Em agosto de 2018, o comércio varejista nacional cresceu 1,3% frente a julho, na sériecom ajuste sazonal, compensando, assim, grande parte da queda de 1,5% acumulada nos últimos três meses. Nessa comparação, a receita cresceu 1,5%. Com isso, a média móvel trimestral (0,3%) reverteu o sinal negativo observado em julho (-0,5%).
Período | Varejo | Varejo Ampliado | ||
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Volume de vendas | Receita nominal | Volume de vendas | Receita nominal | |
Agosto / Julho* | 1,3 | 1,5 | 4,2 | 4,4 |
Média móvel trimestral* | 0,3 | 0,9 | 2,2 | 2,4 |
Agosto 2018 / Agosto 2017 | 4,1 | 7,6 | 6,9 | 9,7 |
Acumulado Jan-Ago 2018 | 2,6 | 4,4 | 5,6 | 6,9 |
Acumulado em 12 meses | 3,3 | 4,0 | 6,4 | 6,7 |
*Série ajustada sazonalmente |
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as vendas subiram 4,2% em relação a julho, voltando a crescer após taxa de -0,3%. Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em agosto (2,2%) sinalizou aumento no ritmo das vendas, quando comparada à média móvel no trimestre encerrado em julho (-0,9%). Frente a agosto de 2017, mostrou avanço de 6,9%, décima sexta taxa positiva consecutiva, a maior desde abril de 2018 (8,5%). Assim, o varejo ampliado acumulou expansão de 5,6% de janeiro a agosto, avançando frente ao acumulado até julho (5,4%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,5% em julho para 6,4% até agosto, também apontou estabilidade no ritmo de vendas. Acesse a publicação completa e material de apoio à direita dessa página.
Sete das oito atividades pesquisadas apresentaram crescimento
O crescimento de 1,3% no volume de vendas do comércio varejista, na passagem de julho para agosto de 2018, na série com ajuste sazonal, mostra resultados positivos em sete das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (5,6%), Combustíveis e lubrificantes (3,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,5%), Móveis e eletrodomésticos (2,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%). A única atividade com taxa negativa em agosto foi Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,5%), que mostra comportamento predominantemente negativo desde maio, acumulando perda de 9,7% nesse período.
No comércio varejista ampliado, o volume de vendas, em agosto, mostrou expansão de 4,2% em relação a julho de 2018, na série com ajuste sazonal, após recuar -0,3% no mês anterior. Esse resultado foi fortemente influenciado pelas vendas de Veículos, motos, partes e peças que (5,4%) e Material de construção (4,6%), ambos compensando os recuos registrados em julho, respectivamente de -1,4% e de -3,5%.
BRASIL – INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Agosto 2018 |
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ATIVIDADES | MÊS/MÊS ANTERIOR (1) | MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR | ACUMULADO | |||||
Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | ||||||
JUN | JUL | AGO | JUN | JUL | AGO | NO ANO | 12 MESES | |
COMÉRCIO VAREJISTA (2) | -0,2 | -0,1 | 1,3 | 1,4 | -1,0 | 4,1 | 2,6 | 3,3 |
1 – Combustíveis e lubrificantes | -2,2 | 1,2 | 3,0 | -11,6 | -8,7 | -2,0 | -5,9 | -5,1 |
2 – Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo | -3,6 | 1,9 | 0,7 | 4,0 | 1,3 | 5,5 | 4,9 | 4,8 |
2.1 – Super e hipermercados | -3,6 | 1,3 | 1,0 | 4,2 | 1,4 | 6,3 | 5,2 | 5,3 |
3 – Tecidos, vest. e calçados | 1,7 | -0,1 | 5,6 | -4,4 | -8,4 | 2,9 | -3,5 | 0,7 |
4 – Móveis e eletrodomésticos | 4,5 | -4,2 | 2,0 | 0,7 | -6,9 | -2,4 | -0,8 | 3,7 |
4.1 – Móveis | – | – | – | 0,4 | -6,7 | -3,0 | -3,5 | 0,6 |
4.2 – Eletrodomésticos | – | – | – | 0,9 | -7,3 | -2,3 | 1,3 | 5,3 |
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria | 1,4 | 0,2 | 0,9 | 4,6 | 5,5 | 7,4 | 5,9 | 6,3 |
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria | 0,0 | -1,2 | -2,5 | -11,5 | -10,4 | -12,0 | -9,3 | -8,1 |
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação | 3,7 | -2,4 | 0,6 | -1,3 | -4,1 | 3,1 | -0,5 | -2,8 |
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico | 2,6 | -1,7 | 2,5 | 8,5 | 4,6 | 9,5 | 7,7 | 6,5 |
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) | 2,7 | -0,3 | 4,2 | 3,7 | 2,9 | 6,9 | 5,6 | 6,4 |
9 – Veículos e motos, partes e peças | 16,1 | -1,4 | 5,4 | 10,4 | 16,6 | 15,9 | 16,4 | 14,2 |
10- Material de construção | 11,5 | -3,5 | 4,6 | 5,6 | 2,1 | 5,9 | 4,7 | 7,8 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10 |
Com avanço de 6,9%, frente a agosto de 2017, o comércio varejista ampliado registrou a décima sexta taxa positiva, com a principal contribuição na taxa total do varejo ampliado vindo de Veículos, motos, partes e peças (15,9%), além da pressão positiva de Material de construção, com avanço de 5,9%.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 5,5% frente a agosto de 2017, registrou a décima sétima taxa positiva consecutiva nessa comparação, e com maior ritmo em relação ao resultado de julho (1,3%), exercendo, assim, o maior impacto positivo sobre a taxa global do varejo. O desempenho da atividade vem sendo sustentado pela estabilidade da massa de rendimento real habitualmente recebida e pelo aumento da população ocupada. O indicador acumulado nos últimos doze meses passou de 4,5 % em julho para 4,8% em agosto, mantendo em alta desde março de 2017 (-3,0%).
BRASIL – INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Agosto 2018 |
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ATIVIDADES | MÊS/MÊS ANTERIOR (1) | MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR | ACUMULADO | |||||
Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | ||||||
JUN | JUL | AGO | JUN | JUL | AGO | NO ANO | 12 MESES | |
COMÉRCIO VAREJISTA (2) | 0,7 | 0,4 | 1,5 | 5,3 | 2,9 | 7,6 | 4,4 | 4,0 |
1 – Combustíveis e lubrificantes | 2,8 | 0,8 | 0,1 | 13,3 | 13,9 | 11,7 | 10,5 | 8,0 |
2 – Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo | -0,7 | 1,3 | 1,8 | 5,1 | 2,7 | 8,2 | 3,7 | 2,8 |
2.1 – Super e hipermercados | -0,8 | 1,3 | 2,0 | 5,0 | 2,7 | 8,9 | 3,8 | 3,2 |
3 – Tecidos, vest. e calçados | 1,4 | 0,2 | 5,4 | -2,7 | -7,1 | 4,2 | -1,6 | 3,0 |
4 – Móveis e eletrodomésticos | 5,3 | -4,2 | 2,5 | -0,4 | -7,5 | -2,6 | -2,2 | 1,7 |
4.1 – Móveis | – | – | – | 1,0 | -5,3 | -1,7 | -3,4 | 0,9 |
4.2 – Eletrodomésticos | – | – | – | -1,0 | -8,6 | -3,0 | -0,9 | 2,1 |
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria | 1,8 | 0,4 | 1,1 | 6,7 | 7,4 | 9,6 | 8,7 | 9,6 |
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria | 0,0 | -0,4 | -1,8 | -9,1 | -7,9 | -9,7 | -6,4 | -4,7 |
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação | 3,3 | -1,5 | 0,6 | -5,7 | -6,7 | 0,5 | -5,2 | -8,7 |
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico | 2,3 | -1,0 | 3,0 | 9,5 | 5,7 | 10,9 | 8,5 | 7,7 |
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) | 3,4 | -0,4 | 4,4 | 6,7 | 5,8 | 9,7 | 6,9 | 6,7 |
9 – Veículos e motos, partes e peças | 10,5 | 1,0 | 5,3 | 11,0 | 17,2 | 16,9 | 16,9 | 14,6 |
10- Material de construção | 12,7 | -2,8 | 4,8 | 8,8 | 5,9 | 10,0 | 7,1 | 9,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal. |
Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., com expansão de 9,5% no volume de vendas em relação a agosto de 2017, exerceu a segunda maior contribuição ao resultado geral do varejo, com ganho de ritmo em relação ao resultado de julho (4,6%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, com taxa de 6,5%, mantém trajetória de recuperação iniciada em setembro de 2016 (-10,4%).
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 7,4% nas vendas frente a agosto de 2017, exerceu a terceira maior contribuição na taxa global do varejo, registrando a décima sexta variação positiva consecutiva. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,0% até julho para 6,3% em agosto, mantém a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-3,5%).
Tecidos, vestuário e calçados, com crescimento de 2,9% em relação a agosto de 2017, interrompeu a trajetória de queda observada por seis meses consecutivos e respondeu pela quarta maior contribuição positiva na composição da taxa geral do varejo. Ainda assim, o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,2% em julho para 0,7% em agosto, sinaliza perda de ritmo, movimento observado desde janeiro de 2018 para essa atividade.
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação avançou 3,1% em relação a agosto de 2017. O acumulado nos últimos doze meses (-2,8%) reduz o ritmo de queda nas vendas em relação a julho (-3,3%), sinalizando ganho de ritmo.
Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 2,0% no volume de vendas em relação a agosto de 2017, exerceu maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. A variação dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços, é fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor. Com isso, o indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, permanece no campo negativo (-5,1%) desde março de 2015, acentuando a trajetória descendente a partir de abril de 2018 (2,9%).
Móveis e eletrodomésticos, com queda de 2,4% no volume de vendas em relação a agosto de 2017, também exerceu maior contribuição negativa para o resultado da taxa total do comércio varejista, porém reduziu ritmo de queda em relação ao mês de julho (-6,9%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,2% até julho para 3,7% em agosto, registrou significativa perda de ritmo, iniciada em abril de 2018.
Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou recuo no volume de vendas de -12,0% frente a agosto de 2017. O comportamento desta atividade foi influenciado pela redução de postos físicos de vendas. Com isso, o indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -7,6% para -8,1%, acentua a trajetória descendente iniciada em fevereiro 2018 (-3,6%).
Veículos, motos, partes e peças, ao registrar 15,9% em relação a agosto de 2017, assinalou a décima sexta taxa seguida positiva, exercendo a maior contribuição no resultado de agosto para o varejo ampliado. O acumulado nos últimos doze meses passou de 14,0% até julho para 14,2 % até agosto, permanecendo em trajetória de recuperação e registrando a maior taxa para essa comparação desde julho de 2011 (13,5%).
Com avanço de 5,9% em relação a agosto de 2017, o segmento de Material de Construção voltou a mostrar expansão nessa comparação. O acumulando nos últimos doze meses perdeu ritmo e passou de 8,4 % em julho para 7,8% em agosto.
Vendas do comércio crescem em 24 das 27 Unidades da Federação
De julho para agosto de 2018, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou variação de 1,3%, com resultados positivos em 24 das 27 Unidades da Federação com destaques, em termos de magnitude de vendas, para Paraíba (7,5%) e Acre (7,1%). Por outro lado, os estados de Tocantins (-2,0%) e Piauí (-0,5%) apresentaram as únicas variações negativas, enquanto Roraima registrou estabilidade (0,0%). Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre julho e agosto foi de 4,2%, com 26 das 27 Unidades da Federação mostrando aumento nas vendas nessa mesma comparação, com destaque para Paraíba (6,7%), Rio Grande do Sul e Goiás (ambos com 5,6%). Sergipe foi a única Unidade da Federação com taxa negativa (-0,6%).
Frente a agosto de 2017, a variação das vendas do comércio varejista nacional foi de 4,1%, com 23 das 27 Unidades Federativas mostrando resultados positivos, com destaque para Paraíba (14,1%), Maranhão e Espírito Santo (ambos com 9,6%). Entre os estados que mostraram queda de vendas, os destaques, em termos de magnitude, foram observados no Amapá (-3,9%), Piauí (-2,7%) e Roraima (-2,4%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, destacaram-se: São Paulo (5,3%), seguido por Santa Catarina (6,5%) e Rio Grande do Sul (7,3%). Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com agosto de 2017, a expansão foi de 6,9%, com 23 das 27 Unidades da Federação apresentando variações positivas, com destaque, em termos de volume de vendas, para Espírito Santo (15,8%), Paraíba (13,3%) e Mato Grosso (11,9%). Por outro lado, Amapá (-7,9%) e Rondônia (-7,7%) apresentaram taxas de variação negativas. Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (9,1%), Rio Grande do Sul (8,7%), seguido por Santa Catarina (10,1%).
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