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IPCA varia 0,28% em novembro de 2017

Nós temos uma inflação comportada e uma taxa Selic alta. Sim, pois embora a taxa Selic nunca tenha sido tão baixa, a diferença entre a taxa Selic e a Inflação nos conduz ao quarto lugar entre os países com juros reais mais altos do planeta. De qualquer maneira, já estivemos em situação pior.


Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro ficou em 0,28%, 0,14 ponto percentual (p.p.) abaixo do resultado de outubro (0,42%). O acumulado no ano está em 2,50%, o menor resultado para um mês de novembro desde 1998 (1,32%) e bem abaixo dos 5,97% em igual período de 2016. O acumulado dos últimos 12 meses (2,80%) superou os 2,70% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2016, o IPCA foi de 0,18%. Os dados completos do IPCA podem ser acessados aqui.

PERÍODO TAXA
Novembro 0,28%
Outubro 0,42%
Novembro 2016 0,18%
Acumulado no ano 2,50%
Acumulado 12 meses 2,80%

Alimentação e bebidas (-0,38%) e Artigos de residência (-0,45%) foram os únicos grupos com queda nos preços. Entre os demais, destaque para Habitação (1,27% e 0,20 p.p. de impacto no índice do mês), e Transportes (0,52% e 0,09 p.p.).

IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 0,42 0,28 0,42 0,28 
Alimentação e Bebidas -0,05 -0,38 -0,01 -0,09
Habitação 1,33 1,27 0,21 0,20
Artigos de Residência -0,39 -0,45 -0,02 -0,02
Vestuário 0,71 0,10 0,04 0,01
Transportes 0,49 0,52 0,09 0,09
Saúde e Cuidados Pessoais 0,52 0,34 0,06 0,04
Despesas Pessoais 0,32 0,42 0,04 0,05
Educação 0,06 0,03 0,00 0,00
Comunicação 0,40 0,15 0,01 0,00

Pelo sétimo mês consecutivo, os alimentos, que representam cerca de 25% das despesas das famílias, caíram de preço (-0,38%), uma queda mais intensa do que a registrada em outubro (-0,05%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada desse grupo é de -2,32% e, no ano, a variação está em -2,40%, a menor desde a implementação do Plano Real em 1994.

Os preços dos alimentos para consumo em casa recuaram, em média, 0,72% de outubro para novembro. Itens de peso no consumo familiar registraram queda: farinha de mandioca (de 0,27% para -4,78%), tomate (de 4,88% para -4,64%), frutas (de 0,35% para -2,09%), pão francês (de 0,35% para -0,55%) e carnes(de 0,22% para -0,11%). Outros como o feijão-carioca (de -3,29% para -8,40%), os ovos (de -1,41% para -3,28%) e as carnes industrializadas (de -0,22% para -0,99%) intensificaram a baixa. Nesse grupo, com exceção da região metropolitana do Rio de Janeiro, com alta de 0,06%, as demais regiões apresentaram quedas entre -2,33% (Salvador) e -0,08% (Goiânia).

alimentação fora de casa subiu 0,21%, sendo a maior alta em Brasília (2,06%). Nos Artigos de residência, a queda de 0,45% foi influenciada pelos itens eletrodomésticos (-1,11%) e tv, som e informática (-1,46%).

Habitação, com variação de 1,27% e impacto de 0,20 p.p., foi o grupo de maior impacto, uma vez que a energia elétrica (0,15 p.p.) subiu, em média, 4,21%. Em novembro, vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 2, já com a cobrança adicional do novo valor de R$ 5,00 a cada 100 Kwh consumidos. Em outubro, a bandeira tarifária vigente também era a vermelha patamar 2, porém o adicional era de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos.

Em Goiânia, a energia elétrica subiu 14,40%, devido ao reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas desde 22 de outubro. Na mesma data, em Brasília, passou a vigorar o reajuste médio de 6,84% e, em uma das concessionárias de energia da região metropolitana de São Paulo, a tarifa de energia foi reajustada em 22,59%, em 23 de outubro.

Ainda no grupo Habitação, o preço do gás de botijão subiu 1,57%, influenciado pelo reajuste nas refinarias de, em média, 4,50% no gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em 5 de novembro. Além disso, desde 1º de novembro, o gás encanado no Rio de Janeiro (1,49%) sofreu reajuste de 1,54%, levando o item a registrar uma variação nacional de 0,82%.

A alta na taxa de água e esgoto (1,32%) deve-se ao reajuste de 7,89% nas tarifas em São Paulo (5,31%), aplicado desde 10 de novembro.

Entre os Transportes (0,52% e 0,09 p.p.), destaque para a gasolina e o etanol, mais caros, em média, 2,92% e 4,14%, respectivamente. As passagens aéreas recuaram 10,03% em novembro e, nos ônibus urbanos, a variação de -0,55% reflete a redução de R$ 0,20 nas passagens no Rio de Janeiro (-2,78%).

Quanto aos índices regionais, Salvador teve a maior queda (-0,26%), devido aos recuos em farinha de mandioca (-12,24%) e feijão-carioca (-25,37%). Em Goiânia houve a maior alta (0,96%), impulsionada pela energia elétrica (14,40%) e pela gasolina (5,03%).

IPCA – Variação por Regiões – Mensal, Acumulado no ano e 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Goiânia 3,59 1,52 0,96 3,26 3,31
São Paulo 30,67 0,50 0,58 3,00 3,36
Porto Alegre 8,40 0,32 0,55 2,24 2,19
Campo Grande 1,51 0,32 0,50 1,96 2,67
Brasília 2,80 0,48 0,46 3,15 4,31
Recife 5,05 0,13 0,26 2,87 3,32
Rio de Janeiro 12,06 0,10 0,26 2,47 2,73
Belém 4,65 0,31 0,05 1,31 1,52
Vitória 1,78 -0,10 -0,03 2,15 2,79
Belo Horizonte 10,86 0,34 -0,08 1,70 1,95
Curitiba 7,79 0,71 -0,15 2,84 2,98
Fortaleza 3,49 0,41 -0,16 1,72 2,34
Salvador 7,35 0,46 -0,26 2,04 2,36
Brasil 100,00 0,42 0,28 2,50 2,80 

IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, abrangendo dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, de Campo Grande e de Brasília.

INPC fica em 0,18% em novembro

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,18% em novembro, 0,19 p.p. abaixo do 0,37% de outubro. O acumulado no ano (1,80%) foi inferior aos 6,43% de igual período de 2016 e o menor acumulado para o período desde a implementação do Plano Real, em 1994. O acumulado dos últimos 12 meses (1,95%) ficou acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (1,83%). Em novembro de 2016, o INPC foi de 0,07%.

Os produtos alimentícios (-0,54%) caíram mais do que em outubro (-0,11%). Os não alimentícios variaram 0,49%, uma alta menor que a do mês anterior (0,58%).

Entre as regiões metropolitanas e municípios pesquisados, Salvador (-0,36%) teve a maior queda, com destaque para a farinha de mandioca (-12,24%) e o feijão-carioca (-25,37%), e Goiânia a maior alta (0,98%), impulsionada pela energia elétrica (14,84%) e pela gasolina, em média 5,03% mais cara.

INPC – Variação por Regiões – Mensal, Acumulado no ano e 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Goiânia 4,15 1,50 0,98 2,65 2,62
Campo Grande 1,64 0,29 0,57 0,84 1,36
Porto Alegre 7,38 0,31 0,56 1,90 1,78
Brasília 1,88 0,38 0,55 2,92 3,81
São Paulo 24,24 0,51 0,53 2,24 2,39
Rio de Janeiro 9,51 -0,22 0,20 0,95 0,88
Recife 7,17 0,05 0,06 2,15 2,66
Vitória 1,83 -0,19 0,02 1,67 2,06
Belém 7,03 0,24 -0,02 1,03 1,09
Belo Horizonte 10,60 0,34 -0,08 1,00 1,08
Curitiba 7,29 0,67 -0,13 2,82 2,66
Fortaleza 6,61 0,43 -0,29 1,42 1,94
Salvador 10,67 0,41 -0,36 1,79 2,00
Brasil 100,00 0,37 0,18 1,80 1,95 

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e refere-se às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, abrangendo dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, de Campo Grande e de Brasília.

Fonte: Agência de Notícias IBGE

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