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Da porteira para fora (131) – Jornal Tribuna Liberal de 01/12/2019 – WOW 3.

Da porteira para fora (131) – Jornal Tribuna Liberal de 01/12/2019 – WOW 3.

Sim, o WOW 3, “Work On Why 3” é dedicado ao time, ou seja, aos colaboradores sejam eles CLTistas  ou não. Esse terceiro “Por Quê” cria ou nos ajuda, em muitos aspectos, conseguir um diferencial em relação a concorrência.

Existem muitas maneiras de nos diferenciarmos da concorrência, algumas empresas criam essas barreiras com o tempo, exemplo, barreiras financeiras; suponha que conheçamos o mercado e técnicas para exploração de petróleo, qual seria nossa chance de entrar nesse mercado? Zero, certo? Motivo: há uma forte barreira financeira que nos impedirá. Assim, muitos outros itens podem ser listados e buscados dependendo da nossa estratégia, exemplo: a marca forte pode ser uma barreira de entrada, suponha competir com a Coca-Cola. Ou a tecnologia, sabemos que o Brasil não desenvolve chips. A patente decorrente de uma pesquisa protege o autor por muitos anos. A estrutura da organização pode ser uma barreira, uma empresa com dezenas de filiais poderá atender um determinado seguimento de mercado com maior rapidez em comparação com uma empresa que possui somente sede única. A localização da empresa pode ser uma barreira, uma empresa com sede em Manaus estará mais acessível a um morador de Manaus do que se depender de um atendimento de São paulo. Os relacionamentos podem ser um diferencial que desemboca numa barreira para os novos entrantes. O idioma falado pode ser uma barreira, o fulano é finlandês, somente fala a língua da Finlândia e deseja entrar no mercado brasileiro. Etc. Etc.

O problema é que muitas dessas variáveis podem ser imitadas ou contornadas ao passo que um time que rema junto causará grandes dores de cabeça para aqueles que desejam imitá-los. A solução estará nas pessoas, no comportamento diante das dificuldades e não estará escrita num manual de boas práticas que na prática nunca cobrirá todas as possibilidades do negócio.

Suponha a seguinte situação; temos um comerciante proprietário de uma loja de doces para crianças. Ele passa para seus funcionários a seguinte instrução: Todo cliente ao adentrar a minha loja deverá ser recebido com um sorriso pelo vendedor.

Observe que a orientação que deverá estar escrita numa IT (Instrução de Trabalho) é muito interessante e fará com que o cliente se sinta bem recebido e poderá ser mais generoso com as compras, ou seja, conseguiremos como dizem os americanos um maior “share wallet”, ou seja, uma maior participação na carteira dele.

Essa abordagem seria aprovada com certeza pela maioria dos CEO´s. Agora, pensemos no sorriso em si, quantos tipos de sorrisos o ser humano pode expressar? Muitos. Podemos dar sorrisos falsos, sorrisos verdadeiros, sorrisos marotos, sorrisos de desprezo, e por aí seguimos longamente. Então, como fazer cumprir a nossa meta?

Nesse ponto é fundamental que o colaborador esteja alinhado com o objetivo da empresa, pois será impossível escrevermos uma Instrução de Trabalho que mergulhe fundo em todos os detalhes de um excelente atendimento, corremos o risco que se mesmo assim nos arriscarmos a escrever, o colaborador ao terminar de lê-la estará requerendo sua aposentadoria.

A dica aqui é rever a missão da empresa e complementá-la de sorte que o colaborador sinta fazer parte do time. Vejamos; a missão da empresa ou das empresas de um modo geral sempre são ambiciosas e impessoais. Ou seja, em poucas semanas tornam-se paisagens na recepção.

Podemos fazer esse teste, leia uma Missão na entrada de uma empresa, depois pense nesse mesmo texto colocado em uma outra empresa que você conheça. Há uma grande probabilidade de que o primeiro texto sirva como uma luva para a empresa que você acabou de pensar! Ou seja, as missões emolduradas nos quadros de recepções ou Intranets não fazem sentido para a empresa. E se não fazem sentido para a empresa, se não são escritas como um terno sob medida “tailor made” imagine o sentido que farão para as carreiras e motivações do colaborador? Nenhuma.

Então; O que fazer? Sugestão: escrever a missão da empresa e dentro do possível sermos fiel ao seu propósito, esqueçamos as frases prontas copiadas em sites de motivação. Feito isso criemos um ou dois parágrafos que ao serem lidos pelos colaboradores eles irão se identificar e entender qual é a missão deles.

Num exemplo, suponha que sua empresa seja um birô de software; a missão poderia ser: O melhor, o mais flexível, o mais escalável, o mais competitivo birô de criação de softwares do Brasil para administrar empresas de pequeno e médio porte. Ok, pode-se melhorar em muito essa descrição de missão, mas tomemos esse parágrafo como exemplo.

Um profissional que trabalha ou pretende trabalhar nessa empresa ao ler a missão, talvez, não se identifique, então, sugerimos acrescentar um segundo parágrafo. Somos o birô que congrega os melhores programadores na linguagem Java Script e nossa estrutura de pessoal é formada por gente que deseja crescer e fazer nossos clientes crescerem com a nossa tecnologia, nosso apoio e nossa performance. Assim, o colaborador ao ler o segundo parágrafo da missão irá identificar-se!

Portanto, concluindo até aqui:

WOW 1 – Trabalhe no seu “Por Quê”?

WOW 2 – Trabalhe no “Por Quê” o seu cliente irá adquirir algo de sua empresa?

WOW 3 – Trabalhe no “Por quê” do time?

Com isso estamos preparados para atacar o WOW 4 (o “Por Quê?” da empresa).

(Leia a mesma matéria no Tribuna Liberal)

(Leia a matéria anterior)

(Leia a próxima matéria)

 

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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