Em junho, o volume de serviços no Brasil subiu 6,6% (série com ajuste sazonal), recuperando-se da queda de 5,0% registrada em maio – quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. Esse foi o maior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 2011. Em relação a junho de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços avançou 0,9%, segunda taxa positiva do ano nessa comparação. Com isso, houve redução no ritmo de queda do acumulado do ano, que passou de -1,3% em maio para -0,9% em junho. Já o acumulado nos últimos doze meses passou de -1,6% em maio para -1,2% em junho, mantendo a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-5,1%).
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços | ||
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Brasil – Junho de 2018 | ||
Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Junho 18 / Maio 18* | 6,6 | 6,4 |
Junho 18 / Junho 17 | 0,9 | 2,9 |
Acumulado Janeiro-Junho | -0,9 | 1,4 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | -1,2 | 2,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
O avanço do volume de serviços (6,6%) foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que ao crescer 15,7% em junho eliminou a perda de 10,6% verificada em maio, representando a expansão mais intensa da série histórica iniciada em janeiro de 2011.
O segmento de transporte terrestre também alcançou a maior taxa da série (23,4%) em junho de 2018, impulsionado principalmente pelo aumento na receita das empresas de transporte rodoviário de carga, que representam 59,7% dos transportes terrestres.
Os demais resultados positivos vieram dos ramos de serviços de informação e comunicação (2,5%), de outros serviços (3,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%), com o primeiro eliminando integralmente a perda de 0,8% observada nos dois últimos meses; o segundo recuperando parte da perda acumulada de 4,1% em quatro meses de taxas negativas seguidas; e o terceiro recobrando parte da retração verificada em maio (-1,2%). Já os serviços prestados às famílias recuaram 2,5% e assinalaram a segunda taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,8%.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral subiu 0,8% frente ao mês anterior, recuperando parte da perda verificada no trimestre encerrado em maio (-1,4%).
Entre as atividades, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%) assinalou a expansão mais intensa após recuar 3,0% em maio. Os demais resultados positivos vieram dos segmentos de serviços de informação e comunicação (0,5%), de outros serviços (0,2%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%).
Em relação a junho de 2017, o volume dos serviços cresceu 0,9% em junho de 2018, com resultados positivos em três das cinco atividades de divulgação e em 38,6% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%) exerceram a principal contribuição positiva sobre o índice global, impulsionados, sobretudo, pela liberação do fluxo de veículos nas rodovias brasileiras.
Os demais impactos positivos vieram de serviços de informação e comunicação (1,4%) e de outros serviços (3,4%), impulsionados, em grande parte pelo aumento de receita vindo de tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet, televisão aberta, telecomunicações e desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, no primeiro ramo; e de atividades de administração de fundos por contrato ou comissão e de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias, no último.
As influências negativas mais relevantes vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,5%) e de serviços prestados às famílias (-4,0%), explicados, em grande medida, pela queda na receita de soluções de pagamentos eletrônicos, atividades de cobranças e informações cadastrais e atividades de vigilância e segurança privada, no primeiro setor; e de restaurantes, no último.
O acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, caiu 0,9%, com taxas negativas em três das cinco atividades e em 58,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-2,0%) e os profissionais, administrativos e complementares (-2,1%) tiveram os principais impactos negativos sobre o índice global. As contribuições positivas no acumulado do ano vieram dos segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,7%) e de outros serviços (2,7%).
Pesquisa Mensal de Serviços
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Junho 2018 – Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
ABR | MAI | JUN | ABR | MAI | JUN | JAN-ABR | JAN-MAI | JAN-JUN | Até ABR | Até MAI | Até JUN | |
Volume de Serviços – Brasil | 1,1 | -5,0 | 6,6 | 2,0 | -3,8 | 0,9 | -0,7 | -1,3 | -0,9 | -1,4 | -1,6 | -1,2 |
1. Serviços prestados às famílias | 2,0 | -1,3 | -2,5 | 1,1 | -1,6 | -4,0 | -1,6 | -1,6 | -2,0 | -0,1 | -0,4 | -1,0 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 2,1 | -1,6 | -2,4 | 2,0 | -1,0 | -3,1 | -0,8 | -0,8 | -1,2 | 0,8 | 0,5 | -0,2 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 0,0 | -0,4 | -1,8 | -3,9 | -4,6 | -8,7 | -5,5 | -5,4 | -5,9 | -4,9 | -5,1 | -5,6 |
2. Serviços de informação e comunicação | -0,4 | -0,4 | 2,5 | -1,1 | -1,4 | 1,4 | -3,1 | -2,7 | -2,0 | -2,6 | -2,5 | -2,2 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | -0,7 | -0,2 | 2,4 | -1,5 | -1,7 | 1,2 | -2,8 | -2,6 | -2,0 | -1,8 | -1,8 | -1,7 |
2.1.1 Telecomunicações | -0,9 | 0,7 | 0,1 | -4,3 | -4,6 | -0,3 | -5,5 | -5,4 | -4,5 | -4,3 | -4,7 | -4,2 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -1,9 | -1,3 | 3,7 | 5,6 | 5,7 | 4,1 | 3,9 | 4,2 | 4,2 | 2,4 | 3,2 | 2,9 |
2.2 Serviços audiovisuais | 4,5 | -1,7 | 2,4 | 1,3 | 0,0 | 2,5 | -4,5 | -3,6 | -2,6 | -7,0 | -6,0 | -4,5 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 1,2 | -1,2 | 0,4 | 1,8 | -3,0 | -3,5 | -1,5 | -1,8 | -2,1 | -4,6 | -4,5 | -4,2 |
3.1 Serviços tecnico-profissionais | 4,4 | -0,3 | -2,2 | 6,7 | 2,9 | -1,3 | 0,5 | 1,0 | 0,6 | -6,8 | -5,7 | -4,5 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 0,9 | -1,5 | 0,7 | 0,2 | -5,0 | -4,3 | -2,1 | -2,7 | -3,0 | -3,2 | -3,4 | -3,6 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 2,0 | -10,6 | 15,7 | 4,3 | -7,6 | 4,4 | 1,9 | -0,1 | 0,7 | 3,8 | 2,8 | 3,0 |
4.1 Transporte terrestre | 5,1 | -15,4 | 23,4 | 5,8 | -10,9 | 7,1 | 2,7 | -0,2 | 1,0 | 3,4 | 2,1 | 2,7 |
4.2 Transporte aquaviário | 6,1 | 0,0 | 2,0 | -7,0 | -6,5 | -5,4 | 3,9 | 1,5 | 0,2 | 18,2 | 15,9 | 13,2 |
4.3 Transporte aéreo | 11,3 | -1,8 | 12,1 | 7,8 | 8,2 | 21,3 | -6,7 | -3,6 | 0,3 | -17,0 | -15,1 | -11,5 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | 1,1 | -6,5 | 6,4 | 3,9 | -6,9 | -2,0 | 2,8 | 0,7 | 0,2 | 8,0 | 6,5 | 5,4 |
5. Outros serviços | -0,5 | -2,5 | 3,9 | 9,2 | -1,7 | 3,4 | 3,6 | 2,5 | 2,7 | -4,3 | -3,9 | -2,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria | ||||||||||||
(1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Resultados regionais
Regionalmente, 22 dos 27 estados tiveram altas nos serviços em junho, em relação ao mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). Dentre os resultados positivos, o destaque é para São Paulo (4,6%), com a alta mais intensa desde o início da série histórica (iniciada em janeiro de 2011) e eliminou a queda de 2,7% verificada em maio. Outros resultados positivos vieram de Minas Gerais (9,8%), Paraná (10,1%), Rio de Janeiro (3,6%), Mato Grosso (22,6%) e Bahia (9,7%), todos revertendo as quedas de maio em função da paralisação dos caminhoneiros.
Em relação a junho de 2017, o aumento do volume de serviços no Brasil (0,9%) foi acompanhado por apenas 8 das 27 unidades da federação, com São Paulo (1,7%), Rio de Janeiro (3,8%), Minas Gerais (3,5%) e Distrito Federal (5,9%) exercendo os principais impactos positivos. Já os impactos negativos mais importantes vieram do Ceará (-8,5%), Rio Grande do Sul (-2,8%), Paraná (-2,3%) e Espírito Santo (-8,0%).
Agregado especial de atividades turísticas
O índice de atividades turísticas avançou 1,0% na passagem de maio para junho de 2018, recuperando parte da perda de 1,6% registrada no mês anterior. Regionalmente, sete das doze unidades da federação acompanharam o movimento de crescimento, com destaque para São Paulo que, ao avançar 2,7% no mês, acumulou ganho de 15,4% entre março e junho. Outros impactos positivos vieram do Rio de Janeiro (1,0%) e Distrito Federal (4,7%). As atividades turísticas de Paraná (-3,1%) e Santa Catarina (-2,7%) mostraram os recuos mais importantes, com ambos acumulando perda de 5,9% nos dois últimos meses.
Em relação a junho de 2017, o volume de atividades turísticas no Brasil aumentou 2,0%, sendo a terceira taxa positiva seguida neste tipo de confronto após quatorze taxas negativas e uma estável. O resultado positivo de junho foi impulsionado pelo aumento dos serviços de transporte aéreo de passageiros. Já os restaurantes exerceram a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos.
Em termos regionais, houve altas em seis dos doze estados investigados nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (7,3%), que alcançou a quarta taxa positiva seguida e a mais intensa desde fevereiro de 2014 (11,0%). Outras contribuições positivas relevantes vieram do Distrito Federal (11,0%) e do Espírito Santo (9,4%). Já os impactos negativos foram da Bahia (-9,0%), Paraná (-10,4%) e Rio de Janeiro (-2,6%).