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Produção industrial varia 0,2% em setembro

Em setembro de 2017, a produção industrial nacional teve acréscimo de 0,2% frente a agosto, na série com ajuste sazonal, após recuar 0,7% em agosto. Observe que sobre setembro 2016 o crescimento foi mais significativo.

Setembro 2017 / Agosto 2017 0,2%
Setembro 2017 / Setembro 2016 2,6%
Acumulado em 2017 1,6%
Acumulado 12 meses 0,4%
Média móvel trimestral 0,1%

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, a indústria cresceu 2,6% em setembro de 2017, após também registrar taxas positivas em maio (4,4%), junho (0,8%), julho (2,8%) e agosto (3,9%). Assim, os índices do setor industrial foram positivos tanto para o fechamento do terceiro trimestre de 2017 (3,1%), como para o acumulado dos nove meses do ano (1,6%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.

A taxa acumulada nos últimos doze meses avançou 0,4% em setembro de 2017, seu primeiro resultado positivo desde maio de 2014 (0,3%), prosseguindo na trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil – Setembro de 2017
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Setembro 2017/Agosto 2017* Setembro 2017/Setembro 2016 Acumulado Janeiro-Setembro Acumulado nos Últimos 12 Meses
 Bens de Capital  -0,3  5,7  4,5  3,9
Bens Intermediários 0,7 1,9 0,7 -0,3
Bens de Consumo -0,7 3,1 2,4 0,8
  Duráveis 2,1 16,2 11,7 8,9
  Semiduráveis e não Duráveis -1,8 0,1 0,3 -1,1
Indústria Geral 0,2 2,6 1,6 0,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal


De agosto para setembro, 8 dos 24 ramos pesquisados apresentaram alta

Na passagem de agosto para setembro de 2017, houve taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 8 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências positivas foram coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,7%) e produtos alimentícios (4,1%), com ambos revertendo os resultados negativos do mês anterior: -1,5% e -4,8%, respectivamente.

Outras contribuições positivas vieram de indústrias extrativas (1,0%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%), com o primeiro eliminando parte da queda de 2,2% acumulada nos meses de julho e agosto; e o último avançando pelo segundo mês consecutivo e acumulando crescimento de 7,5%.

Entre os dezesseis ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-20,9%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-6,1%), com o primeiro interrompendo dois meses consecutivos de expansão, período em que acumulou ganho de 7,7%; e o segundo devolvendo parte do avanço de 6,8% registrado no mês anterior.

Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de produtos do fumo (-15,5%), de produtos diversos (-6,0%), de produtos de metal (-1,6%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-3,6%). Com exceção da última atividade, que recuou pelo segundo mês consecutivo e acumulou perda de 6,0% nesse período, as demais apontaram taxas positivas em agosto último: 17,3%, 4,3% e 0,3%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao crescer 2,1%, assinalou a expansão mais acentuada em setembro de 2017 e avançou pelo terceiro mês consecutivo, acumulando nesse período ganho de 9,6%. O segmento de bens intermediários (0,7%) também registrou resultado positivo nesse mês, após interromper em agosto último (-0,9%) quatro meses seguidos de crescimento na produção, período em que avançou 3,5%.

Já os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,8%) e de bens de capital (-0,3%) tiveram taxas negativas em setembro, com o primeiro marcando o segundo mês seguido de queda na produção, com perda acumulada de 2,3%; e o último interrompendo cinco meses consecutivos de expansão, período em que acumulou ganho de 10,2%.

Média móvel trimestral apresentou variação positiva de 0,1%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou ligeira variação positiva (0,1%) no trimestre encerrado em setembro de 2017 frente ao nível do mês anterior, mantendo o comportamento positivo iniciado em maio de 2017. Entre as grandes categorias econômicas, ainda na série com ajuste sazonal, bens de consumo duráveis (3,1%) assinalou o avanço mais elevado nesse mês e permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em março de 2017.

Os segmentos de bens de capital (0,6%) e de bens intermediários (0,2%) também registraram resultados positivos em setembro de 2017, com o primeiro apontando a sétima expansão consecutiva e acumulando nesse período ganho de 10,7%; e o segundo prosseguindo com a trajetória predominantemente ascendente desde maio último. Já o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) apontou o único resultado negativo nesse mês, após três meses seguidos de taxas positivas: 0,2% em junho, 1,1% em julho e 0,5% em agosto.

Indústria cresceu 2,6% em relação a setembro de 2016

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 2,6% em setembro de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 48,7% dos 805 produtos pesquisados (setembro de 2017 teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior).

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (20,9%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e autopeças. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de produtos alimentícios (3,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,9%), de indústrias extrativas (2,2%), de metalurgia (2,8%), de máquinas e equipamentos (2,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,4%) e de móveis (11,0%).

Entre as oito atividades que apontaram redução na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-26,5%), outros equipamentos de transporte (-14,3%), outros produtos químicos (-2,9%) e produtos de metal (-5,3%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (16,2%) e bens de capital (5,7%) assinalaram os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens intermediários (1,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,1%) também mostraram taxas positivas nesse mês, mas ambos com crescimento abaixo da magnitude observada na média nacional (2,6%).

O segmento de bens de consumo duráveis mostrou avanço de 16,2% em setembro de 2017, décima primeira taxa positiva consecutiva, mas ligeiramente menos elevada do que a observada em agosto último (18,6%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (26,4%). Os grupamentos de eletrodomésticos da “linha marrom” (19,3%) e da “linha branca” (10,9%) e de móveis (2,3%) também assinalaram resultados positivos. Já motocicletas (-5,4%) e outros eletrodomésticos (-4,7%) tiveram impactos negativos.

O setor produtor de bens de capital mostrou crescimento de 5,7% no índice mensal de setembro de 2017, quinto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, mas menos intenso do que o verificado nos meses de julho (7,9%) e agosto (9,3%).

O segmento de bens intermediários apontou crescimento de 1,9% em setembro de 2017, quinta taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde maio último (3,3%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (9,7%), de indústrias extrativas (2,2%), de produtos alimentícios (3,9%), de máquinas e equipamentos (10,5%), de metalurgia (2,8%), de produtos de minerais não-metálicos (3,0%), de produtos de borracha e de material plástico (2,1%), de celulose, papel e produtos de papel (2,4%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,8%) e de produtos têxteis (1,0%), enquanto as pressões negativas foram registradas por outros produtos químicos (-3,1%) e produtos de metal (-5,5%).

Ainda nessa categoria econômica, os grupamentos de insumos típicos para construção civil (-0,3%) marcou o 43º recuo consecutivo nesse tipo de comparação, que foi o menos intenso dessa sequência; e de embalagens (2,5%), que apontou o segundo mês seguido de avanço na produção.

Indústria avança 1,6% no período janeiro-setembro de 2017

No índice acumulado para janeiro-setembro de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,6%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (14,8%) e indústrias extrativas (6,1%) exerceram as maiores influências positivas na média da indústria, impulsionadas, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, caminhões e autopeças, na primeira; e minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural, na segunda.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (20,3%), de metalurgia (2,4%), de produtos do fumo (22,9%), de máquinas e equipamentos (2,8%), de produtos de borracha e de material plástico (2,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (2,5%).

Entre as nove atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,4%) assinalou a maior contribuição negativa no total da indústria, pressionada, em grande medida, pelo item óleo diesel. Vale destacar também os resultados negativos vindos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,2%), de outros equipamentos de transporte (-12,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), de produtos de minerais não-metálicos (-3,5%) e de impressão e reprodução de gravações (-10,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove meses de 2017 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (11,7%) e bens de capital (4,5%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (19,1%) e eletrodomésticos (10,3%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (4,7%), para uso misto (17,1%), para construção (32,8%) e agrícola (9,6%), na segunda. Vale destacar, nos dois grandes grupamentos, a influência da baixa base de comparação, uma vez que no período janeiro-setembro de 2016 esses segmentos apontaram recuos de 18,7% e de 14,2%, respectivamente. Os segmentos de bens intermediários (0,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,3%) também assinalaram taxas positivas no índice acumulado no ano, mas com avanços abaixo da magnitude observada na média nacional (1,6%).

Fonte: Agência de Notícias IBGE


Indicador de Nível de Atividade da indústria avança 0,2% em setembro, aponta Fiesp

Pesquisa Sensor segue pelo nono mês consecutivo acima dos 50 pontos

Cristina Carvalho, Agência Indusnet Fiesp

Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista avançou 0,2% em setembro ante agosto. Também ficaram positivos os resultados para os trimestres de 2017, na série com ajuste sazonal. No terceiro trimestre, houve elevação de 2,1%. Já na série sem ajuste, o resultado para o mês e o no acumulado em 12 meses ficaram no campo negativo, -2,9% e -0,1%, respectivamente. Porém na comparação anual houve alta de 6,7%.

O resultado positivo para o INA em setembro teve forte influência do total das vendas reais, que subiram 3,4% no período, seguida pelo Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), que avançou 0,3 ponto percentual (p.p) e recuo de 0,2% na variável das horas trabalhadas na produção. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31 de outubro) pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), responsável pelo levantamento.

Segundo Paulo Francini, diretor titular do Depecon, a recuperação da indústria paulista segue em ritmo lento, porém persistente, com o 3º trimestre apresentando destaque positivo. “Não é um mês de grandes surpresas, mas diante desse cenário elevamos a projeção do INA para o fechamento de 2017, saindo de uma alta de 2,5% para 3%”, afirma Francini.

Entre os setores pesquisados, os destaques ficaram por conta de produtos químicos, com alta de 0,6% em setembro, na série com ajuste sazonal. As horas trabalhadas na produção, o total de vendas reais e o Nuci subiram 0,5%, 0,7% e 0,3 p.p, respectivamente.

O INA de metalurgia básica avançou 3,6% no mês, após ajuste sazonal. As horas trabalhadas na produção, vendas reais e o Nuci também subiram 1,8%, 7,1% e 1,8 p.p, respectivamente. O mesmo cenário otimista também foi verificado no setor de máquinas e equipamentos, com alta de 0,7% em setembro. As horas trabalhadas na produção subiram 2,4%, enquanto o total de vendas reais cedeu 2,3%. Já o Nuci avançou 0,2 p.p.

Sensor

pesquisa Sensor de outubro, também realizada pelo Depecon, segue pelo nono mês consecutivo acima dos 50 pontos, marcando 51,7 pontos, avanço de 0,6 p.p ante setembro, quando chegou a 51,1 pontos. Leituras acima de 50 pontos sinalizam expectativa de aumento da atividade industrial para o mês.

Dos indicadores que compõem o Sensor, o que capta as condições de mercado subiu para 55 pontos em outubro, ante os 53,6 pontos de setembro. Acima dos 50,0 pontos, indica melhora das condições de mercado.

A variável de vendas também avançou, saindo de 52 pontos para 53 pontos. O indicador de estoque apresentou elevação, marcando 48 pontos, ante os 45,7 pontos do mês anterior, indicando que os estoques estão acima do nível desejado.

Já o indicador de emprego teve variação negativa de 0,4 p.p, para 52 pontos, ante os 52,4 pontos. Resultados acima dos 50,0 pontos indicam expectativa de contratações para o mês.

Fonte: FIESP

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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