Já se tonou viral a frase, “eu não quero mudar do Brasil, eu quero que o Brasil mude” (Dra. Carmen Lúcia).
A economia melhorou muito depois que o presidente Temer assumiu o governo, isso é inegável, mesmo os grandes críticos deste governo devem concordar.
Alguns números;
2016 | 2017 | 2018 | |
PIB | – 3,5% | 1,0% | 2,5 % (?) |
inflação | 6,3% | 2,95% | 3,5% |
Tx de desemprego | 12,7% | 12,4% | 11,7% * |
Tx Selic | 13,7% | 7% | 6,5% (?) |
*O próprio presidente Temer diz que como muitos cidadãos voltaram a procurar emprego o número de desempregados poderá ou deverá subir em 2018.
Ele conseguiu algumas reformas importantes e pouco factíveis naquela época do Impeachment, um bom exemplo foi o avanço da reforma trabalhista, e conseguiu congelar os gastos públicos através da PEC 55 por 20 anos. Não estamos aqui defendendo ou acusando o mandato do presidente Temer, estamos colocando atenção no fato que ele assumiu em condições precárias, e governa sem o apoio da população, e diante da mais importante reforma, a da previdência, não conta com o apoio do congresso e da câmara.
Mas temos sérios problemas, quais?
- o tema da previdência,
- a falta de emprego,
- a crise fiscal,
- um judiciário errante,
- a taxa de juros para o consumidor final ainda é astronômica,
- os investimentos do governo continuam baixos,
- o setor de serviços continua sofrendo, não há crédito – e quando se consegue os juros são muito altos,
- os reajustes dos servidores deve seguir forte. A medida provisória caducou, assim como caducou a tributação de fundos exclusivos de grandes investidores, etc.
- o direito de ir e vir do cidadão continua sendo violado
- etc..
Como estamos?
Em linhas gerais o déficit fiscal não financeiro está negativo desde 2014 e deve continuar até 2021. Ou seja, o problema irá se arrastar por um bom tempo.
Ainda temos uma capacidade ociosa das empresas, e o potencial de crescimento do país é grande. Mas, vale mencionar que o Brasil não está se recuperando de maneira hegemônica, a região do nordeste até o Rio de Janeiro versus São Paulo, Paraná e Sta Catarina são realidades distintas. Temos estados e municípios quebrados, veja o Rio de Janeiro todas às noites no Jornal Nacional o noticiário dos cariocas vem na sequência da guerra na Síria.
De qualquer maneira o Brasil está se recuperando, será estável ou não, esse é o ponto!?!? E se será sustentável, tem que se explicar para o povo: como? E seria muito bom que a gente se igualasse à aqueles países descentes.
O índice de confiança dos empresários estão mais positivos, mas é preciso ter regras claras. Marcos regulatórios. O Brasil se aproveita mais uma vez do crescimento mundial favorável para resolver seus problemas internos.
Quem fará essa travessia?
O próximo candidato eleito à presidência da República deve fazer reformas, e dizer como ele irá fazer isso. Esperamos que o país não eleja um populista, que resolva o problema de desemprego com discursos vomitando abobrinhas.
Precisamos de investimentos e crédito, se melhoramos as estradas a produtividade irá melhorar, e acelerar a empregabilidade, o crédito para a construção civil é fundamental para o crescimento do setor.
O próximo presidente terá o apoio popular e deverá de saída aprovar as reformas enquanto o povo acredita nele, deverá surfar na economia mundial que por enquanto cresce, e pegar uma carona com a China.
Um ponto importante e que não atinge o nosso continente é o fato de não possuirmos armas nucleares, ou seja, não precisamos investir nessa área. Nossos vizinhos são pacíficos, estamos num oásis mundial. Mas, quem fará essa travessia? (continua na próxima semana)