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Da porteira para fora (199) – Jornal Tribuna Liberal de 21/03/2021–Sr. Bolsonaro!

Sr. Bolsonaro, em 18/03/2021, via mídia, o sr. pediu soluções! Então, está aqui. Objetivo: Gerar empregos e aumentar a renda do povo brasileiro!

Governo Central:

O governo central federal é o responsável pela política industrial do país, ele deve ser o vetor, ele deve ser o indutor. Observe que não estamos sugerindo que ele empreenda, não estamos sugerindo que ele crie empresas e sim que induza as forças de mercado na direção pré-definida por um plano central diretivo.

O governo central define os segmentos que interessam ao país, o governo não deve focar em empresas e sim em segmentos que se mostram promissores do ponto de vista mundial.

Agências Regulatórias:

As agências já estão subordinadas ao governo central, respondem a ele e nesta nova abordagem cumprirão com a política industrial definida pelo planejamento. Elas monitorarão os trabalhos e progressos realizados, embora essas agências já existam elas precisam ser adequadas à nova função.

Universidades e Centros de Pesquisas:

As universidades responderão para as agências regulatórias, ou seja, perseguem as políticas esmiuçadas pelas agências “E” trabalham em projetos “Jobs” junto com a indústria e prestadores de serviços locais. Por quê? Porque a empresa brasileira principalmente a pequena e média não possui capital financeiro para investimento em Pesquisa & Desenvolvimento. Assim, as universidades com um “budget” dedicado para o tema, seleciona os projetos que irão participar, alinhados com a política central de governo. De tal sorte que as empresas atendidas terão alguma chance para inovar, seja em processos, seja na franja de seus segmentos, seja construindo soluções radicais.

Agora, vejamos, as universidades e centros de pesquisas espalhados pelo Brasil possuem centenas de estudantes buscando o título de mestrado e doutorado. Os temas são definidos por seus orientadores, eles discutem e chegam num denominador comum. Após a conclusão das teses a grande maioria delas permanecerá encadernada em uma bela estante passando anos ali sem serem tocadas. Então, por que não direcionar esses estudos para um problema prático que as indústrias e os prestadores de serviços estão enfrentando no mercado?

Empresas Estatais:

Sim, as empresas estatais devem comprar produtos e serviços no mercado interno. Imaginemos o quanto o exército, a marinha, a aeronáutica, ou as concessionárias estatais podem comprar, são excelentes clientes! A demanda já existe, temos o SUS! A Petrobrás! A Embraer! Etc..

Indústrias 4.0 & Serviços Sofisticados (localizados em clusters):

Com a política descrita acima idealizamos um ambiente para a indústria 4.0 e os serviços sofisticados.

Sabemos que a criatividade ocorre quando há interação entre pessoas com diferentes formações. Portanto, ambientes que propiciem essa interação são ideais para que a criatividade aflore. Muitos empresários podem criar esses clusters (condomínios industriais para a produção de produtos e serviços) independentes do governo com o objetivo de abrigar a pequena e média empresa, no entanto, onde estão essas empresas nos dias de hoje?

Elas se encontram espalhadas pelas cidades, nas ruas, em locais muitas vezes irregulares segundo a CETESB – Cia Ambiental do Estado de São Paulo e por quê? Porque não há financiamentos viáveis para que essas empresas migrem para locais de convivência comum, de baixo custo, seguros e ricos em interações.

Outro ponto fundamental para que centenas de empresas estejam juntas é o ecossistema construído para o desenvolvimento, comprovadamente celeiros de inovação.

Exportações e Mercado Interno:

As empresas venderão seus produtos e serviços no mercado interno e obrigatoriamente no mercado externo para gerar seus lucros e continuarem a progredir.

Contrapartidas:

Temos a pergunta de 1 milhão de dólares:

– O governo central irá ajudar essas empresas com financiamentos, apoio técnico através de universidades, comprará seus produtos e serviços, então, qual a vantagem para o governo? E, pior, como podemos saber se essas empresas não irão “mamar” no governo e permanecer obsoletas, como aliás já ocorreu no passado?

Essas empresas gerarão empregos de qualidade global, o que para o governo já é uma solução. Mas, mais do que isso, supondo que a medida de desempenho monitorada pelas agências seja “cotas de exportação” (facilmente medidas), o governo terá certeza da entrada de dólares no país, o que deixará todos felizes.

Observemos que ao exportar e brigar com gente grande, isso implica concluir que o Brasil entrou no jogo. Mas, e se essas empresas não exportarem? Ok, nesse caso, corta-se a “ajuda”, corta-se o suporte técnico-financeiro.

Ahh, mas esses locais já existem! Sim, mas abrigam empresas na sua maioria de grande porte, que geralmente não precisam do governo.

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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