Política

Quero votar…

Em um trabalhador?

Votar num expoente da classe trabalhadora; alguém que sofreu o que eu não sofri; alguém que irá defender sua classe, fazer greves, paralisar rodovias, queimar pneus, exigir aumentos descabidos do salário mínimo sem respaldo no caixa; Baixar na canetada a conta de energia elétrica, a conta do gás, a passagem do transporte público; e quem paga essa diferença? Como seria bom, se ao chegar ao cargo de Presidente da República do Brasil, pudéssemos decretar: agora, o litro do leite passará a 1 centavo. Assinado: Presidente do Brasil.


Em um empresário?

Também não posso votar num empresário de sucesso. Sabe-se lá como ele chegou a esse “sucesso”. Provavelmente terei maiores chances de entender os discursos rebuscados que sua equipe escreverá, mas ele defenderá o capital, o lucro e o ganho maximizado, o que não fará bem a saúde debilitada do paciente Brasil.


Em um sem terra?

O Brasil é continental e terras devem ser ocupadas, que tal colocar na presidência o número 1 do MST? Já que compartilhar será o verbo a ser conjugado pelas novas gerações, que não desejam ter, mas experimentar, que tal? Esse pessoal não respeita a propriedade privada e vive de doações. Se não temos os que produzem, como podem viver aqueles que vivem de doações? E esse negócio de dar um pedaço de terra para o fulano e entender que a partir dali ele irá sobreviver, como assim? Um lote de terra não possui valia se não for investido nele muita tecnologia para gerar produtos com preços competitivos. Experimente criar uma galinha em casa e quando ela estiver pronta para o abate, veja quanto ela lhe custou e quanto está o quilo de frango limpo no supermercado?


Em um candidato de esquerda?

Que tal um candidato de esquerda? No Brasil, a esquerda defende o Lula condenado e pedem a absolvição dele, afinal, se ele cometeu algum crime, foram pequenos se comparados com as benesses conseguidas em favor do trabalhador. Ok, nada é para sempre, temos uma conta de 13 milhões de pessoas perambulando pelas ruas a procura de uma vaga para trabalhar (e veja que nem na função antiga é, o fulano faz qualquer coisa, por qualquer salário, afinal é preciso almoçar). É, surfaram nos preços das commodities e quando a torneira secou… Agora estamos aqui exportando minério de ferro e soja, enquanto a Coreia do Sul exporta tecnologia e a China manufaturados. Santo despreparo, Batman.


Em um evangélico?

Devo votar num evangélico? Afinal, temos em Brasília a bancada da Bíblia. Eles pregam a palavra (e particularmente apoio a palavra do Salvador). Mas, como vivia Jesus Cristo? Sim, ele pregava, mas trabalhava? Não há como crescer, progredir sem trabalhar, sem produzir. Para dividir o pão, um fulaninho deve amassar a massa. Quem será escalado? O Edir?


Em um militar?

Já sei, vou votar num militar, assim ele coloca ordem na casa! Se há um tumulto, as pessoas não se entendem, quando o caos está instalado, quando o judiciário já não possui forças e sua institucionalidade está falida, o diálogo e as leis perdem eficácia, chame os milicos. Pronto, por bem ou por mal o tema irá se resolver (100% das vezes é por mal, na porrada, todo mundo na jaula). Nesses primeiros instantes os militares são eficazes.

O militar pode tomar o poder com tanques a qualquer momento, agora, governar com armas e tanques, será que dá certo? A história está repleta de governantes que governaram com mão de ferro. O baixinho Josef Stalin deve ter sido um expoente nesse quesito, industrializou a União Soviética e deixou um rastro de mais mortos do que toda a II Guerra Mundial.


Estou aqui pensando: Os pleitos acima são honestos?
Acredito, que sim.

Mas, então, em quem votar?!

Temos que votar num candidato Estadista, que não seja expoente de uma classe específica. Ele deve entender todas as necessidades da sociedade brasileira e encontrar um denominador comum. Sabemos que para atingir essa posição de Presidente do Brasil, o candidato irá prometer o impossível e deverá governar dentro das possibilidades. Mas, se ele for imparcial, não privilegiar as diversas facções da sociedade atual e governar para o Brasil e seu povo, já teremos dado um salto quântico e nos livrado do ranço que temos hoje.

O que deve executar o meu candidato, na..?

1. Saúde: É preciso manter a temperatura de cada brasileiro em 36 graus Celsius, afinal qualquer variação e já não respondemos coerentemente;

2. Educação: É preciso que o povo tenha acesso ao ensino básico e técnico. Se necessário, vamos deixar para segundo plano essa infinidade de faculdades que pipocam a todo instante e jogam despreparados com diploma no mercado;

3. Segurança: É preciso que os brasileiros possam ir à escola sem ter receio de serem assaltados ou mortos. Ok, já está lá na constituição brasileira a liberdade de locomoção, o direito fundamental que temos de poder ir, vir, sair, ficar, permanecer e se mover dentro do Brasil, mas alguém deve garantir que não seremos ameaçados. Esse alguém se chama Governo.

4. Burocracia: É preciso abrir as janelas dos palácios, repartições públicas e deixar entrar o sol. Com esse simples movimento, a maioria das bactérias e parasitas morrem na presença da luz.

Tags

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

Comente

Comente

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Categorias

Arquivo

RICCOL Sistemas

Pular para a barra de ferramentas