Vamos encerrar essa série cônscio que o tema poderia ganhar maior profundidade, no entanto, as diretrizes básicas de como escolher um projeto foram dadas. Partimos do VPL positivo, calculamos o Payback e utilizamos o cálculo da TIR como suporte aos nossos investimentos.
Discutimos a série de nomenclatura que possuímos para o mesmo fenômeno financeiro como Custo de Capital = TMA, IRR, TIR etc. no entanto, precisamos qualificar a fonte(s) e quanto essas fontes desejam ter como taxa de retorno.
Bancos de Fomento pertencentes ao governo não deveriam cobrar altas taxas de juros ou não deveriam exigir altos ganhos de capital, pois, se eles assim o fizeram não há sentido em ser denominado Banco de Fomento.
Outros que podem compor o portfólio do capital investido são os acionistas, e temos o capital próprio. Via de regra o capital próprio deve ter o maior retorno, pois, é esse capital que está tocando o negócio para frente e assumindo todos os riscos do negócio. Quais riscos? Todos, desde trabalhistas até o insucesso do projeto.
O capital do Banco cobrará juros, o capital de terceiros receberá o ganho de capital em forma de dividendos. O capital de terceiros recebe na praça o jargão de “Equity”. O Equity correrá maior risco que o Banco, por quê? Porque o capital Equity estará junto no negócio, enquanto o capital do Banco exige garantias e não corre risco. Dificilmente um banco perde, no entanto, se olharmos o que eles possuem em sua carteira encontremos de tudo, desde granja até sorveteria, por que? Porque o não pagamento dos débitos os conduziram a tomar esses bens. É triste, mas é assim! O interessante é que os bancos não desejam ser proprietários dessa infinidade de empresas, trata-se de um “abacaxi” para eles, pois precisarão se desfazer desses bens, e essa operação nem sempre é simples.
Assim, o capital que corre maior risco deve receber o maior retorno, ou deveria. Na prática o que vemos são a grande maioria das empresas quebrarem e os bancos se tornarem cada vez mais ricos.
Banco = Credor é diferente de Sócio com Equity que será o último a receber. E o por que o sócio não a maior parte dos lucros? Porque o Brasil é um país instável e a política nacional não é voltada para quem produz.
Quando emprestamos recursos do Banco e estamos na modalidade Lucro Real podemos descontar o imposto do valor pago ao Banco.
Vamos fazer um exercício hipotético, temos a necessidade de 100 de capital, emprestamos 40 do banco e 60 de sócios. O banco exige um retorno de 10% e os sócios 14%. Quanto nos custará o capital por ano? (empresa dentro do regime Lucro Real).
Lembrando, em inglês a sigla WACC é o mesmo que custo do capital.
WACC = Weighted Average Cost of Capital = Custo Médio Ponderado de Capital.
Solução;
Do lucro é possível, numa empresa de Lucro Real, abater a Contribuição Social e o Imposto de Renda. Se somarmos esses 2 impostos chegaremos a algo próximo de 34%.
Então, se consideramos o VPL, a TIR, e o Payback, quais serão os próximos passos? Temos mais 03 variáveis a serem consideradas. Elas são, o fluxo de caixa, o fluxo de caixa incremental (positivo ou negativo) e a inflação.
O fluxo de caixa incremental é quanto a receita irá aumentar ou diminuir com base em novas variáveis do projeto. Quais? Existem “n”. Por exemplo, conseguimos um grande cliente que não foi previsto, ou compramos uma máquina que irá aumentar a produção em “x” por cento, ou tivemos uma pandemia e o faturamento caiu.
Suponhamos uma estrutura de vendas, ela consome um determinado valor para operar, esses custos estarão no fluxo de caia da empresa. Agora, decidimos conquistar um novo cliente, esse cliente irá dispender novos esforços como testes comprobatórios, treinamentos específicos, viagens, etc.. esse novo cliente, então, terá um custo incremental. Uma empresa que atue em São, Rio de Janeiro e Minas Gerais decide conquistar um cliente no Pará, nesse caso ela deverá executar um fluxo de caixa incremental e, mais avaliar o CAC – Custo de Aquisição do Cliente. Será que como CEO´s temos calculado o CAC?