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IPCA sobe 0,44% em dezembro e fecha 2017 em 2,95%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de dezembro foi de 0,44%, ficando 0,16 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de novembro (0,28%). Essa foi a maior variação mensal de 2017. Em 2016, o IPCA do mês atingiu 0,30%. Assim, o IPCA acumulado em 2017 foi 2,95% e ficou 3,34 p.p. abaixo dos 6,29% registrados em 2016. Esse acumulado foi o menor desde 1998 (1,65%). Já o INPC de dezembro foi de 0,26% e fechou o ano em 2,07%, a menor taxa acumulada desde a implantação do Plano Real. Os dados completos do IPCA e do INPC podem ser acessados aqui.

PERÍODO TAXA
Dezembro 0,44%
Novembro 0,28%
Dezembro 2016 0,30%
Acumulado em 2017 2,95%

Após recuar de 0,42% em outubro para 0,28% em novembro, o IPCA voltou a subir em dezembro e foi para 0,44%, sob influência, principalmente, da aceleração na taxa dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,38% em novembro para 0,54% em dezembro) e Transportes (de 0,52% para 1,23%).

IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Novembro Dezembro Novembro Dezembro
Índice Geral 0,28 0,44 0,28 0,44
Alimentação e Bebidas -0,38 0,54 -0,09 0,13
Habitação 1,27 -0,40 0,20 -0,06
Artigos de Residência -0,45 0,03 -0,02 0,00
Vestuário 0,10 0,84 0,01 0,05
Transportes 0,52 1,23 0,09 0,22
Saúde e Cuidados Pessoais 0,34 0,40 0,04 0,05
Despesas Pessoais 0,42 0,42 0,05 0,04
Educação 0,03 0,15 0,00 0,01
Comunicação 0,15 -0,11 0,00 0,00

No grupo dos alimentos, após sete meses consecutivos de variação negativa, a mudança de -0,38% em novembro para 0,54% em dezembro deveu-se à alimentação consumida em casa, que passou de -0,72% para 0,42%. Apesar de alguns produtos terem caído de preços, como o feijão-carioca (-6,73%) e o leite longa vida (-1,43%), outros, também importantes na mesa dos brasileiros, exerceram pressão contrária, como as carnes (1,67%), as frutas (1,33%), o frango inteiro (2,04%) e o pão francês (0,67%).

alimentação consumida fora de casa também acelerou de novembro para dezembro, com os preços subindo, em média, 0,74%. Veja a seguir as principais altas e quedas no grupo dos alimentos.

IPCA – Alimentos – Principais altas
Item Variação (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
Frango inteiro -1,29 2,04 -8,67
Açúcar cristal -2,78 1,95 -22,32
Óleo de soja 0,99 1,87 -5,40
Macarrão -1,44 1,71 -2,90
Carnes -0,11 1,67 -2,50
Tomate -4,64 1,58 -4,23
Frutas -2,09 1,33 -16,52
Biscoito 0,45 1,12 3,16
Refeição fora 0,24 1,04 3,91
Pescado 0,29 0,91 2,67
Pão francês -0,55 0,67 1,24

 

IPCA – Alimentos – Principais quedas
Item Variação (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
Feijão-carioca -8,40 -6,73 -46,06
Cenoura 9,00 -5,56 18,24
Feijão-mulatinho -0,20 -4,35 -44,62
Cebola 0,51 -3,39 -0,72
Alho -1,04 -2,67 -22,50
Leite longa vida 0,41 -1,43 -8,44
Sorvete -1,58 -1,18 -4,45
Leite em pó -1,87 -1,13 -9,56
Farinha de mandioca -4,78 -0,71 -3,93
Carnes industrializadas -0,99 -0,61 -0,53

Já os principais impactos individuais no índice do mês, ambos de 0,09 p.p., foram exercidos pelas passagens aéreas, com alta de 22,28%, e pela gasolina, cujo preço do litro ficou, em média, 2,26% mais caro. Juntos, com impacto de 0,18 p.p., estes dois itens representaram 41% do IPCA de dezembro.

Eles também foram os principais responsáveis para que o grupo Transportes (1,23%) apresentasse a maior alta no mês, considerando-se, ainda, o aumento de 4,37% do etanol, com impacto de 0,04 p.p. Na gasolina, observa-se que o aumento é reflexo dos reajustes concedidos durante o período de coleta do índice, que montam de 2,05%.

No grupo Vestuário (0,84%), os destaques ficaram com os itens roupa masculina (1,27%), roupa infantil(1,05%), roupa feminina (0,71%) e calçados (0,69%).

Considerando os demais grupos, destacam-se, no lado das altas: plano de saúde (1,06%), empregado doméstico (0,52%) e eletrodomésticos (0,36%).

Por outro lado, o principal impacto para baixo foi exercido pela energia elétrica (-0,12 p.p.), do grupo Habitação (-0,40%), já que as contas ficaram 3,09% mais baratas. Isto devido à volta, a partir de 1º de dezembro, da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com custo adicional nas tarifas de R$ 0,03 por cada kwh consumido, em substituição à vermelha patamar 2, que implicava em um custo adicional de R$ 0,05 por cada kwh. Cabe destacar o reajuste de 29,60% em uma das concessionárias de energia de Porto Alegre, em vigor desde 21 de dezembro.

Ainda no grupo Habitação, porém no lado das altas, destacam-se os itens taxa de água e esgoto (1,19%) e gás de botijão (1,09%). O primeiro se deve aos reajustes de 7,89%, 5,25% e 8,43%, respectivamente, nas tarifas de São Paulo, em vigor desde 10 de novembro; Rio de Janeiro, a partir de 27 de novembro; e Belém, desde 12 de dezembro. A variação no gás de botijão reflete o reajuste médio de 8,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 kg, autorizado pela Petrobrás nas refinarias a partir de 05 de dezembro.

Sobre os índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de São Paulo (0,62%), onde os preços da refeição fora tiveram alta de 1,75%, com impacto de 0,10 p.p. As altas de 23,23% nas passagens aéreas, 5,26% no etanol e 2,39% na gasolina também pressionaram o resultado do mês na região. Belém(-0,18%) apresentou o índice mais baixo, em função da queda de 6,05% na energia elétrica.

IPCA – Variação por Regiões – Mensal e acumulado no ano
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
São Paulo 30,67 0,58 0,62 3,63
Brasília 2,80 0,46 0,59 3,76
Curitiba 7,79 -0,15 0,57 3,42
Rio de Janeiro 12,06 0,26 0,54 3,03
Fortaleza 3,49 -0,16 0,54 2,27
Goiânia 3,59 0,96 0,48 3,76
Recife 5,05 0,26 0,43 3,31
Vitória 1,78 -0,03 0,39 2,55
Belo Horizonte 10,86 -0,08 0,33 2,03
Porto Alegre 8,40 0,55 0,28 2,52
Campo Grande 1,51 0,50 0,15 2,11
Salvador 7,35 -0,26 0,10 2,14
Belém 4,65 0,05 -0,18 1,14
Brasil 100,00 0,28 0,44 2,95

IPCA acumula variação de 2,95% em 2017

O IPCA encerrou o ano de 2017 com 2,95% de variação, 3,34 p.p. abaixo dos 6,29% registrados em 2016. Assim, esse acumulado é o menor desde 1998 (1,65%). Ao longo de 2017, as taxas se distribuíram da seguinte forma:

IPCA – Variações mensais, trimestrais e no ano
Mês Variação (%)
Mês Trimestre Ano
Janeiro 0,38 0,38
Fevereiro 0,33 0,71
Março 0,25 0,96 0,96
Abril 0,14 1,1
Maio 0,31 1,42
Junho -0,23 0,22 1,18
Julho 0,24 1,43
Agosto 0,19 1,62
Setembro 0,16 0,59 1,78
Outubro 0,42 2,21
Novembro 0,28 2,50
Dezembro 0,44 1,14 2,95

O índice de 2017 foi influenciado, especialmente, pelas despesas com produtos e serviços dos grupos Habitação (com alta de 6,26% e impacto de 0,95 p.p), Saúde e Cuidados Pessoais (com alta de 6,52% e impacto de 0,76 p.p.) e Transportes (com alta de 4,10% e impacto de 0,74 p.p.). Juntos, estes três grupos representaram 2,45 p.p., sendo responsáveis por 83% da taxa. Já o grupo Alimentação e Bebidas, com queda de 1,87% e -0,48 p.p. de impacto, conteve o índice. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços.

IPCA – Variações e impactos por grupos – 2016 e 2017
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2016 2017 2016 2017
Índice Geral 6,29 2,95 6,29 2,95
Alimentação e Bebidas 8,62 -1,87 2,17 -0,48
Habitação 2,85 6,26 0,45 0,95
Artigos de Residência 3,41 -1,48 0,14 -0,06
Vestuário 3,55 2,88 0,22 0,17
Transportes 4,22 4,10 0,78 0,74
Saúde e Cuidados Pessoais 11,04 6,52 1,23 0,76
Despesas Pessoais 8,00 4,39 0,85 0,47
Educação 8,86 7,11 0,40 0,33
Comunicação 1,27 1,76 0,05 0,07

Em 2017, a produção agrícola ficou, aproximadamente, 30% acima da safra do ano anterior. Com isso, os preços do grupo Alimentação e Bebidas, que detém cerca de 1/4 das despesas das famílias, caíram 1,87%, e o grupo exerceu o principal impacto negativo no índice. Este é o menor resultado (-1,87%) e a única vez que o grupo apresentou deflação no ano desde a implantação do Plano Real.

A queda nos preços dos alimentos se deu, especialmente, por conta dos alimentos para consumo em casa. Com 15,67% de peso, estes alimentos caíram 4,85%, enquanto a alimentação consumida fora de casa, que pesa 8,88%, subiu 3,83%.

IPCA – Alimentação e bebidas, alimentação em casa e fora – Mês a mês
Mês Variação mensal (%)
Alimentação e Bebidas Alimentação em casa Alimentação fora
Janeiro 0,35 0,17 0,69
Fevereiro -0,45 -0,75 0,11
Março 0,34 0,31 0,41
Abril 0,58 0,68 0,38
Maio -0,35 -0,56 0,06
Junho -0,50 -0,93 0,32
Julho -0,47 -0,81 0,15
Agosto -1,07 -1,84 0,35
Setembro -0,41 -0,74 0,18
Outubro -0,05 -0,17 0,16
Novembro -0,38 -0,72 0,21
Dezembro 0,54 0,42 0,74
Acumulado -1,87 -4,85 3,83

Regionalmente, todas as áreas pesquisadas apresentaram deflação nos alimentos, com as taxas variando de -4,28% em Belém a -0,21% em Brasília.

IPCA – Alimentação e bebidas, alimentação em casa e fora – por região
Região Variação acumulada ano (%)
Alimentação e bebidas Alimentação em casa Alimentação fora
Belém -4,28 -6,43 3,33
Belo Horizonte -4,05 -6,93 2,32
Fortaleza -3,34 -5,23 2,33
Recife -2,69 -5,70 4,99
Goiânia -2,66 -6,33 4,81
Curitiba -2,56 -5,60 2,86
Campo Grande -2,25 -5,45 5,83
Vitória -2,17 -5,28 4,05
Salvador -2,15 -4,68 3,88
Porto Alegre -1,46 -4,38 4,90
Rio de Janeiro -0,91 -3,72 3,18
São Paulo -0,47 -3,54 4,18
Brasília -0,21 -4,38 5,51
Brasil -1,87 -4,85 3,83

Considerando os alimentos adquiridos para consumo em casa, vários tiveram queda significativa nos preços, com destaque para as frutas (-16,52%), maior impacto negativo no índice do ano (-0,19 p.p). A seguir, as principais quedas nos produtos alimentícios.

IPCA – Alimentos – Principais quedas no ano
Item 2016 2017
Variação (%) Variação (%) Impacto (p.p.)
Frutas 22,67 -16,52 -0,19
Feijão-carioca 46,39 -46,06 -0,14
Açúcar cristal 25,30 -22,32 -0,09
Leite longa vida 12,19 -8,44 -0,08
Carnes 3,01 -2,50 -0,07
Arroz 16,16 -10,86 -0,07
Frango inteiro 7,31 -8,67 -0,04
Feijão-preto 78,05 -36,09 -0,04
Alho 19,33 -22,50 -0,03
Açúcar refinado 23,62 -18,21 -0,03
Leite em pó 26,13 -9,56 -0,03
Frango em pedaços 4,15 -5,13 -0,02
Feijão-mulatinho 101,59 -44,62 -0,02
Feijão-fradinho 58,35 -32,42 -0,02
Óleo de soja 13,51 -5,40 -0,02
Queijo 12,72 -2,61 -0,01
Chocolate em barra e bombom 19,20 -6,51 -0,01
Farinha de trigo 3,28 -11,53 -0,01
Tomate -27,82 -4,23 -0,01
Macarrão 9,16 -2,90 -0,01
Farinha de mandioca 46,58 -3,93 -0,01
Batata-inglesa -29,03 -3,91 -0,01
Sorvete 8,81 -4,45 -0,01

Ficando atrás apenas do grupo Educação (7,11%), onde os cursos regulares (8,37%) se destacaram, o grupo Habitação (6,26%) apresentou a segunda maior variação, sendo responsável, porém, pelo maior impacto de grupo (0,95 p.p). As principais influências vieram de itens importantes na despesa das famílias, como o gás de botijão (16,00% e 0,19 p.p.), a taxa de água e esgoto (10,52% e 0,17 p.p.) e a energia elétrica (10,35% e 0,35 p.p.).

Durante o ano de 2017, a Petrobrás autorizou reajuste, nas refinarias, de 84,31% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg. As regiões pesquisadas variaram de 5,28% em Curitiba a 33,52% em Recife. Já a taxa de água e esgoto (10,52%) ficou entre 3,09% em Brasília e 22,96% em Belém. Nesta última, além do reajuste médio de 17,50% ocorrido em junho, a partir de 12 de dezembro passou a vigorar um complemento ao reajuste anterior, da ordem de 8,43%.

energia elétrica (10,35%) variou entre -0,33% em Campo Grande e 30,54% em Goiânia. Na primeira, houve redução de -1,92% nas tarifas. Em Goiânia, por sua vez, houve aumento de 15,70%. Cabe ressaltar o desconto, de até 19,50%, aplicado sobre as contas de energia elétrica, em abril, por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de modo a compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER), voltado a remunerar a usina de Angra III. Além disso, ao longo do ano, entraram em vigor as bandeiras tarifárias, acarretando em cobrança adicional, conforme apresentado na tabela abaixo.

IPCA – Energia Elétrica Residencial – Bandeiras Tarifárias
Mês Bandeira tarifária Cobrança adicional
Janeiro Verde
Fevereiro Verde
Março Amarela R$ 0,02 por kwh
Abril Vermelha 1 R$ 0,03 por kwh
Maio Vermelha 1 R$ 0,03 por kwh
Junho Verde
Julho Amarela R$ 0,02 por kwh
Agosto Vermelha 1 R$ 0,03 por kwh
Setembro Amarela R$ 0,02 por kwh
Outubro Vermelha 2 R$ 0,035 por kwh
Novembro Vermelha 2 R$ 0,05 por kwh
Dezembro Vermelha 1 R$ 0,03 por kwh

Saúde e Cuidados Pessoais fechou o ano com variação de 6,52%. Neste grupo, a pressão veio dos planos de saúde (13,53%) e dos remédios (4,44%). Estes itens são despesas importantes no orçamento do consumidor, com peso de 3,88% e 3,47%, respectivamente. A Agência Nacional de Saúde – ANS concedeu, em 2017, reajuste de até 13,55% para os planos de saúde. Nos remédios, o reajuste máximo autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – CMED foi de 4,76%.

Nos Transportes (4,10%), que detêm 18% do IPCA, peso superado apenas pelos alimentos, os destaques foram: gasolina (10,32%), ônibus intermunicipal (6,84%), emplacamento e licença (4,29%), ônibus urbano (4,04%), conserto de automóvel (2,66%).

A respeito da gasolina, está em vigor, desde 03 de julho de 2017, a política de preços da Petrobrás que permite que a área técnica de marketing e comercialização reajuste, na refinaria, os preços dos combustíveis, visando acompanhar a taxa de câmbio e as cotações internacionais de petróleo e derivados. Considerando-se a data de 03 de julho, até o dia 28 de dezembro (final da coleta do IPCA de dezembro), foram concedidos 115 reajustes nos preços da gasolina, acumulando um total de 25,49% de aumento. Ainda em julho, houve reajuste na alíquota do PIS/COFINS dos combustíveis. Na gasolina, a alíquota passou de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 por litro.

Além dos grupos anteriores, Despesas Pessoais (4,39%), onde sobressai o item empregado doméstico(6,47%); Vestuário (2,88%), com destaque para os calçados (4,01%), e Comunicação (1,76%), com variação de 6,04% no telefone celular, terminaram o ano com taxa positiva. Por outro lado, os Artigos de Residência (-1,48%) contribuíram na contenção da taxa do ano, destacando-se os itens Tv, som e informática  (-6,50%) e eletrodomésticos (-2,65%).

Dentre os índices regionais, Goiânia e Brasília apresentaram a maior variação, ambas de 3,76%. Em Goiânia, o destaque foi a energia elétrica, que subiu 30,54%, e a gasolina, com alta de 15,28%. Já em Brasília, os destaques foram a gasolina e o ônibus urbano, cujas altas foram, respectivamente, 17,86% e 25,00%. O índice mais baixo foi o de Belém (1,14%), onde as quedas do feijão-carioca (-46,21%) e do açúcar cristal (-35,62%) ajudaram a conter a taxa. Os índices, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir.

IPCA – Variações por região – 2016 e 2017
Região Peso Regional Variação anual (%)
(%) 2016 2017
Goiânia 3,59 5,25 3,76
Brasília 2,80 5,62 3,76
São Paulo 30,67 6,13 3,63
Curitiba 7,79 4,43 3,42
Recife 5,05 7,10 3,31
Rio de Janeiro 12,06 6,33 3,03
Vitória 1,78 5,11 2,55
Porto Alegre 8,40 6,95 2,52
Fortaleza 3,49 8,34 2,27
Salvador 7,35 6,72 2,14
Campo Grande 1,51 7,52 2,11
Belo Horizonte 10,86 6,60 2,03
Belém 4,65 6,77 1,14
Brasil 100,00 6,29 2,95

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de outubro a 29 de novembro de 2017 (base).

INPC sobe 0,26% em dezembro e fecha 2017 em 2,07%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,26% em dezembro e ficou 0,08 p.p  acima da taxa de novembro (0,18%). Com este resultado, o acumulado em 2017 foi para 2,07%, bem menor do que os 6,58% registrados em 2016 e a menor taxa acumulada no ano desde a implantação do Plano Real. Em dezembro de 2016, o INPC registrou 0,14%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,43% em dezembro, enquanto no mês anterior registraram queda de 0,54%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,19%, abaixo da taxa de 0,49% de novembro.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Fortaleza (0,48%), onde os alimentos registraram alta de 0,58%, acima do índice nacional (0,43%), com destaque para o frango inteiro (4,49%) e as frutas (4,38%). Belém (-0,29%) apresentou o menor índice, influenciado pela queda de 6,43% na energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

INPC – Variação por Regiões – Mensal e acumulado no ano
Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
Fortaleza 6,61 -0,29 0,48 1,91
Goiânia 4,15 0,98 0,47 3,14
Recife 7,17 0,06 0,46 2,62
São Paulo 24,24 0,53 0,43 2,68
Curitiba 7,29 -0,13 0,42 3,24
Rio de Janeiro 9,51 0,20 0,30 1,26
Vitória 1,83 0,02 0,18 1,85
Brasília 1,88 0,55 0,16 3,09
Belo Horizonte 10,60 -0,08 0,13 1,13
Porto Alegre 7,38 0,56 0,09 2,00
Salvador 10,67 -0,36 0,05 1,84
Campo Grande 1,64 0,57 0,01 0,85
Belém 7,03 -0,02 -0,29 0,74
Brasil 100,00 0,18 0,26 2,07

No fechamento de 2017, o INPC acumulou 2,07% de variação, abaixo dos 6,58% de 2016 em 4,51 p.p. Esta é a menor taxa acumulada no ano desde a implantação do Plano Real. Os alimentos tiveram variação de -2,70%, enquanto os não alimentícios subiram 4,25%. Em 2016, os alimentos haviam apresentado alta de 9,15% e os não alimentícios, 5,44%. A seguir, tabela com os resultados por grupo de produtos e serviços.

INPC – Variações e impactos por grupos – 2016 e 2017
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2016 2017 2016 2017
Índice Geral 6,58 2,07 6,58 2,07
Alimentação e Bebidas 9,15 -2,70 2,81 -0,85
Habitação 2,76 6,35 0,50 1,11
Artigos de Residência 3,29 -1,84 0,16 -0,09
Vestuário 3,67 2,73 0,27 0,19
Transportes 6,02 4,64 0,93 0,72
Saúde e Cuidados Pessoais 10,63 4,76 1,01 0,47
Despesas Pessoais 8,22 3,69 0,60 0,27
Educação 8,94 7,01 0,26 0,21
Comunicação 1,12 1,22 0,04 0,04

Quanto aos índices regionais, o maior foi de Curitiba (3,24%), tendo em vista a alta de 20,93% na energia elétrica e de 20,40% no ônibus urbano. Já o índice mais baixo foi o de Belém (0,74%), onde as quedas do feijão-carioca (-46,21%) e do açúcar cristal  (-35,62%) ajudaram a conter a taxa. Os índices, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir.

INPC – Variações por região – 2016 e 2017
Região Peso Regional (%) Variação anual (%)
2016 2017
Curitiba 7,29 4,21 3,24
Goiânia 4,15 5,36 3,14
Brasília 1,88 5,16 3,09
São Paulo 24,24 6,48 2,68
Recife 7,17 7,74 2,62
Porto Alegre 7,38 6,90 2,00
Fortaleza 6,61 8,61 1,91
Vitória 1,83 5,54 1,85
Salvador 10,67 7,40 1,84
Rio de Janeiro 9,51 6,23 1,26
Belo Horizonte 10,60 6,49 1,13
Campo Grande 1,64 7,16 0,85
Belém 7,03 6,87 0,74
Brasil 100,00 6,58 2,07

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de outubro a 29 de novembro de 2017 (base).

Fonte: Agência de Notícias IBGE

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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