Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares! Muito difícil de responder, mas podemos fazer algumas considerações, ou várias. Um dos temas que precisamos estudar são as tendências, para onde caminha o mercado, a sociedade, o mundo moderno.
Tendências:
- Vendas de produtos estão migrando para venda de serviços.
- O setor de serviços cada vez mais ocupa espaço crescente na participação do PIB, em países desenvolvidos pode atingir 70%.
- A agricultura está se automatizando, os empregos se qualificando & diminuindo nesse segmento.
- A indústria de transformação vem perdendo espaço no PIB, e o Brasil especialmente sofreu um processo prematuro de desindustrialização ocasionando um vácuo nas competências locais. O Brasil precisa urgentemente de uma política industrial. De qualquer maneira as funções repetitivas na indústria caminham para a robotização, não há placa de retorno nessa estrada.
Analisando essas variáveis é possível deduzir o encaminhamento dos mercados, da sociedade e do mundo industrializado para serviços. Então, uma análise que deve entrar na pauta do empresário para gerar maiores lucros é a migração de suas atividades para serviços.
Observamos que é preciso parar e pensar em cada caso com a mente aberta. Não vale dizer: -Não, dá!
Aqui entrará a criatividade que implicará numa inovação de sorte que esse atual cliente e novos clientes se interessem pela nova solução. Quando colocamos o cérebro para analisar a mudança de paradigma, muitas ideias surgirão e provavelmente a grande maioria será descartada, mas devem ser colocadas sobre a mesa; exemplos: alugar nossa mão de obra, compartilhar nosso maquinário, compartilhar nosso espaço e instalações, compartilhar nossa rede e dados, vender espaços na nossa grade etc.
A mudança do paradigma para serviços está intimamente conectada à variável tempo. O que passamos a comercializar é o tempo, ele será a nova lógica. Funciona? Às vezes, mas é preciso tentar. Há vantagens? Inúmeras. Exemplos; fluxo constante de faturamento, maior fidelidade do cliente, maior aprendizagem e conhecimento sobre o produto que vendemos, mudança do diálogo – o cliente nos contata com maior frequência para solicitar aperfeiçoamento em nossos produtos, maior foco na solução de problemas para o cliente (ou seja, não ficamos sentados juntamente com outros “geniozinhos” criando soluções que não foram solicitadas), a aposentadoria do conceito de posse etc..
Vejamos, exemplos:
Reparos e manutenção; quantos de nós não possuímos ferramentas em casa? O quão interessante poderia ser uma oficina num condomínio residencial ou industrial à disposição de seus moradores? Poderemos cobrar por esse serviço?
Serviços bancários; quem se delicia executando serviços bancários e contatando seu gerente? É possível oferecer esse serviço como outro similar: a contabilidade externa, serviços jurídicos, recursos humanos etc.?
Motores; um caso clássico é o fabricante de motores para aeronaves de grande porte a Rolls-Royce, ela fabricava e vendia motores e passou a alugar seus motores. A Rolls-Royce cobra de seus clientes a hora voada e controla todos os motores de seu centro de operações em Derby na Inglaterra. As inspeções e monitoramento são em tempo real para qualquer motor Rolls-Royce no planeta, oferece peças para reposição, garante a performance, garante a substituição, controla as manutenções, instrui seus clientes e pilotos, gera tranquilidade etc. Resultado: líder mundial nesse mercado com cerca de 4000 motores voando todos os dias. Se você fosse um fabricante de aviões, você fabricaria seu próprio motor ou terceirizaria para a Rolls-Royce que possui somente esse foco e anos de experiência além de excelentes serviços prestados?
Fácil? Não, mas o pior é não pensar!
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