Continuamos escolhendo um projeto e deixando a receita válida para qualquer outro negócio, business etc.
Matematicamente podemos ter um fluxo de caixa onde a TIR não existe, por que? Porque o projeto é muito bom e deverá retornar valores positivos, ou seja, o VPL não passará pelo zero. Uhhhh
Exemplo IV; temos o seguinte fluxo de cx abaixo e buscamos uma taxa de retorno de 20%. Colocamos números baixos, mas se multiplicarmos por 1.000,00 – não há diferença.
taxa | ||
20% | ||
anos | valores | |
0 | R$ 60,00 | |
1 | -R$ 50,00 | |
2 | -R$ 50,00 | |
3 | -R$ 50,00 | |
4 | R$ 100,00 | |
VPL | R$ 2,90 |
VPL positivo. Opa! O projeto é interessante.
E a TIR? Vamos calcular.
Se calcularmos a TIR teremos;
TIR | #NÚM! |
Opa, deu errado? Está errado? O Excel errou? Não, o Excel não errou e retornou #NÚM!
Por quê? Porque não existe TIR para esse projeto. Simples, assim!
O complexo é encontrar um projeto que sempre retorne um VPL positivo independente da TIR. Esse é o pulo do gato.
Mas, veja que maravilha de projeto, se colocarmos num gráfico a curva do VPL não irá cortar a curva da TIR (eixo x).
Concluímos que para nós, leigos, é muito perigoso calcular a TIR diretamente sem antes ter verificado se o VPL é positivo.
Vale mencionar que o cálculo da TIR não considera tempo de retorno, ou seja, um Projeto “A” com TIR de 20% e um projeto “B” com TIR de 20% são iguais do ponto de vista do retorno sobre o capital. No entanto, o projeto “A” poderá necessitar de 12 meses para gerar o retorno esperado e o projeto “B” poderá necessitar de 36 meses para gerar o retorno esperado. O projeto “A” na prática é três vezes melhor que o projeto ”B”, no entanto, o cálculo da TIR não nos fornece essa informação. Continua na próxima semana.
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