Pessoas não conectadas com arte, fotografia, etc… possivelmente não conhecem Claudia Andujar (nome adotado pela artista suíça no Brasil). Então, como conhecer sua obra, o trabalho que fez com os índios Yanomanis? Basta navegar pela Web ou num esforço maior visitar sua galeria em Inhotim – MG. Portanto, escrever sobre ela aqui nesse espaço é desperdiçar adjetivos sobre sua obra.
O ponto que o Dr Zero Cost acredita conecte Andujar à PME é a crença no Brasil. Uma mulher que sofreu carências pela segunda guerra mundial, passou fome, saiu lá dos cantões da Hungria, morou na Suíça e por fim (para alguns) foi morar em Nova York, já teria feito muito nessa passagem por esse planeta.
Mas não, interessada em gente, gostou do Brasil, e veio viver aqui, sofreu pressões à época da ditadura pelo seu trabalho junto aos indígenas, quando foi classificada no período militar brasileiro como espiã. E ela somente queria marcar os índios, não para morrer como na sua infância os alemães marcavam os judeus, mas para sobreviver às doenças mais rudimentares que afligiam esse povo, como o sarampo.
O que me atrai nessa trajetória repleta de nuanças, é sua determinação, e o fato de escolher São Paulo para viver em detrimento a Nova York e a missão de peregrinação junto a tribo dos Yanomanis, entrando mata adentro e caminhando por semanas para encontrar os pares das tribos vivendo em locais distantes.
Algo que ela diz ter aprendido sobre os Yanomanis foi quanto as decisões da tribo, sempre colegiadas, sem dominância de um elemento A ou B, de um líder, segue-se o consenso.
Enquanto o Dr Zero Cost se depara com jovens e empresários que decidem fechar seus negócios por aqui e tentar a vida na América do Norte, pessoas de fibra traçam o caminho inverso e ela do alto de seus quase 90 anos, mostra-se satisfeita com as escolhas feitas.
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