Os recuos mais acentuados foram observados em Goiás (-2,1%), Paraná (-1,3%), São Paulo (-1,1%), Minas Gerais (-1,0%) e Mato Grosso (-0,9%). Rio de Janeiro (-0,3%), Ceará (-0,2%) e Pernambuco (-0,2%) também assinalaram índices negativos. Por outro lado, Espírito Santo (5,8%) e Rio Grande do Sul (4,6%) apresentaram os avanços mais acentuados no mês. Pará (2,7%), Amazonas (2,5%), Santa Catarina (1,9%), Bahia (1,0%) e Região Nordeste (0,5%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos. A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF Reg.) pode ser acessada à direita desta página.
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Julho de 2018 |
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Locais | Variação (%) | |||
Julho 2018/ Junho 2018* |
Julho 2018/ Julho 2017 |
Acumulado Janeiro-Julho |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | 2,5 | 7,6 | 14,1 | 11,3 |
Pará | 2,7 | 13,7 | 8,9 | 10,0 |
Região Nordeste | 0,5 | 3,3 | 0,2 | 0,3 |
Ceará | -0,2 | -0,3 | -0,1 | 1,8 |
Pernambuco | -0,2 | 12,3 | 4,7 | 3,1 |
Bahia | 1,0 | 0,7 | 0,5 | 1,2 |
Minas Gerais | -1,0 | -0,8 | -1,6 | -0,8 |
Espírito Santo | 5,8 | 7,5 | -3,7 | -2,3 |
Rio de Janeiro | -0,3 | 10,6 | 4,5 | 5,4 |
São Paulo |
-1,1 |
2,9 |
4,3 |
5,5 |
Paraná | -1,3 | 6,1 | 1,8 | 3,1 |
Santa Catarina | 1,9 | 8,3 | 4,6 | 5,1 |
Rio Grande do Sul | 4,6 | 13,9 | 2,6 | 1,0 |
Mato Grosso | -0,9 | 4,3 | 0,5 | 4,9 |
Goiás | -2,1 | -4,9 | -3,8 | 1,4 |
Brasil | -0,2 | 4,0 | 2,5 | 3,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria * Série com Ajuste Sazonal |
Na comparação com igual mês de 2017, a indústria mostrou crescimento de 4% em julho de 2018, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando taxas positivas. Vale ressaltar que, no resultado desse mês, verifica-se influência do efeito-calendário, já que julho de 2018 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).
Nesse mês, Rio Grande do Sul (13,9%), Pará (13,7%), Pernambuco (12,3%) e Rio de Janeiro (10,6%) apresentaram as expansões mais acentuadas. No Rio Grande do Sul, o resultado foi impulsionado, principalmente, pelos avanços observados nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus), máquinas e equipamentos (máquinas para extração ou preparação de óleo ou gordura animal ou vegetal, tratores agrícolas, máquinas para colheita, terminais comerciais de autoatendimento e aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias), produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, arroz, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e óleo de soja em bruto), produtos de metal (construções pré-fabricadas de metal, artefatos de alumínio para uso doméstico, facas de mesa, alicates e pias, cubas, lavatórios e banheiras de ferro e aço) e celulose, papel e produtos de papel (celulose). No Pará a alta foi impulsionada, sobretudo, por avanços das indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados).
Já em Pernambuco, a expansão deveu-se, principalmente, por avanços nos setores de produtos alimentícios (margarina, carnes e miudezas de aves congeladas, sorvetes e picolés, produtos embutidos ou de salamaria de carnes de aves, farinha de trigo e biscoitos e bolachas) e produtos de metal (latas de alumínio para embalagem, esquadrias de alumínio e palha de aço, esponjas ou artefatos semelhantes de fios de aço). No Rio de Janeiro, as atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, querosenes de aviação, naftas para petroquímica, gás liquefeito de petróleo e óleos combustíveis) e veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, caminhões, carrocerias para ônibus e chassis com motor para ônibus e caminhões) foram os principais avanços que impulsionaram a produção fluminense.
Santa Catarina (8,3%), Amazonas (7,6%), Espírito Santo (7,5%), Paraná (6,1%) e Mato Grosso (4,3%) também registraram taxas positivas mais elevadas do que a média nacional (4,0%), enquanto Região Nordeste (3,3%), São Paulo (2,9%) e Bahia (0,7%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção nesse mês.
Por outro lado, Goiás (-4,9%) apontou o recuo mais intenso de julho de 2018, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo vindo das atividades de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e veículos para transporte de mercadorias). Minas Gerais (-0,8%) e Ceará (-0,3%) também assinalaram resultados negativos no mês.
No acumulado do período janeiro-julho de 2018, frente a igual período de 2017, houve altas em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para o avanço de dois dígitos no Amazonas (14,1%). Pará (8,9%), Pernambuco (4,7%), Santa Catarina (4,6%), Rio de Janeiro (4,5%), São Paulo (4,3%) e Rio Grande do Sul (2,6%) também registraram crescimento acima da média da indústria (2,5%), enquanto Paraná (1,8%), Mato Grosso (0,5%), Bahia (0,5%) e Região Nordeste (0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos no fechamento dos sete primeiros meses do ano.
Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para o setor de transportes, para construção e de uso misto); de bens intermediários (celulose, óleo diesel, naftas para petroquímica, querosenes de aviação, siderurgia, derivados da extração da soja, preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, pneus, peças e acessórios para indústria automobilística, autopeças, embalagens e produtos de borracha e de material plástico); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da “linha marrom”); e de bens de consumo semi e não-duráveis (cervejas, chope, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, produtos têxteis, álcool etílico, medicamentos e produtos de perfumaria, sabões, limpeza e de higiene pessoal).
Por outro lado, Goiás (-3,8%) e Espírito Santo (-3,7%) tiveram os recuos mais elevados no índice acumulado no ano, pressionados, principalmente, pelo comportamento negativo vindo das atividades de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP), no primeiro local; e de produtos de minerais não-metálicos (granito talhado ou serrado – inclusive chapas – e cimentos “Portland”) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no segundo. Minas Gerais (-1,6%) e Ceará (-0,1%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-julho de 2018.
O setor industrial, ao avançar 0,3% no período maio-julho de 2018, permaneceu com o comportamento positivo, mas com perda de ritmo frente ao verificado no primeiro quadrimestre do ano (4,4%), ambas as comparações com igual período do ano anterior. Essa redução na intensidade do crescimento guarda relação com o recuo observado em maio, por conta das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de greve dos caminhoneiros nos dez últimos dias daquele mês.
Ainda no índice acumulado do ano, 11 dos 15 locais também assinalaram perda de dinamismo, com destaque para Amazonas (de 21,3% para 5,1%), Ceará (de 3,5% para -4,4%), Goiás (de 0,5% para -7,2%), Mato Grosso (de 4,1% para -3,4%), São Paulo (de 7,8% para 0,5%), Santa Catarina (de 7,3% para 1,2%) e Bahia (de 2,2% para -1,7%). Por outro lado, Pará (de 6,9% para 11,1%), Espírito Santo (de -5,0% para -1,9%) e Pernambuco (de 3,5% para 6,5%) apresentaram os maiores avanços entre os dois períodos.
Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,1% em junho para 3,2% em julho de 2018, assinalou ligeiro ganho na intensidade do crescimento. Em termos regionais, 13 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas em julho de 2018, mas somente oito apresentaram maior dinamismo frente aos índices de junho último. Rio de Janeiro (de 4,1% para 5,4%), Pernambuco (de 1,9% para 3,1%), Rio Grande do Sul (de -0,1% para 1,0%), Espírito Santo (de -3,3% para -2,3%) e Amazonas (de 10,6% para 11,3%) tiveram os principais ganhos de ritmo entre junho e julho de 2018, enquanto Bahia (de 1,9% para 1,2%) e Goiás (de 2,0% para 1,4%) registraram as principais perdas.
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