Por que minha empresa precisa de um fluxo de caixa?
Simples, para saber a sua liquidez, para saber a quantas andam seu capital de giro, saber se você possui recursos financeiros, quanto possui e quando os possui. Em últimas palavras para administrar sua empresa sem surpresas.
O Fluxo de caixa permite o planejamento do desembolso, e das entradas ao longo do tempo, ou seja, por um período que vc estipulou.
Este tema está ligado ao sucesso da minha empresa?
Sim, está. É lógico que sucesso é uma palavra mais abrangente, mas sem recursos dificilmente você poderá fazer muita coisa. E principalmente saber como estará seu desempenho no futuro.
Tenho uma pequena empresa, devo separar minhas contas pessoais das contas da empresa?
Se você puder fazer isso “ontem, na parte da manhã”, seria o ideal.
Qual o período, ou com que periodicidade devo fazer o fluxo e caixa?
O foco do fluxo de caixa é saber com antecedência quando teremos excedentes financeiros e quando teremos déficit financeiros, em ambas a situações é preciso tomar providencias com antecedência. Bem, é preciso ajustar o fluxo de caixa todos os dias, qualquer empresa faz isso, porque toda empresa recebe e paga contas todos os dias, portanto, o fluxo financeiro se modifica. Assim, vamos lançando os recebimentos e pagamentos e ajustando os saldos. Agora, o período, depende muito do tamanho da empresa, mas uma empresa pequena deve ter uma projeção mínima de 12 meses.
Neste caso vc pode trabalhar com o dia a dia do mês corrente, trabalhar com o dia a dia do mês subsequente e com saldos mensais a partir do 3 mês até completar 12 meses. Ou se preferir e se convier para o seu negócio fazer o fluxo de caixa semanalmente, fechando, por exemplo, toda sexta-feira.
O que é um fluxo de caixa bem feito?
Fazer um fluxo de caixa é algo muito simples, é logico que para grandes organizações é preciso possuir softwares, etc.. já que normalmente são diversas empresas compostas por diversas áreas de negócio. Mas para o pequeno e médio, é preciso um pedaço de papel e um lápis.
É preciso projetar vendas, custos, despesas e perdas.
O fluxo de caixa é o dinheiro que está no caixa?
O que está no caixa é a Conta Caixa. O fluxo de caixa é mais do que isso, é composto pelo dinheiro que está no caixa, nos bancos, e em aplicações financeiras e pelos créditos o que temos a receber, e os créditos dos fornecedores.
Alguns exemplos:
- Aplicações financeiras
- Venda de ativos
- Injeção no capital social da empresa
- Aluguéis
O Fluxo de caixa é o mesmo que cash flow?
Sim, mas você pode ter outras denominações, como fontes de origens e locação de recursos. DOAR – Demonstrativo de Origem e Aplicação de Recursos. Enfim, a nomenclatura não é importante, o importante é a eficácia da ferramenta.
Ter um caixa gordo e alto é bom?
Não, definitivamente não é bom! É sinal que você não está empregando bem os recursos. Sim, é preciso ter um colchão, digamos para encarar as despesas por um período, mas não muito acima disto. Se o caixa estiver muito alto: invista.
O correto é que o fluxo de caixa esteja coerente com as necessidades da empresa, nem muito alto, nem muito baixo, e que estejamos cobertos por um período mínimo.
As necessidades das empresas variam dependendo do segmento que atuam, assim, grosseiramente podemos dizer:
Disponível (capital de giro) | Estoque | Imobilizado | A Receber | |
Prestadora de Serviços | Alto | Baixíssimo | Baixíssimo | Altíssimo |
Comércio | Alto | Alto | Baixo | Alto |
Indústria | Baixo | Alto | Altíssimo | Alto |
Vale mencionar que tanto o fluxo de caixa magro, como o gordo podem ser frutos de uma má administração financeira.
Como nos livramos de um fluxo de caixa Gordo?
Se tivermos um fluxo de caixa gordo, ou seja, com excedentes devemos aplicá-lo, onde?
- Uma maneira de se livrar de um fluxo de caixa com excedentes financeiros é antecipando pagamentos junto a fornecedores e negociando descontos de sorte que esses descontos sejam mais atraentes do que os juros pagos pelas instituições financeiras.
- Antecipação de investimentos na própria empresa, ou compra de participação em outra empresa.
- Leve aumento de estoque para itens muito críticos pode ser analisado.
- Alguma aplicação financeira de curto prazo até que o fim mais nobre para este capital seja decidido. Neste caso é fundamental que as aplicações sejam de alta liquidez, mesmo que os juros pagos não sejam interessantes.
O que entra no Fluxo de Caixa?
Todas suas receitas e todas as despesas, todos os custos, e todas as perdas.
Como posso aumentar meu Fluxo de Caixa, ou seja, ter um saldo mais positivo?
- Adequar seu capital giro de maneira que você não precise recorrer a todo momento a capital de terceiros. Recorrendo a capital de terceiros analise com cuidado os juros e prazos de pagamento, pois dependendo do acordado isso poderá quebrá-lo.
- Busque alargar seu prazo de pagamento junto a sub-fornecedores para insumos, produtos e serviços, renegocie, dilate-os. E na outra ponta busque diminuir seus prazos de recebimento.
- O estoque é um consumidor de recursos, tenha o mínimo possível, não imobilize capital ou imobilize o mínimo possível.
- Melhore sua produtividade, analise seus processos, observe onde você perde tempo e outros recursos. Aqui devem ser analisados os campos técnicos, financeiros e humanos.
- É preciso crescer em resultado, não em volume. Se vc aumentar volume e perder produtividade, luz amarela à frente, não deixe ficar vermelha. Crescer somente em volume irá prejudicar o fluxo de caixa.
- Empregue medidas para baixar a inadimplência. Observe quais recursos estão ociosos: homens e máquinas.
- Ao conceder crédito tenha os cuidados que a boa administração exige, crédito podre é sinônimo de prejuízo, sinônimo de problemas para o fluxo de caixa.
- Se livre do estoque que está com você há muito tempo, liquide mesmo que venha a perder dinheiro, gire, faça um inventários com constância.
- Você é um empreendedor, olhe para o seu negócio, não tente ganhar dinheiro com rentismo.
- Os planos de expansão da empresa, os comprometimentos futuros se estiverem planilhados irão ajudar em muito para saber o quanto de recurso será necessário para fazer frente aos novos compromissos, e os impactos que terão no fluxo de caixa.
Há itens que diminuem o Fluxo de Caixa?
Sim, inúmeros, exemplo:
- Distribuição exagerada de lucros.
- Investimentos desnecessários e pouco planejados.
- Diminuição das vendas e das margens.
- Inflação alta.
- Forte Concorrência.
- Inadimplência crescente.
- Má gestão do governo, oferecendo precária infraestrutura, aumento constante de impostos, etc…
- Fraudes internas. Para combatê-la, é aconselhável que as funções discriminadas nos processos de contas a pagar e contas a receber sejam desmembrada em mais de um profissional.
Qual a fórmula do Fluxo de Caixa?
Exemplo: Digamos que iniciamos o dia com um saldo transportado do dia anterior de 1.000,00 mil reais, no decorrer do dia teremos Entradas e Saídas, se as Entradas forem de 200 reais e as saídas de 300 reais, terminaremos esse dia com 900 reais. Portanto, nós fazemos esta conta e ajustamos todas as demais a nossa frente, digamos, por um período de 12 meses.
Saldo inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final.
O planejamento do fluxo de caixa por 12 meses indicará para o administrador quais serão os períodos de vacas magras e vacas gordas, possibilitando ao administrador tomar providências para evitar e ou contornar as surpresas.
Devo incluir inflação, e correção monetária no fluxo de caixa?
Não, você não deve. Por tal, o Fluxo de Caixa é um cálculo matemático muito simples, trata-se de uma conta de: menos e mais.
O que é Fluxo de Caixa descontado?
É quando você estipula uma taxa mensal de desconto e traz todos os valores a valor presente. Essa metodologia muitas vezes é utilizada para avaliação de empresas.
Em outras palavras, você desconta dos valores futuros, ou seja, das Entradas e das Saídas a correção e traz todos esses valores para uma data no presente.
Posso dividir o fluxo de caixa em operacional e não operacional?
Sim, pode e pode ser interessante. No entanto, é preciso discriminar essas contas no Plano de Contas. Então, no Plano de Contas teremos discriminadas as Entradas e Saídas daquilo que é operacional, e as Entradas em Saídas daquilo que não é operacional. Depois somamos os dois e temos uma visão global do resultado.
Essa divisão é muito interessante para não contaminar os resultados operacionais. E também torna a vida do administrador mais assertiva.
O que são receitas não operacionais?
É tudo aquilo que não provém do operacional. Exemplo:
- Venda de Equipamentos, venda de ativos, venda do imobilizado.
- Injeção de capital social na empresa pelos sócios ou novos sócios.
- Aportes bancários ou empréstimos executados por terceiros.
- Aplicações financeiras, como Renda Fixa, compra de moeda estrangeira, ouro, etc…
As saídas não operacionais estão conectadas a: compra de maquinários, compra de ativos imobilizados, amortizações de equipamentos, distribuição de dividendos e bonificações.
É importante controlar o peso de cada item na planilha do fluxo de caixa?
Sim, porque temos uma noção de quanto pesa cada item no computo geral, e podemos atacar os itens mais significativos sem ficar perdendo tempo com itens menores, embora, todos os itens sejam importantes, existem itens mais importantes que outros.
Além disso podemos criar curvas evolutivas de determinados itens considerados importantes e assim temos uma visão clara de seu comportamento.
Existe diferença entre Fluxo Econômico e Fluxo Financeiro?
Sim, há distinção entre o que é “econômico” e o que é “financeiro”.
Para a obtenção do resultado econômico se utiliza o que é denominado “regime de competência”, e para a obtenção do resultado financeiro utiliza-se o que é denominado “regime de caixa”.
Vale mencionar que quando uma empresa de maior musculatura compra um ERP ela normalmente o parametriza ou mesmo cria novas funções que lhe são úteis, e poderão mixar conceitos de sorte que a administração se sinta mais confortável. Ou seja, os softwares irão fornecer parâmetros sensíveis para aquele negócio. Um exemplo: a empresa poderá incluir no fluxo de caixa em regime de caixa negócios que ela ainda não vendeu, mas que existe uma grande probabilidade de executá-lo, assim, esse dado para a estratégia da empresa é fundamental.
Regime de competência (Resultado Econômico) (apresentado no DRE – Demonstração de Resultado de Exercício).
Neste caso, ou nesta modalidade, tudo aquilo que compramos é retirado do fluxo de caixa, no momento da compra, não importando se iremos pagar essa compra daqui a 12 meses. O que importa é a data da compra. Assim, do ponto de vista contábil se compramos uma mercadoria em julho e recebemos esta mercadoria em julho, esta transação será lançada no fluxo de caixa em julho, independentemente de quando iremos pagá-la.
Regime de caixa (Resultado Financeiro) (demonstração do Fluxo de Caixa)
Aqui consideramos as entradas e saídas efetivas do caixa, assim, podemos estar bem de caixa, mas mirando o Regime de Competência o resultado poderá ser ruim. Para o Regime de Caixa, o que é lançado são as datas de efetivos pagamentos e efetivos recebimentos.
Quem dentro de uma empresa, normalmente, cuida do Fluxo de Caixa?
As empresas são divididas em departamentos, assim, se torna mais fácil controlar os processos. O departamento financeiro é o responsável por gerir o Fluxo de Caixa, além do Contas a Pagar, Contas a Receber, aplicações financeiras, tratativas com bancos, tratativas com investidores em geral, e o planejamento financeiro.
Como devemos equacionar o Fluxo de Caixa de grandes projetos?
Grandes projetos exigem um fluxo de caixa dedicado, suponhamos a construção de um edifício. Trate-se de uma obra de grande porte e deverá ser tratada independentemente. Suponha que seja um edifício de apartamentos que serão colocados no mercado para venda.
Neste caso com as vendas haverá Entradas no caixa, e muito provavelmente as Entradas não serão suficientes para bancar 100% da obra. Assim, teremos ao longo do projeto exposição do caixa, ou seja, o caixa ficará negativo e será necessário buscar recursos próprios ou de terceiros, normalmente bancos financiadores do déficit de caixa.
As entradas, saídas, e saldos irão nos informar a TIR – Taxa interna de Retorno.
Devo refazer o Fluxo de Caixa?
Sim, diariamente o Fluxo de Caixa deve ser revisto. Como? Verificando a movimentação bancária, o caixinha da empresa, e outras eventuais aplicações que possam ter ocorrido. Trata-se na verdade de uma comparação entre o realizado e o previsto.
Os fluxos de caixa carregam as Entradas e as Saídas e estas devem estar acompanhadas de comprovantes, por que? Porque os sistemas estão cada vez mais malhados e cada vez mais fácil para a Receita Federal detectar fraudes, além disso se queremos uma sociedade sadia precisamos praticar algo denominado: honestidade e transparência.
O que é uma empresa sadia?
- É uma empresa com as contas equilibradas, e um criterioso fluxo de caixa, há um superávit entre as receitas e os gastos.
- A rentabilidade sobre o capital próprio + o capital de terceiros deve ser superior as taxas pagas pelos bancos para rentistas, e devem atender aos acionistas.
- O capital de giro atende as expectativas da empresa.
- Os processos trabalhistas, e outras dívidas de longo prazo estão equacionadas.
- Os estoques são mínimos e suficientes.
- O nível de reclamações dos clientes é baixíssimo.
- Os prazos de entrega dos serviços e produtos são cumpridos e muitas das vezes encantam os clientes.
- É uma empresa sustentável e respeita o meio ambiente.
- A carteira de clientes não é concentrada, nenhum cliente é responsável por mais de 20% das vendas da empresa.
- O time interno briga pela empresa, sabe seu propósito, e sabe onde a empresa deseja chegar no médio e longo prazo e como está o fluxo de caixa.
- As decisões não partem de um gênio isolado, elas devem ser colegiadas, por exemplo, o aumento indiscriminado das vendas pode fazer ruir toda a cadeia produtiva da empresa. O mesmo é valido para outras áreas como produção, etc..
- O plano de ação, o budget (orçamento) é de conhecimento de todos.
- Desvios são corrigidos com rapidez, a empresa é ágil. E fraudes denunciadas de imediato.
- A política de remuneração é fortemente baseada em meritocracia.
- Quando possível a empresa se utiliza da politica de permutas, evitando despesas extras e desencaixe no Fluxo de Caixa.
- A empresa trabalha com cenários e um deles o pessimista para evitar surpresas desagradáveis e possível quebra, ou danos ao Fluxo de Caixa.
- Uma empresa sadia possui um propósito maior, que extrapola o lucro. É uma empresa que agrega valor e trás um bem para a sociedade. Ou seja, ela deixa o mundo melhor em relação ao que existia.
A Contabilidade e o Fluxo de Caixa!
Sim, há dados que são exigidos pelo governo e que daqui a alguns anos não serão mais necessários devido ao avanço da tecnologia. Esse fluxo está vinculado a Contabilidade Financeira.
No entanto, existe outro fluxo que é o voltado para a administração da empresa propriamente dita, trata-se da contabilidade gerencial. São informações uteis para o dia a dia, para a administração mãos na massa, para a tomada de decisões. Esse é aquele fluxo que os gerentes olham mais para ele do que para o relógio.
Há uma outra contabilidade que é voltada para os custos, e podemos denominá-la de Contabilidade de Custos, esta contabilidade está conectada as operações da empresa na formação de produtos e execução de serviços, podemos e devemos dedicar um fluxo para esta contabilidade específica. Essa contabilidade irá desembocar no CVM – Custo da Mercadoria Vendida, e há muita literatura técnica sobre o tema. Ela é muito importante para sabermos o custo do produto ou serviço que pretendemos vender ou que estamos vendendo.
O que é EBITDA?
Dentro da ciência Contabilidade o EBTIDA é o responsável pela geração do Fluxo de Caixa, ou melhor, á ali que sabemos se foi ou não gerado um caixa positivo. Esse conceito americanizado é muito difundido entre as multinacionais, empresas de capital aberto, enfim, entre cachorros de grande porte.
EBITDA é a sigla correspondente a: “Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization”, numa tradução livre é o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização.
E | Earning | Ganho |
B | Before | Antes |
I | Interests | Juros |
T | Taxes | Impostos |
D | Depreciation | Depreciação |
A | Amortization | Amortização |
Como escrevemos acima e recomendamos que o Fluxo de Caixa seja separado dentro no Plano de Contas em Operacional e Não Operacional. Por quê? Porque desta maniera conseguimos analisar o negócio na sua essência, sem que ele seja contaminado por outros fatores externos ao negócio em si.
Por que o EBITDA é tão popular entre os empresários?
O EBITDA está vinculado a geração de caixa na área operacional. Em outras palavras, o quanto a produção contribui para a geração de caixa da empresa, sem considerar os tramites financeiros, e mesmo sem considerar os impostos.
Na prática o que ocorre? Suponha que você deseja investir 100.000,00 cem mil reais numa empresa, vamos considerar que ao fazer esta operação você tenha uma expectativa de receber um determinado valor mensal, digamos, 3.000,00 três mil reais. Então, você pergunta para os operadores da empresa: Qual é o EBITDA? Digamos que eles respondam, 6.000,00 seis mil reais por mês. Ou seja, é 2 duas vezes aquilo que você pretende retirar da empresa. Portanto, em se concretizando as previsões, seu investimento estará garantido. Ou seja, você decide por colocar os 100.000,00 cem mil reais nesta operação. Por tal, em muitos cálculos a decisão é tomada com rapidez.
Suponhamos que esta empresa acima lhe pertença, e esses 100.000,00 cem mil reais sejam provenientes de um banco, digamos, de um empréstimo. O banco terá todo interesse em conhecer o EBITDA para saber se sua empresa terá condições de honrar o empréstimo. E neste caso, muito provavelmente a intenção para aplicação dos 100.000,00 será para incrementar a produção. No caso específico em empréstimos bancários sabemos que bancos somente emprestam recursos para quem já os possui, pois, além desses cálculos eles irão exigir garantias financeiras, ou seja, os bancos brasileiros não estão aqui para desenvolver a produção, estão aqui para ter lucros exorbitantes, basta verifica seus balanços.
É possível e muitos técnicos o fazem, refiro-me a sigla sem o DA, ou seja, somente EBIT, o que nos conduzirá ao lucro do operacional, ou lucro da atividade sem a depreciação e sem a amortização. Isso é válido, pois, o DA é um cálculo contábil, em linhas gerais o DA não implica em saída de recursos do caixa da empresa. Esse procedimento de cálculo EBIT é importante porque, no final o que queremos saber é se a empresa dá ou não lucro. E se dá, quanto dá? Depois, vamos nos preocupar em cobrir outras gastos. É lógico que o D de depreciação é muito é importante, exemplo, você possui uma máquina que custa 10.000,00 dez mil reais, e a vida útil dela é de 10 anos, assim, ela será depreciada em 1.000,00 mil reais por ano. Agora, suponha que ao investir os 100.000,00 cem mil reais faltam exatamente 30 dias para encerrar a vida útil deste equipamento, ou seja, uma nova máquina deverá ser comprada, ou um leasing deverá ser feito, enfim, o importante é que essa variável não foi considerada na decisão inicial. Mas, como escrevemos aqui o EBITDA não está aí para resolver todos as variáveis para se entrar ou não num negócio, mas ele é um excelente facilitador e rápido. O indicador pode ser utilizado na análise da origem dos resultados das empresas e, por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, pode medir com mais precisão a produtividade e a eficiência do negócio.
O EBITDA é um excelente indicador e pode facilitar a comparação entre empresas do mesmo segmento de mercado. Isso não implica dizer que de posse do EBITDA possamos saber a real situação financeira de uma empresa, mas sem dúvida é um indicador importantíssimo.
O que significa EVA?
Significa Valor Econômico Agregado (ou adicionado), ou Economic Value Added e não se deve confundir com lucro. Suponhamos que sua empresa rodou durante 2017 e teve um determinado lucro de 10, no entanto, para rodar em 2017 você colocou 100. Portanto, há um custo deste capital de 100. Suponha que o custo deste capital de 100 foi de 3, portanto, 10 -3 = 7.
7 = EVA, EVA = Receitas – Custos – Despesas – Perdas – impostos.
O que está por trás do cálculo do EVA? Está o custo de oportunidade do capital disponível. Se você possui 100, terá algumas oportunidades de investimentos, escolher empregá-lo na sua empresa deve, ou deveria significar ter um ganho superior a outras oportunidades que você dispõe. Em geral, compara-se o retorno do capital que a empresa lhe irá oferecer contra aplicações financeiras bancárias, e optando-se por aplicar os recursos na empresa ela deverá gerar um retorno superior ao oferecido pelo banco, ou ao custo de oportunidade do capital.
Sua base de cálculo é o lucro operacional líquido da empresa após impostos menos o custo do capital investido. Se este cálculo der positivo, indica que a operação no período apresentou retorno superior ao custo de oportunidade do investimento. Se der negativo, indica que indica que a operação no período apresentou retorno inferior ao custo de oportunidade do investimento.
Esse cálculo é simples, e pode ser aplicado a qualquer empresa, e mais, pode se aplicado a uma determinada linha de produto, a um departamento, a uma área de negócio dentro da empresa, a uma regional, a uma filial, com o objetivo de se avaliar se o capital investido está ou não sendo bem empregado.
O EVA não informa o que deve ser feito para se melhorar o resultado, simplesmente tira uma fotografia de um determinado período e informa se a empresa está ou não aplicando bem seus recursos. Observa-se que dinheiro é um recurso, mas normalmente ele é aplicado em máquinas, softwares, mão de obra, etc… que em conjunto devem render valores superiores ao custo do capital investido.
Mutuante
Por aqui temos esse conceito difundido, ou seja, o mutuante é o credor, ou mutuante é igual a credor. O mutuante tanto pode ser uma pessoa física, como jurídica, é aquela que mutua, em outras palavras é aquele que empresta o recurso, ou cede o empréstimo.
Mutuário
Por alguma razão essa palavra mutuário é muito mais usada do que mutuante, o mutuário é o devedor. Exemplo, a empresa vende um lote residencial para a pessoa física X, essa pessoa recebe o bem, ou seja, o lote, e inicia os pagamentos das prestações junto ao credor. O bem estará á disposição do mutuário, no entanto, ele não foi quitado, podendo a empresa vendedora tomá-lo de volta (segundo a legislação e seguindo os procedimentos normativos)
Depreciação x Amortização?
A Depreciação entendemos que ficou claro acima, trata-se de bens tangíveis, por exemplo, uma máquina que vai se depreciando atá ter sua vida útil expirada. Já a Amortização, temos 2 dois conceitos:
conceito 1; você possui uma divida, e as parcelas desta divida que serão pagas, digamos, mensalmente contemplam uma parte dos juros + uma dedução do principal. Assim, os juros são sempre calculados sobre o capital remanescente.
conceito 2; trata-se de um conceito contábil adotado em outras partes do mundo, aqui nos referimos a custos relacionados com ativos intangíveis, são custos sobre algo que nos pertence, ou melhor, pertencem a empresa, mas que também possuem uma vida útil. Exemplo, a empresa inventou um método revolucionário para dessanilização de água do mar. a empresa possui uma patente sobre esse invento, possui uma propriedade intelectual, essa posse é considerada um ativo intangível. Um determinado dia esta patente irá expirar, e é bom nos preparamos, pois o invento cairá em domínio público.
No Brasil temos os 2 dois conceitos acima, e o conceito 1 é muito usado principalmente num país onde a inflação já foi de 80% oitenta por cento ao mês.
Então, toda vez que emprestamos algum recurso será nos cobrado juros, e conforme vamos pagando o empréstimo vamos automaticamente amortizando a dívida. A amortização da dívida somente irá ocorrer se os pagamentos que efetuamos for maior que os juros cobrados. Suponha que emprestemos 100,oo cem reais e o juros mensais sejam de 2% dois porcento, e nos comprometemos a pagar essa dívida em 100 meses. Portanto, se pagarmos todo mês 1,5 real nunca iremos terminar de pagar essa dívida, pois os juros mensais são de 2,00 dois reais, e se pagamos 1,5 real, deixamos um débito para o mês seguinte. Para pagar essa dívida teremos que pagar 2,00 reais por mês e + algum valor para amortizar o principal. Em outras palavras a amortização, é depois de pago os juros, quanto resta para amortizar o principal.
Amortização = pagamento – juros
Sistemas de Amortização.
Existem no mercado alguns sistema de amortização que se popularizaram no mercado, e aí depende um pouco de cada mercado, há uma tendência para aplicação de um sistema ou de outro sistema. Exemplos:
- Leasing, ou arrendamento mercantil.
- Price, é a tal da tabela Price, sistema francês de amortização, é muito utilizado, por exemplo, para imóveis, e as pessoas gostam, Por que? Porque as parcelas são iguais (fixas) por um período, digamos 12 meses, e isso implica em previsibilidade para aqueles que irão executar o pagamento. Esse sistema embute uma amortização crescente.
- SAC – Sistema de Amortização Constante. Método Hamburguês. Aqui a amortizando é constante e os pagamentos são decrescentes. Por que os credores não gostam desse método? Por que as prestações iniciais geralmente são altas, e ele não está em condições de assumi-las. Esse sistema SAC como a tabela Price são muito utilizados no Brasil. E seguem os cálculos matemáticos correspondentes aos juros compostos.
- SAM – Sistema de Amortização Misto.
- SAV – Sistema de Amortização Variável.
- SAA- Sistema de Amortização Americano. Aqui o credor vai pagando somente os juros e não amortiza o principal, a liquidação da dívida é feita de uma única vez ao final do contrato. O final do contrato é acordado entre as partes.
- SAA- Sistema de Amortização Alemão.
- ….
- ….
Exemplo de Fluxo de Caixa.
Vamos aqui fazer uma sugestão para acompanhamento do Fluxo de Caixa gerencial. Nos itens 1,2,3, e 4 separamos tudo aquilo que está conectado com a Produção direta ou indiretamente, Assim, teremos uma noção clara se o negócio é rentável ou não. Essa sugestão é a separação do EBITDA para que o resultado não seja contaminado por outros números..
itens | dias | 1 | 2….. | 31 | Somatória | % de cada item | |||||
cód. Do Plano de Contas | prev. | real. | prev. | real. | prev. | real. | prev. | real. | prev. | real. | |
1.Receitas Operacionais | |||||||||||
2.Custos Operacionais | |||||||||||
3.Despesas Operacionais | |||||||||||
4.Perdas | |||||||||||
4.1 corpos de prova | |||||||||||
4.2 retalhos | |||||||||||
4.3 sobras | |||||||||||
Saldo final 1 | |||||||||||
Somatória | % de cada item | ||||||||||
prev. | real. | ||||||||||
5.Receitas Ñ Operacionais | |||||||||||
5.1 Rendimentos financeiros | |||||||||||
5.2 Aporte de Capital | |||||||||||
5.4 Venda de Equipamentos | |||||||||||
5.5 Seguros restituições | |||||||||||
6. Despesas Ñ Operacionais | |||||||||||
6.1 Juros pagos | |||||||||||
6.2 Depreciação de máquinas | |||||||||||
6.3 Amortizações | |||||||||||
6.4 Impostos pagos | |||||||||||
7. Perdas Ñ Operacionais | |||||||||||
7.1 Acidentes | |||||||||||
7.2 manutenções ñ operac. | |||||||||||
Saldo inicial dia anterior | |||||||||||
prev. | real. | ||||||||||
Saldo final 2 |