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Da porteira para fora (57p) – Jornal Tribuna Liberal de 01/07/2018 – A Travessia 8.

Temos defendido nesta série “A Travessia”, a mudança de paradigma de o Patriarcado para o paradigma de o Cuidado, objetivo: uma sociedade refundada em novas bases. E a pergunta que chegou durante a semana foi: Como será o juízo final para quem optou pelo patriarcado (para aqueles que acreditam)?

Bem, o que pensar sobre o Juízo Final?

  1. A primeira grande dúvida é se ele realmente existirá? Dirão os narcisistas e amantes do patriarcado: é melhor tomar um bom vinho, enquanto ele não chega e, vamos aproveitar as conquistas seguindo nosso lema: “Esse povo que eu piso, essa terra que eu amo”. Sabemos através dos astrônomos que o nossa estrela maior o Sol engolirá a Terra, assim, ao menos o nosso fim está comprovado cientificamente (com ou sem Juízo Final), até lá muito vinho será tomado pelos adeptos do patriarcado.
  2. A segunda análise será, havendo o Juízo Final abrissem duas possibilidades segundo aqueles que cometeram delitos e enriqueceram de forma pouco recomendável.

Possibilidade 1. Poderão, os réus, ir ao Julgamento Final acompanhados de seus caríssimos advogados? Se, sim, muitos permanecerão calados, recomendação do próprio advogado. Acreditem no Dr. Zero Cost, vai ser muito melhor aguardar o veredicto em silêncio, e não entrar com embargos. Por que? Vejam as premissas:

Premissas do Julgamento Final;

Delações premiadas não serão aceitas, juízes como o Dr. Sérgio Moro perderão sua função. Afinal no Juízo Final a transparência será total, inclusive para os pensamentos.

Não haverá necessidade de provas, vejam o caso do Dr. Palocci, sabe muito, mas não pode provar.

Possibilidade 2. Não, os réus, não poderão ir ao Julgamento Final acompanhados de seus nobres advogados e neste caso terão que responder a seguinte pergunta:

– Dirá o Senhor: “Ok, você percorreu esse caminho pouco recomendável, poderia ter pegado outro atalho? Sim, ou não?”

Se o fulano responder: Sim. Obviamente, se tivesse pegado outro atalho teria contribuído mais construtivamente para uma sociedade justa.

E aí o fulano, orientado pelos advogados que não foram ao Julgamento Final, mas fizeram “n” reuniões que o antecederam, responderá:

-Errei Senhor, mas eu me perdoou (aqui o réu poderá citar dezenas de psiquiatras que endossam essa tese para sufocar os males que sofreu e, por ser quem foi em vida).

Sim, ele sofreu, você duvida? Vamos a alguns exemplos de pensamentos e ações que o atormentaram em vida: egocentrismo, individualismo, necessidade de mostrar que era o melhor, necessidade de mostrar que possuía o poder, necessidade que os outros cultivassem sua imagem como se fora um mito, necessidade de estar sempre certo,  auto cobrança excessiva,  consumismo desenfreado, não admitiu em vida uma única vez que estava errado, atrasado ou ultrapassado, necessidade doentia de querer tudo de imediato, instabilidade de humor, imposição e não à exposição de  ideias, cercou-se de bajuladores, perseguiu ser o centro das atenções, sempre eufórico – humor instável, radical, preconceituoso, aniquilou diversos opositores, atuou com pouca lucidez já que optou por pouca coerência, pensamento simplista e sempre tendencioso, considerou as pessoas como números – objetos, viveu dores, viveu espetáculos de horrores, arquitetou calúnias e traições, detestou as vaias, sofreu o tédio na pele, seu herói foi Narciso, repudiou o diálogo, manteve em alto nível as reclamações, fez uso de drogas, teve prazeres instáveis, cultuou o autoritarismo, foi um consumidor irresponsável, emocionalmente sempre foi imaturo – impaciente, e por fim o desejo voraz de ver suas ideias implantadas.

A outra possibilidade será ele responder:

– Senhor, errei, mas não tive alternativas.

O Dr Zero Cost acredita que essa situação é plenamente possível. Observemos que decisões são tomadas diante das variáveis que nos apresentam naquele momento. Todavia, um exame criterioso de consciência, autoavaliação do EU – um bate-papo no boteco com o EU, só o réu e o EU se fará necessário. Atribui-se a seguinte frase ao filósofo Mário Sérgio Cortella: “Chegar ao topo e ser reconhecido é agradável, mas a questão é o que se teve de deixar de lado para chegar lá, incluindo a diversidade de vida e, mais, o essencial à vida. Se a pessoa abandona o essencial, ela perde a identidade“. O Dr Zero Cost diria; Se você muda a mentalidade, migra para outra identidade.

 

No geral, respondendo a pergunta de o nosso leitor, é de se prever que teremos que contar com a misericórdia divina, sua infinita bondade, e teremos que acreditar numa solução que seja palatável. Neste caso podemos recorrer ao maior dos filósofos brasileiros de todos os tempos, Odorico Paraguaçu: “Como diria o rei dos Persas, Dario Peito de Aço, pra cada problemática tem uma solucionática. Se não disse perdeu a oportunidade de ser citado por mim”.

 

O futuro Sustentável.

A humanidade experimentou por milênios o paradigma do Patriarcado, e nem tudo foi desgraça, no entanto, chegamos aqui: Donald Trump,  Kim Jong-woon ou Kim Jung Woon, Bashar al-Assad, Nicolás Maduro, Adolf Hitler,  Josef Vissariónovitch Stalin, …. A proposta para “A Travessia” é a mudança para o Paradigma do Cuidado. (Continua na próxima semana).

 

(Leia o Artigo Anterior)

(Leia este artigo no Jornal O Tribuna Liberal)

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Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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