Política

2017 e as PMEs

O Brasil é o país da semana que vem, assim, quando a semana que vem chega, passa-se para a semana que vem, e assim sucessivamente……Portanto, ter fé, ou esperar que 2017 seja uma maravilha para os negócios das PMEs depois do tsunami desses últimos dois anos é no mínimo ser ingênuo.

A inflação que vinha crescendo forte não fruto da demanda, mas sim de preços administrados pelo governo que foram majorados com força, mostra sinais de recuo. Assim, o Banco Central pode ir diminuindo esses juros escorchantes e aos poucos por tabela a produção voltará ao patamar de onde nunca deveria ter saído.

Não se pode governar um país onde o governo paga juros altos a fim de que os poupadores e investidores tenham como opção única atraente Letras do Tesouro Nacional com ganhos surreais, e esses mesmos poupadores e investidores são forçados a ficar em casa acompanhando notícias televisivas e gráficos financeiros já que investir na produção além de risco alto, traz baixos lucros. Obviamente na outra ponta a massa de desempregados cresce a taxas diárias. Não é preciso ser economista para averiguar que essa equação não fecha, e terminaremos comendo papel com vencimentos por décadas.

Quando os juros caem, o dinheiro sai dos bancos e deve ancorar em outros portos onde a rentabilidade se mostra mais eficaz. Ou seja, o crédito retorna ao mercado e o consumo é aquecido.

2017 se não for outro ano perdido pode mostrar esse lento retorno, por que lento? Porque nós brasileiros temos mais problemas a administrar do que delegacia de periferia em noite de sábado. São muitos, desde a falta de educação geral e irrestrita (talvez, o mais grave), de um governo patrimonialista onde o cidadão é visto como um ser que trabalha para sustentar o governo, leis trabalhistas ultrapassadas, leis fiscais complexas, uma previdência falida, e uma burocracia típica de país de quarto mundista.

Mas, e aí? O ano de 2017 será bom? O Dr Zero Cost não acredita, todavia, se essa fase péssima for revertida será um grande avanço, podemos esperar algo melhor e mais estruturado para 2018.

Vale mencionar que num mundo globalizado estamos sujeitos a marolas que ocorrem fora de nosso perímetro, temos dezenas de guerras fervilhando mundo afora e governos como dos EUAs que não sabemos exatamente quais serão suas ações, e dependendo daquilo que executarem os ricos, nós, pobres, sofremos ou teremos nossa dor amenizada.

Apesar de dura a PEC dos gastos mostra-se coerente, e será um avanço se tivermos esse limitador nos gastos públicos. O Brasil precisa entender que não é um país rico, e deve se encaixar no paletó que lhe está disponível.

E qual é a saída? Bem, temos uma equipe econômica de notáveis e as demais equipes de gente furreca, esse caldeirão não vai dar uma boa sopa. Seria melhor ter gente mediana em todos os postos.

O que o Dr Zero Cost tem observado é que existe na população uma camada de jovens alienados, mas uma pequena parte deles de gente antenada, querendo empreender, e fazer a diferença. Esses notáveis jovens da população é parte da esperança para a mudança e dias melhores.

Sugestão para atravessar 2017: fé, esperança, e coragem para voar mais alto. E monitoramento online para as ações de governo nos três níveis.

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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