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Da porteira para fora (193) – Jornal Tribuna Liberal de 14/02/2021 – Óhhh.

As profissões de contadores e economistas são absolutamente necessárias dentro de nossas empresas. Mormente a de contadores para fazer frente a imensa burocracia que elas enfrentam, fruto da mudança de leis e normas todos os dias. Sim, todos os dias, no Brasil não importa o quanto e como sua empresa paga em impostos, se ela sofrer uma auditoria haverá erros na contabilidade, seja a maior ou a menor.

A burocracia é tamanha que muitos dirigentes não desejam se envolver nas rotinas diárias, confiando e dependendo de seus comandados 100% do tempo. Sim, se os dirigentes se voltam para o tema aprenderão qual o formulário correto a ser preenchido, ou os códigos exigidos e saberão com maior profundidade os por quês suas empresas estão enquadradas neste ou naquele compartimento. Todavia, se assim o fazem perdem de vista o negócio, o coração de sua empresa que é, por exemplo, vender bens de capital, serviços etc. Na venda está a sobrevivência da empresa e não no saber preencher formulários A ou B, não que preencher esses formulários não seja importante.

Então, o que acontece na prática do dia a dia nas empresas? O presidente ou CEO a todo momento precisa saber se pode dar um passo aqui ou outro acolá, se haverá recursos para tal, assim, ele a todo momento consulta seu contador ou seu diretor financeiro. Essa consulta diária gera uma aproximação entre esse cargo e o comandante da empresa. E, constrói nos interstícios um crescimento desproporcional da importância desses cargos.

Vejamos, por exemplo, no governo de o sr. Bolsonaro, quantos de nós saberíamos dizer quem é o ministro da economia? Acredito que poucos não pronunciariam o nome de o sr. Paulo Guedes. E, os demais ministros?

Aqui temos a confusão de comando, Óhhh. Suponhamos que o governo atual tenha um problema de caixa, ex; a demanda pela continuidade do auxílio emergencial. Quem o comandante irá consultar? O diretor financeiro ou o Ministro da economia, certo? E, o que ele responderá? Não há caixa, nada podemos fazer, ou melhor, podemos sacar recursos da educação e alocar para os vulneráveis etc. E, paramos por aqui. A pergunta que fica no ar é: Quando a situação não permite avançarmos sobre o caixa devemos consultar o contador, o diretor financeiro ou o Ministro da Economia? Acreditamos que não somente. Por quê? Economistas não resolvem problemas de caixa, eles simplesmente realocam recursos de A para B, de B para A, de A para C, mas não geram recursos extras (ok, podem dar pedaladas, Óhhh). No entanto, aqueles que estão nos postos mais altos das organizações andam com os responsáveis pelo caixa a tiracolo.

Quem gera caixa, é o planejamento e a concretização das vendas. No caso brasileiro o Ministério do Planejamento foi iniciado em 1962 no governo de o sr. João Goulart, com nada mesmo que o sr. Celso Furtado no comando e o Plano Trienal. Havia um plano, Óhhh!

Depois, tivemos o golpe de 1964 e os militares fecharam esse ministério, na sequência, sabedores da importância de se ter um planejamento para governar, um plano, um objetivo, os militares, ainda no governo de o sr. Castelo Branco reabrem o Ministério do Planejamento, Óhhh! E, colocam um nome de peso, o sr. Roberto Campos, (lembremos que o presidente atual do Banco Central é o sr. Roberto Campos Neto, é filho de Roberto de Oliveira Campos Filho, e neto de Roberto de Oliveira Campos. O sr. Roberto Campos da era militar do sr. Castelo Branco (1964 – 1967), o primeiro da linhagem idealizou o BNDES, um banco realmente de fomento, sem “essa” de concorrer com o setor privado, Óhhh).

Roberto Campos (1964 – 1967) iniciou seu programa o PAEG – Programa de Ação Econômica do Governo. Com o novo governo do presidente Bolsonaro temos, infelizmente, a extinção deste ministério, Óhhh. E, a fusão do Ministério da Fazenda com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Tudo junto e misturado, Óhhh.

Qual é o nosso plano? Não pode ser somente a realocação de verbas! É preciso envolver quem planeja e quem vende! O governo pode vender? Sim, se ele tiver um plano para desenvolver a indústria irá arrecadar mais impostos. Se simplesmente aumentar impostos irá, como está, matar a indústria. Precisamos de um plano, bom ou ruim, depois vamos ajustando o Norte, Óhhh

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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