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Da porteira para fora (37p) – Jornal Tribuna Liberal – 11/02/2018 – Eu quero ser presidente do Brasil 2.

Já que no artigo anterior por N razões desisti de minha candidatura e excluí futuros candidatos a presidente do Brasil, simplesmente por serem expoentes de determinadas classes sociais como: Trabalhadora, Empresarial e dos Sem Terra, eu votaria…

Em um candidato de esquerda?

Que tal um candidato de esquerda? No Brasil, a esquerda defende o Lula condenado e pedem a absolvição dele, afinal, se ele cometeu algum crime, foram pequenos se comparados com as benesses conseguidas em favor do trabalhador. Ok, nada é para sempre, temos uma conta de 13 milhões de pessoas perambulando pelas ruas a procura de uma vaga para trabalhar (e veja que nem na função antiga é, o fulano faz qualquer coisa, por qualquer salário, afinal é preciso almoçar). É, surfaram nos preços das commodities e quando a torneira secou… Agora estamos aqui exportando minério de ferro e soja, enquanto a Coreia do Sul exporta tecnologia e a China manufaturados. Santo despreparo, Batman.


Em um evangélico?

Devo votar num evangélico? Afinal, temos em Brasília a bancada da Bíblia. Eles pregam a palavra (e particularmente apoio a palavra do Salvador). Mas, como vivia Jesus Cristo? Sim, ele pregava, mas trabalhava? Não há como crescer, progredir sem trabalhar, sem produzir. Para dividir o pão, um fulaninho deve amassar a massa. Quem será escalado? O Edir?


Em um militar?

Já sei, vou votar num militar, assim ele coloca ordem na casa! Se há um tumulto, as pessoas não se entendem, quando o caos está instalado, quando o judiciário já não possui forças e sua institucionalidade está falida, o diálogo e as leis perdem eficácia, chame os milicos. Pronto, por bem ou por mal o tema irá se resolver (100% das vezes é por mal, na porrada, todo mundo na jaula). Nesses primeiros instantes os militares são eficazes.

O militar pode tomar o poder com tanques a qualquer momento, agora, governar com armas e tanques, será que dá certo? A história está repleta de governantes que governaram com mão de ferro. O baixinho Josef Stalin deve ter sido um expoente nesse quesito, industrializou a União Soviética e deixou um rastro de mais mortos do que toda a II Guerra Mundial.


Estou aqui pensando: Todos os atributos mencionados nesses dois artigos são honestos?
Acredito, que sim.

Mas, então, em quem votar?!

Temos que votar num candidato Estadista, que não seja expoente de uma classe específica. Ele deve entender todas as necessidades da sociedade brasileira e encontrar um denominador comum. Sabemos que para atingir essa posição de Presidente do Brasil, o candidato irá prometer o impossível e deverá governar dentro das possibilidades. Ele deverá ter experiência internacional para saber onde estamos e como podemos chegar lá. Ele deve ter experiência em fazer muito com poucos recursos. Ele deve ter experiência em manter o time unido e remando na mesma direção em mares revoltos. Um candidato que atire pedras nos erros deste governo ou dos governos passados somente será interessante se ele mostrar o caminho para o crescimento sustentável.

De qualquer maneira, se ele for imparcial, não privilegiar as diversas facções da sociedade brasileira e governar para o Brasil como um todo, já teremos dado um salto quântico e nos livrado do ranço que temos hoje.

Onde deve atuar o meu candidato?

1. Saúde: É preciso manter a temperatura de cada brasileiro em 36 graus Celsius, afinal qualquer variação e já não respondemos coerentemente;

2. Educação: É preciso que o povo tenha acesso ao ensino básico e técnico. Se necessário, vamos deixar para segundo plano essa infinidade de faculdades que pipocam a todo instante e jogam despreparados com diploma no mercado;

3. Segurança: É preciso que os brasileiros possam ir à escola sem ter receio de serem assaltados ou mortos. Ok, já está lá na constituição brasileira a liberdade de locomoção, o direito fundamental que temos de poder ir, vir, sair, ficar, permanecer e se mover dentro do Brasil, mas alguém deve garantir que não seremos ameaçados. Esse alguém se chama Governo.

4. Burocracia: É preciso abrir as janelas dos palácios, repartições públicas e deixar entrar o sol. Com esse simples movimento, a maioria das bactérias e parasitas morrem na presença da luz.

(Continua na próxima semana)

(Leia o próximo artigo)

(Leia o artigo anterior)


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