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Sopa Salgada – Jornal Tribuna Liberal – 05/03/2017

Há muitos anos li algo sobre a sopa de Thomas Edison, o inventor, cientista, norte-americano, 1847 – 1931, ao longo de sua vida registrou 2332 patentes, entre elas, o fonógrafo, a lâmpada elétrica, e aperfeiçoou outros como a máquina de escrever, alimentos empacotados à vácuo, barateou a construção em concreto… e segue a lista …

Ahh sim, a sopa! Ele toda vez que precisava contratar um auxiliar para o seu laboratório convidava o candidato para tomar uma sopa. Ao lado do prato de sopa do visitante ele colocava um saleiro. Pois bem, se o candidato colocasse sal na comida antes de prová-la, seria reprovado sumariamente. A conclusão de Thomas deveria seguir a linha, essa pessoa está “pré-concebida” de vícios como poderá me ajudar num laboratório onde pretendemos descobrir o que não existe, descobrir o novo?

É lógico que nascemos com uma determinada capacidade, mas ninguém nos obriga a mantê-la, podemos incrementá-la em muitos segmentos da vida, e para isso necessitamos dos famosos 1% de inspiração e 99% de transpiração (frase cunhada por Thomas Edison). As pessoas não nascem medianas, gênios ou burras, não, elas podem evoluir ao longo da vida, ou podem emburrecer, é parte do livre arbítrio, decisão de fórum íntimo! Para emburrecer exige menos esforço, quase nenhum, basta a convicção de que o mundo está errado, você é especial, você é o cara!

Vamos lá! Vamos migrar para o ambiente da PME, você recebe um relatório de um subordinado, trata-se de um tema importante, então, como você é uma pessoa com discernimento irá ler com atenção e cuidados.

Ao lê-lo você encontra um erro conceitual e sabe que refazer um trabalho implicará em despesas extras. Você termina de ler e o que faz? Chama o fulano e diz:
( ) fulano isso está errado. Você deveria ter escrito tá tá tá…, ou
( ) fulano quando você escreveu isso, o que pensou exatamente?

Observe que são duas abordagens muito distintas, na primeira o seu “pré-julgamento” crítico não deixou espaço para nada, você terminou de ler o texto, e só não irá pular na jugular do fulano porque hoje em dia a lei dos direitos humanos o protege. A segunda implicará em você chamar o fulano, entender o ponto de vista dele, e falar o seguinte: ok, vamos juntos nessa empreitada, vamos discutir e conforme formos acordando os pontos colocamos no papel. Ok?

Assim, dependendo da sua resposta isso irá dizer muito sobre você.
A primeira mostra que você possui “pré-conceitos” e esse comportamento com certeza está em você há muitos anos, você é daqueles que irá colocar o sal sem provar a sopa. Com esse comportamento mental você não dará espaço para o crescimento do fulano e nem tão pouco se esforçará para entender um outro ponto de vista, ou entender a lógica do erro, se é que ela existe.

Agindo assim, num segundo relatório com erros, você chamará o fulano e dirá exatamente as mesmas palavras: fulano isso está errado. Você deveria ter escrito tá tá tá…. ou seja, esforço zero do fulano para evoluir e esforço zero de sua parte para evoluir, e novas despesas para a PME (esse é o foco do Dr Zero Cost).  Provavelmente num terceiro ou quarto documento errado você dispensará o fulano e dirá: Estou cercado de incompetentes, se eu não faço certo ninguém faz, estou sozinho nessa empresa! Será?

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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