Em 1822 D. Pedro II declarou a independência do Brasil, e segundo o historiador Boris Fausto, inaugurou a dívida externa brasileira. Por que? Portugal não veio buscar seu filho rebelde, nem tão pouco optou pelas armas, somente exigiu uma indenização. Como não tínhamos, a Inglaterra pagou Portugal e nós ficamos devendo para os ingleses. O quadro abaixo foi pintado em 1888, ou seja, longe da realidade daquele dia.
Daquela memorável subida da Serra do Mar no lombo de uma mula para o famoso Grito do Ipiranga que não há testemunhos de o terem ouvido, até porque nosso Rei se arrastava por um problema de diarreia, nossa dependência do exterior e gente que faz só aumentou.
Passamos muitos perrengues, dois dos mais importantes, um em 1973 com a 1ª crise do petróleo, e como não nos planejamos, passamos outro sufoco com a 2ª crise em 1979, e viemos a nos recuperar em 1994 graças a dependência do plano Brady.
Aqueles que executam, erram, executam novamente, e vendem para aqueles que aguardam: os Hardys: OH! céus, OH! vida, OH! Azar – assim, fomos nos assentando no terceiro mundo e cá estamos em 2017, com algumas ilhotas de excelência. Quais? Os Gugas, que despontam por esforço próprio numa missão hercúlea e conseguem mudar algumas pecinhas e sobressaem, Ozires Silva, Anália Franco, Chiquinha Gonzaga, Barão de Mauá, Antonio Ermírio, …. essa lista não vai longe!
Aqui no mundo dos Hardys,
- Dependemos fundamentalmente dos cenários externos, se eles se recuperam e crescem, sempre pegamos uma carona, afinal é melhor ter primo rico do que miserável.
- Em 2017 a inflação segue controlada, afinal se formos até o Xingu e perguntarmos qual a inflação por lá, deve ser zero. Estamos no mês da independência com projeção de inflação de 3,4% para este ano, 4,2 % para 2018, 4,25% para 2019 e 4,00% para 2020.
- Os juros para 2017 estão projetados para fechar em 7,25% e devem terminar neste patamar em 2018.
- Os investimentos em relação ao PIB, seguem agonizantes, algo como 15,5 % do PIB.
- Lógico que os cenários podem piorar, pois dependem dos dirigentes brasileiros, aqueles que miram no próprio umbigo e poucos estão interessados em discutir os temas importantes como medidas creditícias e reformas do ponto de vista técnico. Esses fatores já são o bastante para o COPOM não arriscar nenhuma previsão para a próxima reunião, ou seja, a flexibilização da economia poderá retroceder.
OH vida!
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