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IPCA de julho fica em 0,24% (positivo)

O IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 2,71% (positivo)

Sim, o IPCA caminha dentro da meta da inflação, vamos torcer para o governo derrubar a taxa Selic em 05/09/2017 em mais de 1%. Motivo: a rentabilidade real para quem aplica em operações financeiras está ficando pouco atraente, neste caso o capital tende a migrar para o mercado, para a produção, e aí nossas chances de sairmos deste imbróglio aumentam.

 

Quando o governo substitui a bandeira verde da energia pela bandeira amarela, e aumentou a alíquota PIS/Cofins sobre os combustíveis a inflação subiu, IPCA foi a 0,24%, embora ainda confortável. Em 1 ano o indicador está em 2,71%. O acumulado em 12 meses em  fevereiro de 1999 o IPCA bateu 2.24%, ou seja, esta e a segunda menor alta.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho ficou em 0,24%, após variação de -0,23% em junho. Com isto, o acumulado no ano foi de 1,43%, bem menos do que os 4,96% registrados em igual período do ano passado.

Período TAXA
Julho de 2017 0,24%
Junho de 2017 – 0,23%
Julho de 2016 0,52%
No ano 2017 1,43%
Acumulado nos 12 meses 2,71%

Em relação aos últimos doze meses, o índice foi para 2,71%, menor acumulado em 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%). Em julho de 2016, o índice havia registrado variação de 0,52%. Clique aqui para acessar a publicação completa.

Em julho, mesmo com o grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 25% das despesas das famílias, apresentando queda pelo terceiro mês consecutivo (-0,47%), os grupos Habitação (1,64%) e Transportes (0,34%) pressionaram para cima o resultado do mês, conforme mostra a tabela a seguir.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Junho Julho Junho Julho
Índice Geral -0,23 0,24 -0,23 0,24
Alimentação e Bebidas -0,50 -0,47 -0,12 -0,12
Habitação -0,77 1,64 -0,12 0,25
Artigos de Residência -0,07 -0,23 0,00 -0,01
Vestuário 0,21 -0,42 0,01 -0,02
Transportes -0,52 0,34 -0,09 0,06
Saúde e Cuidados Pessoais 0,46 0,37 0,05 0,04
Despesas Pessoais 0,33 0,36 0,04 0,04
Educação 0,08 -0,02 0,00 0,00
Comunicação 0,09 -0,02 0,00 0,00

Com o maior impacto individual, 0,20 ponto percentual (p.p.), a energia elétrica (6,00%), do grupo Habitação (1,64%), foi o item que mais contribuiu para o resultado de julho. Isso ocorreu devido à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, a partir de 01 de julho, representando uma cobrança adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos. Acrescente-se, ainda, além do aumento na parcela do PIS/COFINS, ocorrido na maioria das regiões pesquisadas, o reajuste de 7,09% em Curitiba, a partir de 24 de junho, e de 5,15% em uma das concessionárias de São Paulo, em vigor desde 04 de julho. A tabela a seguir apresenta as variações da energia elétrica por região pesquisada.

Região Variação
%
Curitiba 9,33
São Paulo 8,54
Belo Horizonte 8,01
Belém 6,92
Recife 4,51
Salvador 4,41
Vitória 3,90
Goiânia 3,80
Fortaleza 3,50
Porto Alegre 3,37
Rio de Janeiro 2,77
Campo Grande 1,67
Brasília 0,83
Brasil 6,00

Ainda no grupo Habitação, a taxa de água e esgoto (1,21%) teve seu resultado influenciado pelas regiões metropolitanas de Fortaleza (11,27%) e de Porto Alegre (1,90%) onde ocorreram reajustes de 12,90%, em 26 de junho, e de 4,50%, em 1º de julho, respectivamente, além de Goiânia (5,89%), cujo reajuste de 6,29% está em vigor desde o dia 1º de julho.

No grupo Transportes (0,34%), o destaque são os combustíveis (0,92%). O litro do etanolficou, em média, 0,73% mais caro. Já a gasolina apresentou variação de 1,06%. Isso pois, durante o mês de julho, foram anunciados diversos reajustes (aumentos e reduções) nos preços da gasolina na refinaria e, em 20 de julho, o aumento na alíquota do PIS/COFINS. Em 25 de julho, esse aumento foi suspenso por liminar, derrubada em 26 de julho. Nova liminar, em 03 de agosto, derrubada no dia seguinte, suspendia o efeito do decreto que reajustou as alíquotas do PIS/COFINS dos combustíveis.

Cabe mencionar, ainda nos Transportes (0,34%), as tarifas dos ônibus interestaduais, que passaram a custar 2,15% a mais em razão do reajuste médio de 1,45% no valor das passagens a partir do dia primeiro de julho. As variações ficaram entre o -1,27% da região metropolitana de Salvador e os 6,56% da região metropolitana de Recife.

No lado das quedas, o destaque ficou com o grupo Alimentação e Bebidas (-0,47%) e -0,12p.p. de impacto puxada pelos alimentos para consumo em casa, mais baratos em 0,81%, indo de -1,80% em Goiânia até 0,06% em Brasília. Já a alimentação fora subiu 0,15%, no intervalo de -0,32% registrados na região metropolitana do Rio de Janeiro, até 1,71% em Goiânia.

Apesar de a maioria dos alimentos passarem a custar menos de junho para julho, a exemplo da batata-inglesa (-22,73%), do leite longa vida (-3,22%), das frutas (-2,35%) e das carnes (-1,06%), o tomate (16,90%) e a cebola (11,70%) apresentaram variações positivas frente às quedas registradas em junho.

Item Variação (%) Variação Acumulada (%)
Junho Julho Ano 12 meses
Batata-inglesa -6,17 -22,73 -16,60 -51,97
Feijão-fradinho -6,60 -7,11 -19,69 -10,37
Feijão-carioca 25,86 -5,39 -15,33 -50,54
Açúcar cristal -0,74 -3,52 -11,10 -3,86
Leite longa vida -0,72 -3,22 2,68 -22,67
Açúcar refinado 0,50 -2,62 -6,21 -2,77
Pescado -1,60 -2,54 0,70 8,78
Frutas -5,90 -2,35 -15,42 -5,03
Hortaliças 0,61 -2,28 7,08 -7,97
Alho 1,23 -2,18 3,32 -12,54
Arroz -0,92 -1,52 -7,70 -3,51
Frango inteiro -0,77 -1,36 -8,47 -2,36
Carnes -1,23 -1,06 -3,71 0,38
Leite em pó -0,54 -1,00 -4,07 7,71
Óleo de soja -1,32 -0,88 -5,65 -0,82
Farinha de trigo -0,89 -0,84 -7,87 -9,47
Pão de forma 0,82 -0,72 6,14 7,30
Queijo -1,12 -0,53 0,20 4,02

Na ótica dos índices regionais, os resultados ficaram entre os -0,24% registrados em Campo Grande e os 0,49% da região metropolitana de Curitiba. A tabela a seguir apresenta os resultados por região pesquisada. Na região metropolitana de Curitiba, o aumento foi impulsionado pelas contas de energia elétrica, que ficaram 9,33% mais caras em razão do reajuste de 7,09%, em vigor a partir de 24 de junho. Em Campo Grande, as carnesregistraram redução de 2,02%.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Junho Julho Ano 12 meses
Curitiba 7,79 -0,14 0,49 1,77 2,44
São Paulo 30,67 -0,31 0,38 1,41 2,88
Goiânia 3,59 -0,04 0,38 0,73 1,31
Salvador 7,35 -0,08 0,35 1,66 2,54
Belo Horizonte 10,86 -0,48 0,31 0,89 1,88
Recife 5,05 -0,09 0,29 2,55 4,24
Brasília 2,80 -0,22 0,28 1,51 3,79
Belém 4,65 -0,08 0,10 0,83 1,96
Vitória 1,78 -0,22 0,03 1,34 2,64
Fortaleza 3,49 -0,25 0,01 1,51 3,65
Rio de Janeiro 12,06 -0,09 -0,03 1,95 3,25
Porto Alegre 8,40 -0,28 -0,12 0,95 2,10
Campo Grande 1,51 -0,40 -0,24 0,59 2,94
Brasil 100,00 -0,23 0,24 1,43 2,71

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 31 de julho de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 28 de junho de 2017 (base).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,17% em julho, ficando acima da taxa de -0,30% de junho. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 2,08%, ficando abaixo dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2016, o INPC registrou 0,64%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,45% em julho. Em junho, o resultado havia sido de -0,52%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,45%, acima da taxa de -0,20% de junho.

Quanto aos índices regionais, as variações ficaram entre -0,30% registrado em Campo Grande e 0,42% na região metropolitana de Curitiba. Em Campo Grande, as carnes registraram redução de 2,15%. Na região metropolitana de Curitiba, o aumento foi impulsionado pelas contas de energia elétrica que ficaram 9,71% mais caras em razão do reajuste de 7,09%, em vigor a partir de 24 de junho.

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Junho Julho Ano 12 meses
Curitiba 7,29 -0,20 0,42 1,92 2,06
Salvador 10,67 0,09 0,36 1,86 2,63
Recife 7,17 -0,26 0,32 2,48 4,19
São Paulo 24,24 -0,42 0,31 1,16 1,82
Goiânia 4,15 -0,12 0,25 0,39 0,63
Belo Horizonte 10,60 -0,64 0,19 0,56 0,98
Fortaleza 6,61 -0,35 0,11 1,58 3,86
Brasília 1,88 -0,21 0,08 1,95 3,61
Belém 7,03 -0,08 -0,03 0,84 1,69
Vitória 1,83 -0,33 -0,06 1,28 2,15
Porto Alegre 7,38 -0,41 -0,13 0,77 1,42
Rio de Janeiro 9,51 -0,27 -0,16 1,60 1,94
Campo Grande 1,64 -0,47 -0,30 0,11 1,95
Brasil 100,00 -0,30 0,17 1,30 2,08

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 31 de julho de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 28 de junho de 2017 (base).


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Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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