Brás. Empresa criada em 3 de outubro de 1953 pelo então presidente Getúlio Vargas na onda popular de 1946 com slogan “O espaço é nosso” e trazia em seu objeto social a exploração do espaço para a busca incansável de vida inteligente e rica.
Obviamente que a NASA lá dos americanos do Norte criada muito depois em 01 de outubro de 1958, a National Aeronautics and Space Administration – NASA buscava simplesmente a exploração espacial, levar o homem à Lua e outras coisinhas menos importantes e mais fáceis. É verdade que a NASA americana já possuía em seu objeto social a busca por vida no espaço, esse tipo de vida poderia ser uma bactéria e já teriam atingido o objetivo.
A NASA Brás, ao contrário, trazia em seu objeto social clareza de propósito, não bastava encontrar vida, e não era qualquer tipo de vida, até porque a empresa não tinha interesse em ignorantes ou pobres. Trata-se de uma visão de longo prazo, tão reclamada por brasileiros habitantes da terra brasilis, a NASA Brás começou com capital 100% nacional onde o discurso sobre soberania imperou por longos anos. Sim, a NASA Brás era o acrônimo de algo que ninguém sabia ao certo, mas corria à boca pequena: NASA – Nenhum Animal Sabe o que está Acontecendo.
A NASA Brás fatura? Sim, a NASA Brás vende horas de seus satélites. Esses satélites em órbita e de sua propriedade lhe possibilitou criar a Inter Brás, uma internet 100% brasileira. Mas, a exigência de capital para que realmente vida inteligente e rica fosse encontrada demandava cada vez mais capital intensivo.
A NASA Brás era uma empresa sadia, ou seja, seu balanço era positivo, no entanto, para sair do sistema solar – sim, não havia provas de gente inteligente e rica no sistema solar, claro excetuando-se Pequim e Washington – então, era preciso viajar rápido e mais longe.
A NASA Brás havia progredido com a descoberta de “Proxima b”, um planeta potencialmente habitável por gente inteligente e rica e não tão distante do nosso sistema solar, o cálculo apontava para 4,2 anos-luz de distância (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros), a água por lá parecia ser abundante o que em tese indicava a presença de Resorts e por consequência pessoas com recursos.
A NASA Brás era uma empresa lucrativa, enfrentava alguns percalços, por exemplo, entre as décadas de 30 e 80 o Brasil teve sua indústria local sempre em desenvolvimento interrompendo esse processo de lá para cá até 2021, assim, o país encarava a desindustrialização contínua ao ponto de empresas chilenas de engenharia terem faturado mais em 2020 do que as empresas brasileiras. Outro ponto era a necessidade crescente de capital intensivo, foi quando um liberal participou da cúpula do governo e num golpe de mestre decidiu abrir o capital da empresa. Um sucesso, o dinheiro jorrou como petróleo para os cofres da empresa, e ela se capitalizou. Sim, admitiu vários sócios privados, mas nada é perfeito.
Esses novos entrantes (acionistas) buscavam altos lucros enquanto a empresa buscava alcançar o planeta “Proxima b”, o caixa da empresa era drenado para o projeto de busca de planetas com gente inteligente e rica, e no território nacional o faturamento era alcançado via o aluguel de satélites que definitivamente não cobriam os custos dos mega projetos.
Vale mencionar que a NASA Brás foi durante um longo período saqueada por integrante de governos de esquerda, direita etc. alguns valores foram devolvidos aos cofres da empresa, e ao final imperava o ditado popular; “ok, está tudo certo, agora, todos são honestos, mas o meu chapéu, sumiu!”
O governo mantinha a maioria das ações da NASA Brás e, portanto, fazia impor sua vontade, recentemente havia nomeado um militar de alta patente para comandá-la. Por quê? Suponha que no planeta “Próxima b” haja resistência quando o tema em pauta for um empréstimo (a fundo perdido), provavelmente eles não irão aceitar, até porque são inteligentes. Então, um general no comando da empresa estará mais alinhado se a pólvora se mostrar a melhor alternativa.
Enquanto o planeta “Proxima b” não era conquistado, os acionistas minoritários faziam muito barulho, eles exigiam o aumento do valor das horas de utilização de satélites, e o general remava na direção contrária.
Aumentar o valor das horas de satélites, significava maior lucro para os acionistas, mas há um custo adicional para toda a população que utilizava a Inter Brás (a internet brasileira) e todos se utilizavam dessa facilidade.
Vale dizer que com a desindustrialização a necessidade de equipamentos e serviços vinham do exterior, dos mais variados campos, eram eles: semicondutores, produtos farmacêuticos principalmente para astronautas, produtos pessoais, softwares, hardware, telecomunicações, alimentação especial, etc. todos cotados em dólares, ou seja, os custos da NASA Brás eram tabelados em dólares.
O interessante é que quando esse general foi nomeado, o ministro da economia era um liberal de carteirinha, conhecido como sr. “Pagues”. Assim, nos meses seguintes a administração do general – sr. Buduna, o valor da hora de satélite foi mantido artificialmente baixo para alegrar o presidente. Essa operação já havia sido feita quando o governante era uma presidenta.
Obviamente a NASA Brás começou a fazer prejuízo, o preço das ações começou a despencar e os planos para conquista de “Proxima b” foram esticados em um ano luz para frente.
Até que numa reunião do presidente com seus ministros onde estava presente o general sr. Buduna – presidente da NASA Brás, o ministro da economia o “sr. Pagues” pediu a palavra e deferiu:
-O corpo técnico do ministério da Economia executou alguns cálculos e a conclusão é: “ Vamos Vender a NASA Brás.”