Estamos roubando o nosso futuro e parte da fatura já chegou. Se somos jovens, ou velhos arrogantes e podemos desfrutar de um corpo sadio não implica concluir que essa máquina seja indestrutível. Não implica concluir que ele não precisa de cuidados astutos e constantes. Não implica concluir que essa miopia é válida somente para pirangueiros.
Se podemos destruir nossas florestas, arrecadar uns trocados no presente, isso não implica concluir que não estamos roubando o nosso futuro.
Se podemos votar em qualquer um, ou mesmo não votar isso não implica concluir que não iremos pagar um preço por essa irresponsabilidade; basta olhar para o passado do Brasil e constatar o atraso que nos metemos em comparação a outras nações. Há quantas décadas somos prisioneiros da renda média? Optamos por exportar petróleo, soja e minério de ferro e os outros por exportar conhecimento. Quem irá sobreviver em condições sustentáveis?
Como nos sentiremos quando o futuro chegar? Difícil de responder, fácil de prever.
Roubar o futuro significa nos igualar a pedras rolantes! Elas, as pedras, seguem ao leo, ao sabor das águas e dos ventos. Saímos da condição de atirar moedas aos mendigos para receber essas mesmas moedas de um outro ser que não consegue enxergar o futuro. Como nos sentiremos?
A conclusão é clara, estaremos por conta própria, uma visão piorada de “Mad Max”. Ninguém que pede uma refeição esbraveja, se impõe ou fala alto, a humildade cairá sobre aqueles que tiveram o riso fácil e o deboche afiado. Talvez, esse seja o aprendizado.
A vida fácil só existe em contos da carochinha, é preciso trabalho inteligente para eleger, para sobreviver, para progredir.
Um dos homens mais ricos da atualizada o sr. Warren Buffett comprou uma casa por US $ 31.500, hoje essa mesma casa vale 270 mil dólares! Impressionante? Não. O impressionante é que ele continua vivendo lá desde 1958 e não pretende sair.
Qual a sensação de termos roubado o nosso futuro e depois viver sem rumo? Sem trabalho, sem casa para morar, sem perspectivas, cercado de delinquentes?
Sim, estaremos sozinhos, uma pessoa desconhecida, um país alheio, “Just Like a Rolling Stone”.