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Da porteira para fora (289) – Jornal Tribuna Liberal de 11/12/2022 – Resolvendo Problemas!

Todos nós temos problemas, muitos deles são resolvidos no automático. Suponhamos uma Dona de Casa que vai à feira, todas às terças-feiras. Ela possui uma missão a cumprir, buscar alimentos para a semana a fim de alimentar sua família. Antes de sair de casa, ela coloca uma roupa adequada, pega o carrinho, dá uma última olhadela na geladeira, pega a carteira com alguns trocados e parte. Obviamente, ela não fará planos para ir à feira, mas ela possui o passo a passo sedimentado em seu cérebro fruto de muita experiência e cumprirá o planejado.

Figura 1 fluxograma de qualquer processo inclusive de ir à feira

Suponhamos que um fulano seja responsável na Nasa pela missão Artemis, o objetivo desse programa é levar o homem de volta à Lua e a preparação para as futuras expedições à Marte. Há diferenças entre esse problema e o problema da Dona de Casa com a missão de ir à feira? Não. O que podemos dizer é que levar diversos homens à Lua e trazê-los de volta à Terra com boa saúde é uma missão mais complexa, no entanto, os passos a serem seguidos serão os mesmos da Dona de Casa para ir à feira.

Num nível intermediário, um CEO de uma pequena ou média empresa, possui problemas menos complexos a serem resolvidos do que levar o homem de volta para o espaço, mas qual será a metodologia que ele utiliza para resolver seus problemas? O mesmo? Sim.

O ponto inicial para resolver um problema mais complexo se comparado a ir à feira é criar um diagrama de blocos, existem padronizações para tal, mas utilizaremos o básico do básico. Como? Acreditamos que com 03 tipos de blocos, bem definidos, podemos dissecar qualquer problema, são eles:

  • Ações. Use um retângulo para instruções simples, ou seja, instruções sem questionamentos.

Figura 2 Escrevemos frases afirmativas nesse bloco, por exemplo, ir à feira.

  • Qual é a pergunta? Ou, quais são as perguntas? As perguntas dependem de onde estamos dentro do processo, elas são dispostas hierarquicamente. Usamos um losango, o losango é usado para uma instrução condicional de verificação. Nesse caso temos uma pergunta a ser respondida, se SIM faremos isso, se NÃO faremos aquilo. Por exemplo:- Está chovendo? Se SIM, a Dona de Casa pegará um guarda-chuva, ou:- A NASA consegue bancar sozinha os custos da missão Artemis? Se SIM, ela seguirá com a missão, pois o governo americano reservou verba para tal. Se, NÃO a NASA deverá buscar parcerias. Observe que as perguntas devem seguir a sequência lógica da solução, de nada resolverá o problema se a Dona de Casa ao chegar em casa retornando da feira depois de uma chuva torrencial e tivermos no diagrama a seguinte pergunta:- Há previsão de chuva para hoje?

Figura 3 Condicional, obrigatoriamente deve ser uma pergunta.

  • E, por último temos a pergunta sobre a repetição do processo. Utilizamos um losango também para repetições. Trata-se da condição “até que” ou “enquanto”, ou seja, faremos tal coisa “até que” a situação seja satisfeita ou faremos tal coisa “enquanto” o objetivo não for atingido. Na prática os técnicos dividem esse comando em duas linhas de repetição. Qual utilizar? Depende do problema, ou da fase do problema, são elas:
    • “até que”:- Suponhamos que exista uma caixa de Bis com 10 barras de chocolate, então, a repetição será: coma uma barra, retorne à caixa de Bis e coma outra barra e repita essa operação em 10 oportunidades. Observe que essa repetição se deu por 10 vezes.
    • “enquanto”:-Suponhamos que exista uma caixa de Bis com barras de chocolates, mas nesse caso não sabemos a quantidade de Bis que existem na caixa. Então, a repetição se dará “enquanto” houver Bis, ou seja, vá até a caixa de Bis e coma uma barra de chocolate, retorne e coma outra barra até que a caixa esteja vazia, quando a caixa estiver vazia vá para o próximo passo.

Figura 4 Condicional; “até que” e “enquanto” são loops e só sairemos dele quando a condição estiver satisfeita.

A partir desses 03 blocos montamos o lego do problema que será equacionado. Observamos que ao equacionar um problema em blocos, vamos caminhando para a saída, não podemos deixar pontas abertas no diagrama de blocos. Afinal, temos um objetivo final a ser atingido.

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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