Ouro, Ouro, …Ouro?
Quantos de nós já não escutamos esse chamamento, mas quantos de nós brasileiros vimos de frente um ser humano, ou nosso governo brasileiro ser beneficiado por tê-lo encontrado?
Portugal mamou no ouro do Brasil desde o século XVI e o ouro o conduziu a um estado falido. Depois deste período colonial como num passe de mágica surgiu por aqui o ouro de Serra Pelada. O primeiro volume de ouro supostamente resolveria os problemas de Lisboa, o segundo de Brasília e justamente na década de 1980, a década perdida quando devíamos muito, fruto do nosso mau planejamento para suportar a 1ª e a 2ª crise do petróleo. Além disso, o ouro estava num estado brasileiro que necessitava de desenvolvimento – o Pará. E ouro a céu aberto! Estava no chão, é só pegar, que tal? Sim, temos diversos sindicatos por lá defendendo seus cooperados.
O Dr Zero Cost recomenda: esqueçam o ouro, mirem nos processos, na tecnologia, nas novas tendências de mercado, na indústria 4.0, na profissionalização de seu time, na educação continuada, e convicção nas escolhas de nossos dirigentes. Só assim, o Brasil sairá deste imbróglio (2017). Se interessar veja a matriz SWOT-PEST no blog do Dr Zero Cost em ferramentas para um 1º passo rumo ao planejamento estratégico.
O Dr Zero Cost recomenda: o filme Os Trapalhões na Serra Pelada, não, não é um filme governamental, é da trupe Os Trapalhões ”historicamente, a extração começou com um pequeno sitiante que, ao cavar um pé de bananeira, encontrou uma estranha pedra e, ao mostrá-la em um bar, espalhou-se a notícia de se tratar de ouro. Em duas semanas, já tinha garimpeiros do Brasil inteiro. A festa durou cerca de oito semanas, quando a União, finalmente, interveio na área. Áreas de lavra e garimpeiros foram registrados pela Receita Federal, e todo ouro encontrado deveria ser vendido à Caixa Econômica Federal”. Esta área era de concessão da empresa Vale, mas houve quebra de contrato e em 1984 a Vale recebeu indenização de 59 milhões de dólares estadunidenses pela perda da concessão da mina por quebra de contrato”. Somos um País que não quebra contratos, é o que os políticos dizem na Globo, mas às vezes ocorre!
E o ouro preto?
A destruição de o padrão de câmbio-ouro, por quê?
Então, tivemos o padrão-ouro que implodiu com a I Guerra Mundial e na sequência o padrão de câmbio-ouro que implodiu em 1931, o sr. Bernad Gazier, escreve: “Havia 29 mil bancos nos Estados Unidos em 1921, e apenas 12 mil bancos em finais de março de 1933, resultado de um pânico nacional que levara o novo presidente, Roosevelt, a fechar temporariamente todos os estabelecimentos bancários (Bank Holiday) ”. E depois tivemos a Conferência de Bretton Woods em 1944 e definiu-se o dólar como moeda forte, e única moeda conversível ao ouro. E depois o sr. Nixon terminou com a conversibilidade do dólar em 1971, e cá estamos nós em 2017.
O descompasso entre as moedas no entre-guerras levou ao ditado: cada um para si, Deus para todos. A economia não é uma ciência exata, depende do comportamento do ser humano. Os países criaram barreiras alfandegárias, voltaram-se para o nacionalismo exacerbado, e as empresas estatais injetaram recursos na economia para reativá-la buscando gerar empregos.
Em 1930 os dados coletados nos EUA sobre sua população, como renda, etc.. não eram precisos e ali detectou-se a necessidade de fazê-lo – diante da crise. Aqui nos interessamos pelo tema 20 anos mais tarde, normal! De posse de dados, é possível transformá-lo em informações e essas informações em políticas de governo. Aqui nasce o New Deal (novo acordo ou novo trato 1933 – 1937) do presidente Roosevelt. E como a preocupação americana estava do outro lado do mundo: os russos, e eles já possuíam por lá os planos quinquenais, ou seja, começaram as comparações para averiguar qual regime iria sair vitorioso lá na frente, capitalismo ou comunismo? Qual o mais eficaz?
Na Europa estamos diante de um cenário de reconstrução pós I Guerra, e porque não dizer revanchismo, aqueles que perderam as guerras buscavam se recuperar e com o objetivo de ultrapassar tecnicamente os vencedores. No entanto, para recuperar uma economia que está no chão, com altíssimos índices de desemprego, instabilidade monetária, etc.. é preciso uma mão forte, governos que mostrem uma direção e que todos remem juntos, condições ideais para o fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha se desenvolverem.
Por aqui na Terra Brasilis, temos o sr. Vargas, um ditador nacionalista e populista, os recursos minerais recebem o domínio do Estado. Cópia da maioria dos governos afora, rumo ao nacionalismo exacerbado que irá conduzir os países a novos conflitos, e fazer ruir o status quo.
Portanto, o Estado manda e o povo obedece, tanto na Europa como no Brasil, e até hoje (2017) temos esse ranço. Um estado patrimonialista. Na era de o sr. Juscelino deu-se início ao período conhecido como: desenvolvimentista, embora ele buscasse desenvolver diversos segmentos da economia houve um desprezo pela agricultura e pela ferrovia. Mas, houve a instalação de um parque industrial nas décadas de 1930 e 1950. Na sequência dos governos ou desgovernos de o sr. Jânio Quadros e de o sr. João Goulart nossa economia entra em queda e se desorganiza forçando os militares a saírem dos quartéis.
Na economia é fundamental discutirmos qual o melhor modelo para o Brasil. Essas discussões já foram mais férteis no passado, exemplo, Eugênio Gudin versus Roberto Simonsen, e venceu o mais forte politicamente, infelizmente. Qual o melhor modelo econômico para Brasil a partir de 2018? O que você responderia: protecionismo, ou abertura de mercado?
E, Bretton Woods?
O sr. Eugênio Gudin foi delegado brasileiro e participou da Conferência Monetária Internacional, em Bretton Woods – EUA. Nesta Conferência decidiu-se pela criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BIRD). O sr. Eugênio foi ministro da Fazenda e tentou uma fórmula por muitos defensável nos dias atuais (2017), o período como ministro foi de 7 meses 1954 – 1955, ou seja, corte das despesas públicas, contenção da expansão monetária e do crédito, facilitação dos investimentos estrangeiros, IR – Imposto de Renda na fonte (ele é o responsável por essa lei), nada muito diferente do que muitos economistas apregoam em 2017. O sr. Juscelino Kubitschek se apoderou desta política para implantar por aqui a indústria automobilística. Um erro!
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