Previsões para 2019!
Sim, depois da morte da mãe Dinah é comum constatar que qualquer um pode se arriscar em fazer previsões para o novo ano.
Vale ratificar que os economistas sempre acertam as previsões financeiras. Motivo: como os temos aos baldes e como cada um faz uma previsão divergente dos demais, com certeza um deles será coroado com louros ao final de 2019.
O novo governo.
O novo governo de o sr. Bolsonaro que se inicia neste janeiro de 2019 terá enormes desafios e é bom que se frise, um excelente governo com um povo medíocre não trará mudanças no “status quo”. Um prefeito não consegue manter a cidade limpa se seus habitantes jogam lixo nas ruas todos os dias.
De qualquer maneira o governo é importante no sentido de dar o exemplo e o Norte estratégico para uma nação. Em 2018 o Dr Zero Cost pautou essa coluna por dicas, conceitos e “cases” com foco na Pequena e Média Empresa, pois, acredita que essas empresas fortalecidas serão a saída para a crise brasileira. Lembremos que o governo não gera dinheiro, somente arrecada. E, no que tange a PMEs esperamos que o Norte seja:
- a melhoria das condições da porteira para fora da fábrica,
- a simplificação da burocracia herdada dos portugueses,
- a diminuição dos impostos recolhidos e que tenham um direcionamento certeiro e estreito,
- a diminuição ou eliminação dos incentivos fiscais setoriais para o bem de toda a cadeia industrial. E, se houverem, que sejam igualitários.
- a definição do Brasil de 2050, aonde queremos chegar, quais são as metas anuais por segmento escolhido e, quais serão os ecossistemas onde o Brasil deve se posicionar. Não podemos ser o “Mais Grande do Muuuuundo em tudo”.
O estrategista.
O estrategista da empresa é sempre o CEO, ou o presidente, ou o proprietário é ele quem deve aprovar as previsões para 2019 e, alguns anos à frente.
Será que o CEO, envolvido no cotidiano da empresa, no contas a pagar e no minguado contas a receber, consegue enxergar com clareza o que ocorrerá em 2019?
Se ele não pode e não deve confiar no passado, como pode prever o futuro? Se o CEO olha para os números do passado terá ele chances de enxergar os números para 2019? Aonde estão os dados subjetivos para serem computados? Aquelas conversas de corredores possuem ou não influência no desempenho da empresa? Há algum “outsider” que virá com uma inovação radical e destruirá a empresa? Vejam as grandes e maravilhosas livrarias, estão fechando as portas em 2018!
Como fazer essa dinâmica? Aonde está a sabedoria para passar por 2019 sem quebrar e, fazendo lucro? Nosso departamento de planejamento sabe a diferença entre planejamento estratégico e pensamento estratégico? Nosso time sabe a diferença entre criatividade e inovação? O CEO poderia começar por aqui?
Intuição.
A intuição para prever 2019 deve ser utilizada pelo CEO, no entanto, somente para os segmentos de mercado que ele possui uma longa estrada.
O que dizer da intuição de nossos empresários que ao fazer algum lucro em seus segmentos de origem são atraídos para outros mais “quentes”? Julgam-se onipotentes. Livres da mão invisível do mercado! Não aprendem que a diversificação é o caminho para a queda. Desconsideram a criatividade do time, sendo ela um dos bons canais que pode apontar o caminho para a inovação. Olham para as categorias de sua indústria, estão com uma viseira, poucos enxergam os “não clientes”. Esquecem-se que os concorrentes devem ser acompanhados para saber o que estão fazendo, nunca para imitá-los. Não entendem que o consumidor não teve aumento de renda nos últimos anos e que o campo da disputa por esse dinheirinho está fixo. E, as empresas mais inteligentes já morderam um pedação dessa carteira (Netflix, TV a cabo, Internet, “Mobiles”, Amazon, …. – Gente que não existia) e, cada vez sobra menos $$$ para ir ao restaurante, fazer aquela viagem, etc.
Os bonés dos colaboradores.
Os colaboradores normalmente vestem bonés onde se lê: “TM”, uma abreviatura de “Tamo Junto”. Será mesmo? Será que eles entendem sua participação no ecossistema que estão inseridos? Será que conseguem entender a distância que nos separa do mundo desenvolvido e o quanto devemos trabalhar e estudar para chegar lá?
IA.
As planilhas em Excel podem superar a inteligência artificial? As grandes empresas e os grandes grupos se utilizam da IA para saber o que o consumidor está desejando comprar, eles já saem na nossa frente nessa corrida por vendas.
Até quando o Brasil será o “mais grande do Muuuuundo”? Até quando o Brasil fabricará carros, caminhões, ônibus, aviões, trens, navios, lanchas, iates, bicicletas, patinetes, …? Somos bons em tudo? Isso é possível no mundo de 2019?
Para onde apontar?
O mercado está se reorganizando, se o carro elétrico virá e se o CEO comanda um negócio para Troca de Óleo o que farão seus filhos no futuro? Tocarão o negócio do papai? Existirá o negócio do papai?
Imagine-se como um feliz proprietário de uma agência de propaganda, você acaba de contratar um funcionário a peso de ouro para assumir o cargo de Criativo da Agência. O mesmo trabalho que cada vez mais está sendo executado por “bots”. Eles sabem o que o consumidor gosta, por onde trafega, o que lê, o que veste, aonde busca diversão, etc.
Sim, a solução é a repaginação do passado, a desconstrução daquilo que deu certo, os dois pés no caixa da empresa e um olhar crítico sobre os sinais fracos que a sociedade em geral nos oferece. A solução passa pelo governo brasileiro documentar aonde deseja chegar em 2050, como fez a China recentemente, assim, pelo menos podemos começar a abrir as picadas desse trajeto.
A Saída.
A saída é fazer perguntas, muitas perguntas e, se acharmos que sabemos as respostas, luz amarela à frente, a sinalização indica “Perda de Recursos”.
A orientação do Dr Zero Cost é uma boa teoria por trás das estratégias para dar o tom, o “frame” e, a partir daí, juntar os ingredientes, sejam eles as opiniões do CEO, as opiniões dos colaboradores, as opiniões dos fornecedores, as opiniões dos clientes, as restrições orçamentárias, as inspirações das mais realistas às mais extravagantes. O que foi planejado para 2018 e o que realmente ocorreu e, porque ocorreu? A política, enfim, a visão da floresta para depois conhecer a árvore que será escalada. A palavra final é sempre do CEO.
Se sabemos aonde queremos chegar em 2019, se sabemos ou identificamos a percepção do cliente que irá nos pagar por esse serviço ou produto a ser entregado, podemos atacar os processos internos da empresa e alinhá-los com nossos objetivos estratégicos. Por fim, estruturar o aprendizado e o crescimento do time.
O CEO poderá escolher se guiar pelo horóscopo, pular 7 ondinhas e, carregar sementes de romã no bolso durante todo o ano de 2019, mas cá entre nós, é preferível construir um mapa estratégico para a empresa. Ok, o mapa poderá falhar, ajustes serão necessários, mas ajustes finos o tornam cada vez mais preciso.
O Eco.
Outro ponto que deve corroborar para o bom desempenho da empresa em 2019 é o fato de os níveis abaixo do CEO caminharem alinhadamente com as micro estratégias encaixadas na estratégia máster, o que deverá evitar dezenas de pequenos incêndios no cotidiano da empresa.
Vamos lembrar do presidente Kennedy quando discursou em 25 de maio de 1961, a NASA não existia. Durante a guerra fria, ele disse: “Eles (URSS) construíram cinco foguetes que os levaram a colocar um homem no espaço. Poderemos, espero, fazer o mesmo neste ano. Mas estamos atrás”. E, depois disse: “Creio que esta nação deve perseguir o objetivo de, antes do fim desta década, levar um homem à face da Lua e trazê-lo, a salvo, de volta à Terra”, e finalizando: “Nós escolhemos ir à Lua nesta década e fazer outras coisas, não porque elas sejam fáceis, mas porquê são difíceis”.
No dia 20 de julho de 1969, Armstrong pilotou a nave para um local lunar plano, reduzindo a velocidade e com apenas uma margem de voo de 15 segundos de combustível. Então, disse; “Houston, aqui é a Base da Tranquilidade. A Águia pousou.”
Kennedy tomou a decisão, deu o Norte, criou a estratégia “máster”, no entanto, dali para baixo centenas de milhares de decisões estratégicas foram tomadas pelo time, todas alinhadas com a estratégia máster. Nós, brasileiros, precisamos dessa estratégia “máster” tropicalizada.
Esse episódio é prova cabal do avanço tecnológico acolhido dentro de um ambiente cooperativo, gerando a co-crição de valor. A tecnologia em si pouco acrescenta se por trás não houver o ser humano pautando os princípios das boas práticas e da ética da convivência social.
Seu time está preparado para tomar as decisões alinhadas com as suas estratégias? Se, não, aconselho pular 7 ondinhas e vestir branco na passagem.
O futuro está aí para ser criado, dentro de ecossistemas cujos ingredientes másteres serão tecnologia, cooperação e ética social.
Vamos em Frente. Feliz 2019!
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