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Da porteira para fora (97) – Jornal Tribuna Liberal de 07/04/2019 – Inovação 2.

As pessoas desejam TER ou SER?

A verdade é que as pessoas atualmente desejam experimentar. Elas descobriram que a vida é curta. Querem se mover rapidamente. É o tal do fungível, consumir enquanto me satisfaz. Quero almoçar, mas não quero lavar a louça. O verbo é surfar. Ninguém, ou pelo menos a nova geração não quer ter um sítio, isso só lhe trará trabalho em vez de realizar um trabalho para ela.

E o verbo para o empresário? Esse é compartilhar para baixar custos. Os empresários por sua vez também desejam usar o talento e não o possuir, os empresários desejam ter acesso a determinados cérebros privilegiados e não a posse deles.

Como liderar num mundo líquido?

A liderança focada em comando e controle irá terminar por uma simples razão, esses líderes estão enfartando. O que fazer? A nova liderança será focada em influenciar pessoas, vender um propósito, vender uma causa. Ter uma bandeira e convencer as pessoas a marcharem sob ela.

Os empresários fornecerão as condições de contorno e o time buscará os resultados através da inovação.

Numa escola tradicional como será possível inovar?

O profissional chave será o orientador educacional, ele estará operando na gestão. Ele faz a parceria com os alunos, a ponte com os professores, a ponte com os pais e, insere a escola na comunidade. Dessa interação sairá a inovação prática, a inovação que irá resolver um problema, executar uma tarefa. Esse elemento chave não estará ali para obedecer a regras, mas para se colocar em linha com as novas tendências do primeiro mundo.

O professor de sala se concentra na matéria, mas a visão holística estará nas mãos do orientador. Ele é o cara antenado com a escola e a escola com a sociedade.

O mundo atual não irá retornar ao mundo de 20 anos atrás, todavia, alguns pontos deverão retornar para a mesa de negociação, são eles, valores, atitudes, emoções, sentimentos, sucesso, relacionamentos com amigos e experiências vividas junto as famílias. Objetivo dessa discussão? Gerar gente de primeira linha, colaborar nas escolhas dos alunos, construir projetos práticos e, desenvolver o raciocínio para resolver problemas da sociedade atual.

Imagine a seguinte situação, você é um advogado de sucesso e possui um filho em idade adequada para entrar numa universidade e, esse menino possui aptidão para ser um bom advogado. Você terá capacidade e consciência para orientar esse filho a cursar a carreira de advocacia? Como operará o Watson da IBM em 5 anos?

As ideias para inovação surgem organicamente nas empresas?

Não, isso é mito. Sem trabalho, iremos a lugar nenhum. E muito trabalho.

As pequenas empresas são mais ágeis e irão matar as grandes empresas?

Não, ainda é preciso capital tanto para se iniciar e manter uma empresa, como para inovar. Os cachorros grandes normalmente possuem esses recursos, portanto, ficarão por aqui por muitas e muitas décadas.

A inovação depende da criatividade dentro das empresas?

Sim, depende, a inovação é um filhote da criatividade. Mas, ela depende muito mais da alta gerência querer ou não inovar. É óbvio que existem técnicas para inovar, mas devem ser praticadas, ninguém acorda pela manhã e escreve a teoria da relatividade.

Inovadores radicais separam os clientes em grupo e executam soluções dedicadas?

Não, a abordagem é diferente. Eles não separam os potencias clientes em grupo e, sim buscam características gerais nos clientes e criam uma nova categoria. Assim, criam um novo nicho. Veja o que o Jeff Bezos fez com as nossas livrarias. Se tiver curiosidade visite uma dessas grandes e converse com um vendedor antigo.

A inovação é algo recente nas empresas?

Sim, a própria administração é datada do início do século XX. A criação de mapas estratégicos, é do século XXI. Antigamente o futuro demorava para acontecer, hoje, os empresários que estiverem parados irão falir. É preciso entender que a inovação aumenta a eficiência.

Vale a pena inovar?

Sim, desde que atinjamos os objetivos previamente traçados no mapa estratégico. A recompensa pode ser um pote de ouro como aquele que está atrás do arco-íris. No entanto, aprende-se muito durante o trajeto.

Deve-se lembrar que inovações falham e é preciso saber quando parar. (Continua na próxima semana)

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Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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