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Da porteira para fora (154) – Jornal Tribuna Liberal de 10/05/2020 – Obsoleto.

Você está obsoleto? Não! Sua empresa está obsoleta? Não!

Pois é, se não estamos obsoletos devemos enfrentar essa crise com galhardia. Agora, se não nos preparamos, então, sinto muito, vários irão quebrar. Alguns podem argumentar: Como se preparar para algo que ninguém poderia imaginar que ocorreria?

É, o Corona vírus está aqui! Não nos preparamos e estamos sofrendo uma das piores crises que já passamos. O nome do danado é Covid-19, 19 porque foi descoberto em 2019 e chegou ao Brasil em março de 2020. Será que essa nomenclatura não quer nos dizer nada? Depois do 19 há espaço para o 20, 21, 22….

Lá atrás, em novembro de 2019 quando a China mostrava seus mortos, nós nos preparávamos para o carnaval. Mas, o que nossas autoridades poderiam ter feito com essa “gripezinha”? Poderiam ter dado maior atenção ao tema, estudado a possibilidade de uma pandemia. Poderiam ter compreendido que se tratava de um tema complexo, ou seja, muitas cabeças privilegiadas deveriam pensar no mesmo assunto, propor soluções, mitigar riscos e o nosso “Rei” decidiria entre um ou dois cenários e se seguir à risca.

Hoje, não sabemos quais instruções estão valendo, saímos nas estradas e estão repletas de veículos e a proporção se equivale a dos leitos hospitalares, mais gente sai às ruas, mais gente superlota os postos de saúde e hospitais.

Mas, a população é miserável, como isolá-la se em cada casa vivem três gerações e, muitos dormem na mesma cama? É preciso pensar, todavia, saídas existiam. Num exemplo, poderíamos ter fechado as escolas e os estádios no início do ano, abrigaríamos os idosos de alto risco em salas de aulas, hospitais improvisados sendo cuidados por profissionais e voluntários.

Hoje, esse tema é passado, as pessoas morrem aos borbotões, não há alternativa a discutir, o ladrão já entrou, o ladrão já roubou, o ladrão já foi embora, o tema é computar os prejuízos. Isolamento e máscaras. Aliás, algo que o brilhante Louis Pasteur já nos recomendava no século XIX, notável em como prevenir doenças e reduzir mortalidades.

As empresas de grande porte que possuem caixa irão sobreviver, as médias e pequenas – depende. Algumas estão até faturando um pouco a mais, outras estão se reinventando e outras irão quebrar se já não quebraram.

As que estão se reinventado optam por deliveries, Drive-Thru, comunicação a distância, vendas antecipadas, cooperativismo, etc. Muitas não conseguem aplicar essas alternativas que se apresentam e devem desaparecer. A solução neste momento está com a vacina anti-covid/19, antes dela as demais medidas serão mitigadoras.

O Brasil nem mesmo se manifestou quando os países mundo afora decidiram por um fundo único para essa pesquisa & desenvolvimento contra o vírus. Poderíamos ter dito: Vamos cooperar com 1 real, mas estamos juntos.

A obsolescência das pessoas e das empresas nos levarão ao sucateamento. Outros temas vindouros mundiais irão nos afetar, exemplo, as mudanças climáticas, a energia nuclear e o avanço exponencial da tecnologia. Portanto, é preciso se preparar desde já.

Infelizmente já temos no Brasil milhões de pessoas que não se prepararam para o século XXI, essas pessoas são acima de tudo seres humanos e de alguma maneira teremos que alimentá-las até a morte. Para conhecê-las basta verificar as filas que se formam em frente a CEF.

Uma maneira de protegê-las será o salário mínimo pago para as pessoas simplesmente pelo fato delas existirem e em tese esse derramamento de dinheirama não deve gerar inflação, pois, a demanda continuará baixa pela próxima década e esse salário retorna de alguma maneira para o seio da sociedade fazendo-a rodar. A dívida pública, sim, essa irá crescer! Mas, o que podemos fazer? Deixamos o Brasil atingir esse patamar da mediocridade, será um preço a pagar por gerações. Ou seja, a obsolescência cobra o seu preço.

O Marquês de Maricá diria “Quem não faz sacrifícios não alcança benefícios”. Deixaremos uma enorme dívida para as próximas gerações, fruto de incompetência que gerou a nossa obsolescência. O Dr Zero Cost diria: Apostamos por décadas nos mercenários e ignoramos os missionários.

Manter o apetite pela curiosidade em conhecer coisas novas é um bom começo para diminuir a obsolescência.

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Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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