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IPCA varia 0,09% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março variou 0,09%, bem abaixo do resultado de fevereiro (0,32%). O acumulado no ano foi de 0,70%. Tanto a variação mensal quanto o acumulado no ano representaram o menor nível para um mês de março desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses caiu para 2,68%, depois de registrar 2,84% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2017, o IPCA havia atingido 0,25%.

 

Período TAXA
MARÇO de 2018 0,09%
Fevereiro de 2018 0,32%
Março de 2017 0,25%
Acumulado no ano 0,70%
Acumulado nos 12 meses 2,68%

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Transportes (-0,25%) e Comunicação (-0,33%) apresentaram deflação em março. Já os demais grupos vieram com alta variando de 0,05% a 0,48%, conforme pode ser observado na tabela abaixo.

 

IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Fevereiro Março Fevereiro Março
Índice Geral 0,32 0,09 0,32 0,09
Alimentação e Bebidas -0,33 0,07 -0,08 0,02
Habitação 0,22 0,19 0,03 0,03
Artigos de Residência 0,03 0,08 0,00 0,00
Vestuário -0,38 0,33 -0,02 0,02
Transportes 0,74 -0,25 0,13 -0,05
Saúde e Cuidados Pessoais 0,38 0,48 0,05 0,06
Despesas Pessoais 0,17 0,05 0,02 0,01
Educação 3,89 0,28 0,19 0,01
Comunicação 0,05 -0,33 0,00 -0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

No grupo dos Transportes, a deflação de 0,25% foi motivada pela queda nas passagens aéreas (-15,42%), que exerceram o impacto negativo mais intenso no índice do mês, -0,07 ponto percentual (p.p.). Os combustíveis também apresentaram queda (-0,04%), com destaque para a gasolina (-0,19%) cujos preços variaram dos -4,69% na região metropolitana de Recife até os 2,59% registrados na de Fortaleza. Por outro lado, cabe destacar a alta de 0,74% no item ônibus urbano em razão dos reajustes listados a seguir:

 

IPCA – Reajustes dos ônibus urbanos
Ônibus urbano
Região Variação (%) Reajuste (%) Data
Belém 4,43 6,45 20/02
Rio de Janeiro 1,12 5,88 05/02
Fortaleza 0,92 6,43 03/02
Porto Alegre 3,95 6,17 13/03
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

A queda de 0,33% no grupo Comunicação foi motivada pela redução nas tarifas das ligações locais e interurbanas, de fixo para móvel, em vigor desde 25 de fevereiro.

No lado das altas, o grupo Saúde e cuidados pessoais apresentou a maior variação no mês (0,48%), além da maior contribuição (0,06 p.p.). Nesse grupo, o destaque foi o item plano de saúde (1,06%), responsável pelo segundo maior impacto individual no mês (0,04 p.p.).

Já o maior impacto individual veio das frutas (5,32% e 0,05 p.p.), do grupo Alimentação e bebidas que, após cair 0,33% em fevereiro, teve alta (0,07%) em março. Apesar da aceleração no preço das frutas, o grupamento dos alimentos para consumo no domicílio registrou deflação em março (-0,18%), menos intensa do que a de fevereiro (-0,61%). Os destaques nas quedas foram carnes (-1,18%), tomate (-5,31%) e frango inteiro (-2,85%). Já a alimentação fora acelerou de fevereiro (0,18%) para março (0,52%). As variações ficaram entre -0,31% na região metropolitana de Porto Alegre e 1,08% na de Curitiba.

No grupo Habitação, a alta de 0,19% foi impulsionada pela energia elétrica (0,67%) devido à apropriação dos reajustes de 9,09% e 21,46% nas tarifas das concessionárias do Rio de Janeiro, em vigor desde 15 de março. As demais áreas apresentaram variação entre -4,69% na região metropolitana de Vitória e 2,60% na de Belo Horizonte em razão dos aumentos e reduções nas alíquotas do PIS/COFINS. Cabe destacar que a bandeira tarifária verde está em vigor desde janeiro de 2018, não havendo cobrança de adicional no consumo de energia.

Os índices regionais mais elevados foram os das regiões metropolitanas de Fortaleza e Belo Horizonte, ambos com alta de 0,23%. Na primeira, o destaque foi a gasolina que ficou, em média, 2,59% mais cara e os cursos regulares (2,02%). Em Belo Horizonte sobressai a energia elétrica, com alta de 2,60% e as frutas, que subiram 8,34%. O menor índice foi o de Campo Grande, cuja queda de 0,35% foi impulsionada pela energia elétrica (-4,52%), pelas carnes (-2,06%) e a gasolina (-1,50%).

 

IPCA – Variação mensal, ano e 12 meses por região
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Belo Horizonte 10,86 0,33 0,23 0,92 2,00
Fortaleza 3,49 0,00 0,23 0,57 1,25
São Paulo 30,67 0,29 0,22 0,72 3,54
Rio de Janeiro 12,06 0,72 0,12 1,27 2,82
Porto Alegre 8,40 0,08 0,11 0,87 2,73
Curitiba 7,79 0,10 0,10 0,46 2,85
Belém 4,65 0,57 0,03 0,68 0,97
Goiânia 3,59 0,07 0,02 0,14 3,81
Brasília 2,80 0,19 0,01 0,06 3,13
Salvador 7,35 0,55 -0,27 0,63 1,47
Vitória 1,78 0,15 -0,28 0,58 2,10
Recife 5,05 0,27 -0,31 -0,01 2,16
Campo Grande 1,51 0,20 -0,35 -0,05 1,11
Brasil  100,00 0,32 0,09 0,70 2,68
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 02 de março a 29 de março de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 01 de março de 2018 (base).

INPC varia 0,07% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,07% em março e ficou 0,11 p.p. abaixo da taxa de 0,18% de fevereiro. No ano, o acumulado foi de 0,48%. Tanto a variação mensal quanto a acumulada no ano foram as mais baixas para um mês de março desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses (1,56%) ficou abaixo dos 1,81% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2017, o INPC havia sido 0,32%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,17% em março enquanto no mês anterior a queda havia sido de 0,36%. O grupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,17% enquanto, em fevereiro havia registrado 0,41%.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,32%), onde se destacaram os itens energia elétrica (6,32%) e ônibus urbano (1,12%). Este reflete o reajuste de 5,88% no valor das passagens em vigor desde 05 de fevereiro e, aquele, a apropriação dos reajustes de 9,09% e 21,46% havido nas tarifas das concessionárias, a partir de 15 de março. O menor índice foi o de Campo Grande (-0,60%), reflexo das quedas de 4,52% na energia elétrica, 1,89% nas carnes e 1,50% na gasolina. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

 

INPC – Variação mensal, ano e 12 meses por região
Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Rio de Janeiro 9,51 0,65 0,32 1,22 1,03
Belo Horizonte 10,60 0,14 0,25 0,55 0,76
São Paulo 24,24 0,09 0,23 0,58 2,67
Brasília 1,88 0,04 0,18 0,06 1,55
Belém 7,03 0,52 0,13 0,76 0,46
Fortaleza 6,61 0,04 0,11 0,53 0,69
Porto Alegre 7,38 0,02 0,10 0,71 2,17
Curitiba 7,29 0,07 -0,01 0,23 2,18
Goiânia 4,15 -0,03 -0,07 -0,15 2,92
Salvador 10,67 0,26 -0,27 0,26 0,78
Vitória 1,83 0,09 -0,29 0,44 1,02
Recife 7,17 0,08 -0,34 -0,25 1,15
Campo Grande 1,64 0,00 -0,60 -0,59 -0,40
Brasil  100,00 0,18 0,07 0,48 1,56
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 02 de março e 29 de março de 2018 (referência) com os preços vigentes entre 30 de janeiro e 01 de março de 2018 (base).

 Fonte: IBGE

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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