Otimistas versus Pessimistas
Sim, é a mais pura das verdades que trabalhar com otimistas nos torna mais alegres, e ter ao seu lado a hiena Hardy é um inferno. Já escrevemos por aqui que equipes competentes, mas desanimadas desembocam em despesas, ou perdas. Lembre-se do leão Lippy e seu amigo Hardy, uma hiena pessimista e depressiva, nada para ela iria dar certo.
Hardy era uma hiena que não ria, e Lippy sempre dizia “calma Hardy”. E Hardy dizia: “Eu sei que não vai dar certo…óh, dia, óh, céus, óh, azar…” ou em inglês, “oh me, oh my, oh dear.” Frases da Hiena: “Miséria, não sairemos vivos daqui”; “Mas, Lippy, tenho câimbras quando sorrio”.
Enfim, tenho aconselhado a: livre-se dos pessimistas, eles desmotivam a equipe. Isso não implica em aconselhar a livrar-se de cenários pessimistas, ao contrário, faça cenários otimistas e faça cenários pessimistas, não seja surpreendido pela desgraça. E sabemos que incidentes negativos dentro da empresa reverberam como uma onda e se dissipam muito mais lentamente.
O ponto que peço sua atenção é no fato que ser pessimista tem algumas vantagens e o tema já foi discutido por especialistas e pesquisadores, uma que vale a pena mencionar é: Julie K. Norem, Ph. D. que escreveu o livro “The positive power of negative thinking”, ou seja, o poder positivo do pensamento negativo. Ela defende a tese para usarmos o “pessimismo defensivo” contra a ansiedade. O pessimista esmiúça os detalhes, busca encontrar falhas, e duvida do bom funcionamento das coisas. Os cenários pessimistas cercam as possibilidades de erros, exemplo, pessimistas podem lhe falar que antes de uma apresentação o micro poderá não estar corretamente conectado, dirá que se ocorre a falta de energia sua palestra irá para os ares e é preciso um plano B, que o microfone deveria ser de modelo profissional, etc.
Segundo a autora, o “pessimista defensivo” cria uma estratégia que deverá nos ajudar a concretizar o nosso trabalho com menos ruídos, evitando surpresas desagradáveis, e oferece possibilidades mais factíveis para atingirmos nossas metas, e de quebra diminuindo nossa ansiedade. Ou seja, o “pessimista defensivo” ou, digamos, cenários pessimistas nos ajudam a crescer.
Enfim, analise seu negócio com critério, escute ….mas estude, examine perspectivas, mesmo as menos prováveis. E como disse o sr. Peter Drucker; “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Observemos a Amazon, o nome vem de Amazonas, o maior rio do planeta e como seu fundador conectou esse nome a maior livraria do planeta. É verdade, começa com a letra A, e naqueles primórdios da internet era importante que o nome da empresa iniciasse pela letra A, a busca seria facilitada pelos buscadores daquela época.
Hoje, esse fator não tem a menor importância, mas sim, é muito importante sua empresa ser bem avaliada na Internet, e muitos empresários desprezam essa informação preciosíssima. Quantos de nós ao escolhermos uma peça para a irmos ao teatro no final de semana, não lemos a opinião da crítica? Ou, ao comprar um livro, vemos as avaliações que um determinado livro conseguiu coletar? Por que que com sua empresa seria diferente?
A Amazon além de desbancar livrarias renomadas, operando de uma garagem, conseguiu corroborar para o que conhecemos hoje com o nome de: “afiliados”, um programa de associados onde a Amazon pagava comissão para receber indicação de outros sites, tornando-se uma indústria de vários bilhões de dólares.
Para crescer é preciso ser ousado, agora, se houver um porto seguro onde se possa deixar ancorado o plano A – é ótimo. Nós não cansamos de repetir que o mundo está em evolução e numa velocidade jamais imaginável, pequenos negócios podem se tornar grandes e vice versa. É preciso ter discernimento para encontrar a passagem correta. Fácil? Nem um pouco? Ela é estreita. As chances são pequenas, mas continuam aí. (Continua na próxima semana).
Você também pode ler essa coluna diretamente no Jornal Tribuna Liberal, página 03, clicando aqui.
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