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Da porteira para fora (238) – Jornal Tribuna Liberal de 19/12/2021– Motivação 10!

A flexibilidade comportamental está conectada com a resiliência. Embora, já tenhamos discutido o tema da resiliência nas matérias anteriores vale mencionar alguns trechos do artigo “O mecanismo da resiliência de Diane L. Coutu” ( “Inteligência emocional” por Harvard Business Review) ……..

“Pessoas resilientes possuem três características que as definem: aceitam com calma a realidade difícil que enfrentam; encontram sentido em épocas terríveis; e têm uma extraordinária capacidade de improviso, usando o que estiver à mão. Durante recessões profundas, a resiliência se torna mais importante do que nunca. Felizmente, é possível aprender a ser resiliente.”

Observamos que concluímos em artigo anterior que a flexibilidade está conectada com o fato de termos um plano B, para o caso de falha do plano A. Observamos que apenas o fato de termos um plano B já irá diminuir nossa frustração ou elevará o nosso limiar em relação a frustração.

O artigo continua……. “Encare a realidade em vez de cair em negação ao lidar com a adversidade, veja a realidade de sua situação com sobriedade e pé no chão. Assim você se prepara para resistir – ensaiando para sobreviver antes do evento. Exemplo: O almirante Jim Stockdale sobreviveu à prisão e à tortura pelos vietcongues, em parte, ao aceitar que poderia ficar preso por muito tempo. (Ele ficou aprisionado por oito anos.) Aqueles que não conseguiram sair dos campos supunham, com otimismo, que seriam libertados logo – no Natal, na Páscoa, no Quatro de Julho. “Acho que todos morreram de desilusão”, disse Stockdale. Busque sentido Quando os tempos difíceis chegarem, resista a qualquer impulso de se ver como vítima e perguntar “Por que eu?”. Desenvolva reflexões sobre seu sofrimento a fim de criar sentido para você e para os outros. Você construirá pontes de sua provação atual para um futuro melhor, mais completo. Essas pontes farão com que o presente seja administrável, pois removerão a sensação de que ele é insuportável. Exemplo: O psiquiatra austríaco Victor Frankl, sobrevivente de Auschwitz, percebeu que precisava encontrar algum sentido para suportar sua provação. Então se imaginou dando uma palestra, depois da guerra, sobre a psicologia dos campos de concentração para ajudar os que ficaram do lado de fora a entender as coisas pelas quais ele passara. Ao criar objetivos concretos para si, ele superou os sofrimentos do momento. Improvise continuamente quando o desastre bater à porta, seja criativo. Faça o melhor que puder com o que tem, usando seus recursos de modos inusitados, e imagine possibilidades que os outros não veem. Exemplo: Mike montou um negócio com o amigo Paul para vender material educativo para escolas, empresas e consultorias. Quando o país entrou em recessão, eles perderam muitos clientes. Paul passou por um divórcio difícil, teve depressão e não conseguia trabalhar. Quando Mike se ofereceu para comprar a parte dele, Paul entrou com um processo, alegando que Mike estava tentando roubar o negócio. Mike manteve a empresa funcionando como pôde, associando-se em joint-ventures para vender material de treinamento em inglês para organizações chinesas e russas, publicando newsletters para clientes e até escrevendo roteiros de vídeos para a concorrência. No final, o processo foi decidido a seu favor, e ele ficou com um negócio novo e muito mais sólido do que o anterior.”

O que podemos afirmar com base na nossa própria trajetória é que frustrações ocorrem com todos e a resiliência pode ser treinada, ou aprendida. O nosso cérebro é obediente, mas preguiçoso. É preciso perseverar para que ele assimile um novo hábito, ou torne-se mais resiliente suportando os reveses com um limiar de frustração elevado. Um problema que tivemos no passado e nos deixou frustrado, se soubermos elevar o nosso nível de resiliência o trataremos com maior parcimônia e menor frustração.

Diane L. Coutu sugere que para elevar nosso nível de resiliência tenhamos sob controle ou aprendamos como administrar 03 variáveis.

 

A capacidade de criar novas alternativas, mesmo quando estamos voando em céu de brigadeiro significa ser flexível, portanto, sofrer muito menos com as frustrações que virão.  (continua na próxima semana).

 

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