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Da porteira para fora (291) – Jornal Tribuna Liberal de 25/12/2022 –  O que você não conhece?

As empresas buscam pessoas inteligentes e não inteligentes. Por quê? Porque nem todas as funções necessárias dentro de uma organização precisam de pessoas inteligentes.  E, estamos aprendendo às duras penas que essas funções não inteligentes são substituídas cada vez mais por robôs, por aqui na Terra Brasilis, mais lentamente.

 

Por outro lado, o cérebro dos seres humanos é preguiçoso, ele sempre opta pela lei do mínimo esforço, um bom exemplo, é o bumerangue, o fulano fica ali na sombra e atira o seu artefato, se algum animal é atingido ele sai de sua zona de conforto, se não, o artefato retorna para suas mãos.

 

Então, há uma resistência natural para encarar os fatos, todos nós sabemos o que precisa ser feito, mas a grande maioria não está interessada. E, observamos que com a internet os recursos estão disponíveis e muitos gratuitos.

 

Muitos de nós nunca visitamos o Google ou a Apple, mas deduzimos que ali há profissionais inteligentes. Ou, vejamos os Uber´s autômatos na China já em operação, você o requisita, ele chega, fica ali parado ao seu lado, você digita o número de seu cartão de crédito numa tela na janela do veículo, ele executa os procedimentos para iniciar a corrida, destrava as portas e o conduz para o seu destino. Caso você deseje conversar, o painel do veículo responderá em Mandarim, é claro, por enquanto! Ou seja, a profissão de motorista irá resistir por mais tempo no terceiro mundo, mas também terminará, gente inteligente está pensando em acabar com os nossos simpáticos e falantes motoristas.

 

Mesmo a busca por vida lá fora deverá sofrer revés em algum momento, vejamos, estamos enviando rovers para Marte em busca de vida e suponha que encontremos uma bactéria por lá. E, daí? Provaremos que existe vida fora da Terra. Isso é importante? Discutível.  Estamos interessados em vida inteligente. Suponha um fulano que viva numa civilização avançada, muito inteligente, e ele detecte que exista vida na Terra. Ele faz uma análise preliminar e chega à conclusão de que os humanos estão cerca de 1000 anos atrás dele, se você fosse esse fulano o que você faria? Viria até aqui para explicar que estamos atrasados? (rover = astromóvel, rover em inglês designa um veículo de exploração espacial projetado para mover-se na superfície de um planeta ou de outro corpo celeste)

 

Vejamos essas tribos que vivem na Amazônia sem contato com a civilização por milênios, o que o humano brasileiro faz? Vai lá e tenta convencê-los que existe um outro mundo, a internet existe ou simplesmente os deixamos por lá?

 

Sim, o que interessa é vida inteligente, é gente inteligente disposta a melhorar o status quo. E, os demais? Afinal são seres humanos! Sim, há a preocupação social e aqui com a pandemia COVID -19 foi dado o primeiro passo na direção para equacionar esse tema, ou seja, a renda mínima, ou renda básica. Até quando? Até o desaparecimento dessas tribos. Bem, e se essa população não desaparecer? E, se ela só aumentar? Acreditamos que em 100 anos muitos dos humanos colonizarão outros planetas.

 

Os cientistas devem se questionar se vale a pena buscar vida lá fora, ou se vale a pena buscar vida inteligente lá fora. Observamos que contatar vida inteligente é muito mais simples, sinais de rádio podem fazer isso. Afinal, se comunicar com gente inteligente é mais simples.

 

Claro, a tecnologia não é o ópio para resolver nossos problemas, todavia, vale mencionar o blog Blue Ocean (2022, em tradução livre) onde colocam que “É a inovação de valor e não a inovação tecnológica que lança novos mercados comercialmente atraentes, oferecendo um salto em produtividade, simplicidade, facilidade de uso, conveniência, diversão ou respeito ao meio ambiente”.  Está claro que a sociedade moderna precisa de recursos para investir no progresso, assim, as empresas e organizações progredirem e elas precisarão de gente inteligente criando mercados.

 

Suponhamos que nós admirássemos a qualidade de vida dos americanos do Norte e como num passe de mágica todos os 8 bilhões de seres ABRACADABRA fossem elevados ao mesmo patamar social, a Terra resistiria a esse desaforo? Obviamente que não, muitos devem pagar pelo conforto de poucos, caso contrário a equação não fecha. E, obviamente eles (os americanos do Norte) são suficientemente inteligentes para saber disso. (Estima-se que a população mundial chegou a 7,9 bilhões em setembro de 2022 e ultrapassou os 8 bilhões em 15 de novembro de 2022. As Nações Unidas estimam que a população humana chegue até 11,2 bilhões em 2100).

 

Então, a missão para cada um de nós diante desse 2023 que nos desafiará é clara, nos apoiemos na Sara, numa tradução livre: “Não se intimide com o que você não conhece. Essa pode ser sua maior força e garantir que você faça as coisas de maneira diferente de todos os outros”. Sara Blakely Feliz Natal

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