Obviamente estamos nos referindo ao ambiente corporativo, no entanto, proporemos solução válida para qualquer situação. Os cenários são os mais diversos, uma empresa com sócios e ocorre o julgamento entre os sócios, um gestor de área julga os colaboradores de seu time, os colaboradores julgam seu gestor etc.
Somos seres humanos, então, o componente emocional e imediatista se faz presente. Suponhamos um colaborador procrastinador, aquele que nunca entrega seus trabalhos dentro do prazo. O:-Ihh, esqueci. Naquele mês ele ou ela apresenta para a gerência um contato que abrirá as portas para a empresa conquistar um excelente contrato. Qual será o julgamento que a gerência fará dele ou dela naquele momento? Será que o julgamento será o mesmo do mês anterior?
Suponha um sócio minoritário dedicado, um sócio que soma, um sócio que está ali presente para os mais diversos desafios, mas naquele mês o sócio majoritário se impressiona com o aparecimento de um novo profissional na organização, um colaborador que saiba encantar. A comparação entre esse profissional e o sócio antigo será inevitável. Assim, rapidamente o sócio antigo é colocado de lado e sua presença na empresa pode até se tornar um estorvo. O julgamento sobre o sócio antigo mudou?
Essas situações são muito mais comuns nas organizações do que possamos imaginar. Qual o problema com os julgamentos? Simples: – Falta de critério, julgamos aparências e situações momentâneas.
Os profissionais que estão em cargos diretivos precisam apresentar resultados. Ponto! É, isso. Então, eles se deixam convencer por essa máxima que não está errada, mas gera distorções. Quantos CEO´s após assumirem empresas apresentaram lucros fantásticos e tiveram prêmios milionários? Muitos e foram julgados como gênios. Após saírem das empresas descobriu-se, por exemplo, que cortaram fortemente os investimentos em manutenção e a empresa se tornou uma sucata velha quando deixaram o cargo. Como terá sido o julgamento de desempenho desses CEO´s durante suas respectivas gestões?
Um erro grosseiro daqueles que gerenciam é pensar que devem influenciar o comportamento das pessoas que estão sob seu comando. Será? Um gerente comercial precisa de vendas e influência o comportamento daquele subordinado para que ele se torne um “avião” em vendas. O subordinado traz resultados e é isso o que interessa. Será? Será que essa pessoa que vende como poucos não encobrirá ações pouco recomendáveis numa organização, ou numa sociedade? Por exemplo, fraudes! Por exemplo, manipulações organizacionais! Por exemplo, o boicote de outros colaboradores mais competentes do que ele!
O gestor deve influenciar os sentimentos e os pensamentos das pessoas que estão sob sua tutela. O gestor conseguindo influenciar os sentimentos e os pensamentos irão ter como consequência respostas perenes e comportamentos adequados ao propósito da organização. O gestor não deve influenciar o comportamento, isso é consequência. Se o time possui pensamentos e sentimentos positivos e sustentáveis sobre o negócio, então, será mais simples julgá-los. Uma maneira eficiente de gerar pensamentos e sentimentos nos colaboradores é a repetição. Quais? A repetição de mantras. Por exemplo, toda reunião deve ser iniciada com a repetição de um mantra pelos colaboradores. Qual? O gestor decide.
Treine um vendedor para ser simpático, mostre a ele os tipos de sorrisos que existem e quais ele deve usar para concretizar uma venda. Se esse vendedor não estiver alinhado com aquilo que ele gosta, o sorriso soará falso. Na outra ponta, deixe de treinar um vendedor que possui a garra necessária para se tornar um bom vendedor, nesse caso ele encontrará o caminho por conta própria e se for treinado, então, se tornará um “avião”.
Treine um narcisista em vendas e verá que ele encaminhará sua carreira na horizontal, pois, ele desprezará o que lhe é ensinado, ele poderá até ridicularizar o que lhe foi passado. Motivo: Ele sabe tudo. Ele conhece a fórmula do sucesso, não há mais nada a aprender. Ele se considera “o cara”.
Quando um CEO, um diretor, um gerente são colocados em posições de destaque, o cargo que eles assumem lhe conferem um determinado poder. O poder do julgamento e o poder da decisão. Então, elas pensam:- Agora, vou mandar nessa turminha, eu tenho o poder, “eu tenho a força”. Erro de principiante!
Com esses tropeços de julgamentos, o gestor (se for inteligente), irá mudar seus próprios comportamentos. Como? Mudando seus pensamentos e sentimentos. Por quê? Porque se ele continuar insistindo em mudar somente comportamentos perceberá que os resultados obtidos são pífios e temporários.
Como podemos melhorar nossos julgamentos?
Obviamente os gestores “rápidos” não farão o recomendado acima, então, pule um desses passos, a fatura virá e deverá ser paga.