O CEO está com um problema e pede a ajuda de seus colaboradores. Aqui há 2 caminhos; o colaborador se esquiva e diz (ou, pensa)1:-Eu já faço a minha parte o que mais esse homem quer? 2:- Bora pensar e estruturar uma resposta.
Observamos que se o colaborador possui dúvidas esse não é um privilégio dele, o CEO está repleto de dúvidas, talvez, a única diferença é que o CEO possui o espírito de desbravador e arrisca muito mais!
O CEO sabe onde deseja chegar? Por exemplo, suponhamos que ele deseja aumentar as vendas e crescer. Todavia é impossível para ele conhecer detalhes, então, ele precisa do colaborador para municiá-lo de dados que se transformarão em informações relevantes.
O CEO precisa saber fazer boas perguntas que corroborem com o objetivo que ele está tentando atingir. O CEO pode fazer 2318 perguntas, mas um bom CEO irá fazer duas ou 3 perguntas no máximo.
As respostas às perguntas iniciais que o CEO fará irão tirar (ou aplainar) obstáculos à sua frente. Por exemplo, um CEO deseja transferir sua fábrica de componentes eletrônicos da periferia de São Paulo para a região de Campinas. Provavelmente ele perguntará:-
- Quais são os impostos municipais nessa cidade alvo?
- Há na cidade formação dedicada a pessoas técnicas de alto nível, quais são essas faculdades e quantos alunos formam na área de interesse dele?
- Qual a distância média entre Campinas e os clientes atuais da empresa?
O que faz o colaborador? Sai dando pancada em todo mundo abaixo dele e pedindo dados e informações para satisfazer o CEO, ou: Para, Pensa e se estrutura para organizar não somente as informações solicitadas, mas como irá obtê-las e quais as fontes confiáveis irá consultar?
O colaborador deve criar um roteiro antes de começar a trabalhar na solução, pensar no produto que irá apresentar e como as respostas ao questionário acima serão entregues. O CEO provavelmente solicitará um maior aprofundamento do tema, caso se interesse, então o ciclo se repetirá. Qual ciclo?
Não podemos esquecer das perguntas. O CEO perguntou, então, ele espera uma resposta. Ponto. Assim, o colaborador deverá construir uma resposta para cada uma das perguntas recebidas, ele precisa ser assertivo e não “viajar”.
Como ele irá responder? O colaborador poderá responder no café no corredor? Depende da importância da pergunta. Ou, enviar um e-mail com as respostas? Depende..! O colaborador poderá enviar uma planilha com dados, por exemplo, um Excel com um gráfico elucidativo mencionando as fontes dos dados. Será que um desses formatos satisfará o CEO? Se, sim, OK, “Good job, it´s done”.
Agora, pode ser que as respostas precisem de dados mais substanciais, pois, o CEO se convenceu que os obstáculos iniciais foram superados, inclusive o prefeito da cidade manifestou interesse em abrigar a nova planta da empresa, uma vez que ela não é poluente e irá gerar dezenas de empregos, além de uma boa arrecadação de impostos. O CEO decidiu preliminarmente encarar essa empreitada da mudança.
Observamos que o CEO nesse caso fará perguntas adicionais, todavia, seja lá quais forem as respostas mais aprofundadas que o colaborador irá garimpar, as perguntas centrais do CEO permanecem exatamente as mesmas, nesse caso a mudança da fábrica. Só que, agora, as respostas terão um aprofundamento. Pode ser que as novas respostas exijam a criação de um algoritmo com outras variáveis que forneçam cenários dinâmicos para as mesmas respostas e possam ser avaliadas conforme as variáveis mudam.