Existe diferença entre estratégia e inovação?
Sim, tudo começa com a criatividade cujo objetivo é desembocar na inovação. A estratégia é como iremos implantar essas inovações, como iremos disponibilizar nossos serviços e nossos produtos para os clientes e potenciais clientes? E, mais, como iremos despertar nesses clientes e potenciais clientes a percepção que estamos resolvendo um problema deles?
Como devemos analisar nossos clientes?
- A sugestão inicial é se colocar no papel que o cliente representa, buscar olhar o mundo e os produtos & serviços da maneira como ele enxerga. Efetuando esse exercício podemos elencar as variáveis que o cliente percebe, exemplo, qualidade, rapidez, preço, serviço de pós-venda etc.
Tendo feito isso podemos pedir para os clientes que possuímos melhor relacionamento que dê uma nota de 0 a 10 para o nosso produto ou serviço para as variáveis.
Exemplo, suponha que sua empresa seja a fornecedora para um cliente de um determinado software, então, o cliente poderá dar notas para itens como: Qualidade (“bugs” do sistema), tamanho do Banco de Dados, estabilidade do sistema, amigabilidade do software, preço, replicabilidade, velocidade de resposta do software, soluções para diversos “devices” (mobliles, tablets..), suporte online, facilidade para migração para sistemas mais parrudos, sua reputação como fornecedor no mercado e, segurança dos dados.
- Outra atividade que deveria ser executada nesse mesmo questionário seria pedir para o cliente uma segunda avaliação para as mesmas variáveis, ou seja, desta vez quanto ele esperava que o sistema pudesse oferecer naquele determinado quesito.
Exemplo, suponha que ele deu nota 6 para a aplicação em mobile, no entanto, ele não faz uso da aplicação via mobile, portanto, mesmo que esse device não seja satisfatório a nota 6 está de bom tamanho, não há necessidade de melhoria por parte do fornecedor, pois o cliente não valoriza esse tipo de facilidade. No entanto, ele poderá ter dado nota 8 para a segurança de dados, mas a expectativa dele é que o sistema tivesse uma nota 9,9 já que a perda dos dados pode lhe causar infindáveis dores de cabeça.
Com esses dois critérios de notas é possível medir a diferença que separa o produto ou serviço da expectativa de seu cliente. Assim, podemos tomar algumas iniciativas de melhorias.
O Brasil tem futuro? Qual é?
O passado cuida da nossa história e, embora ele deve ser constantemente desconstruído muitas vezes traz em suas histórias sinais do presente e do futuro. Sim, a Brasil possui um futuro e a resposta poderá ser bom ou ruim depende daquilo que nossos dirigentes apontarem para posicionar o ator Brasil no cenário mundial. Em outras palavras o nosso futuro depende fundamentalmente da(s) estratégia(s) que é (são) construída(s) no presente.
Vale dizer que essas estratégias não são e não podem ser rigidamente criadas e implementadas e sim, elas devem ser criadas sem um detalhamento profundo e devem ser monitoras online. Por tal, os empresários criticam tanto a burocracia brasileira. A grande diferença entre o século XX e o século XXI está justamente nas possibilidades de monitoramento online e por consequência a mudança de rumo em tempo real. A burocracia impede a implementação rápida da correção de desvios e mantém o Brasil na posição humilhante que se encontra em 2019.
As nações, as grandes empresas e as sociedades em geral caminham diante de cenários incertos. O que fazer? Acreditamos que o governo possui gente competente e sabe exatamente quais são esses cenários, mas daí a colocar em prática políticas adequadas há uma longa trajetória.
Os principais países e empresas forçam a criação de um determinado futuro que eles idealizam, apostando em determinadas tendências criando visões e inserindo-nos dentro dessas visões como consumidores. Ou seja, eles criam cenários, sabem que são incertos, mas trabalham e apostam para que essas visões se concretizem. Obviamente se as apostas se concretizam eles aproveitarão as oportunidades de mercado e se tornarão ainda mais ricos. Se um país não sabe aonde quer chegar, ou uma empresa não possui uma estratégia, ou uma sociedade não possui pilares morais sólidos, todos terão enormes gargalos para se desenvolver e crescer.
As incertezas são iguais para todos os países, no entanto, o mundo possui mapeadas as megatendências cabendo aos dirigentes brasileiros se posicionarem e representar a sociedade brasileira diante desses cenários.
Algumas incertezas possuem baixa probabilidade de ocorrerem outras as probabilidades são altas, então, “tomem seus ligares”.
Megatendências! Exemplos:
A TIC (tecnologia da Informação e Comunicação) é uma megatendência, ela ditará novas regras sobre as relações humanas, exemplo, com base nas novas tecnologias o que entenderemos por lazer em 2030?
A C&T (ciência & tecnologia) está diretamente conectada as inovações. O que esperam os países que investem atualmente em C&T? Esperam colocar a humanidade num novo patamar, exemplo, o mobile transmitindo em 3D.
Agora, imagine um país que discute 24 horas por dia se um jogador de futebol é culpado ou inocente de um determinado crime nas redes sociais, qual será a posição desse mesmo país num futuro não muito distante sobre os movimentos da automação, a robótica, a nanotecnologia e a biotecnologia?
Vejamos o impacto da C&T na educação, como poderá uma faculdade ser regulamentada por uma instituição de governo sob a égide de um rígido curriculum se um engenheiro formado em ciências da computação em 2018 caso não se atualize, muito pouco valerá seu diploma já em 2019? Conseguir um diploma atualmente é como comprar um carro novo, o fulano já sai da loja perdendo 20% e a partir daí só vai perdendo valor.
A SU – Singularity University uma das universidades mais concorridas dos EUA já prevê que o modelo atual das universidades deve ruir, a SU já não expede títulos para aqueles que completam seus cursos, o objetivo é formar gente capaz de inovar e, os problemas que o aluno deve resolver são de abrangência mundial e, estão aí na internet para quem tiver competência para resolvê-los. (continua na próxima semana).
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