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Da porteira para fora (234) – Jornal Tribuna Liberal de 21/11/2021– Motivação 6!

Chegamos aqui tendo discutido as teorias tradicionais da motivação e colocando luz nas âncoras de carreiras de Schein. Todavia, embora, pareça próximo de nós, a Teoria de Schein é de 1996, ou seja, caminhamos para 30 anos e mudanças ocorreram e estão ocorrendo, basta dar uma espiadinha pela janela.

As Teorias Tradicionais sugeriam testes vocacionais para identificar o perfil do colaborador (atividade do passado, “sorry”).

Por curiosidade abra uma folha de anúncios para “emprego” e não raro não entendemos o que está sendo solicitado; Num exemplo real… “Você trabalhará com executivos da suíte C, resolverá problemas e fornecerá recomendações acionáveis aproveitando seu know-how tecnológico e senso de negócios. Você desempenhará um papel ativo em todos os aspectos de um projeto para o cliente, ao lado de especialistas e parceiros de todos os cargos, incluindo desenvolvedores, designers, engenheiros de dados, coaches ágeis e outros. Isso inclui coletar e analisar informações, formular e testar hipóteses e desenvolver e comunicar recomendações para apresentações. Você também terá a oportunidade de apresentar resultados à gestão do cliente e aconselhar sobre sua implementação em colaboração com os membros da equipe do cliente. Além disso, você receberá orientação e suporte de nosso escritório local ou prática na seleção de projetos de clientes, ajudando você a desenvolver suas habilidades e construir sua rede. Todos os candidatos qualificados receberão consideração por emprego sem levar em conta sexo, identidade de gênero, orientação sexual, raça, cor, religião, origem nacional, deficiência, status de veterano protegido, idade ou qualquer outra característica protegida pela lei aplicável.” Pois é! Está tudo aí definido. É só se candidatar!

Após as teorias tradicionais e as Âncoras de Carreira de Schein (discutimos no artigo passado) nos deparamos com “Abordagem da Gestão de Recursos Humanos”, aqui a empresa identificava os talentos e os realocava no organograma. Algumas empresas nos anos 80 contratavam dezenas de estagiários, treinavam-os e após um período avaliavam-os e alocavam-os no organograma da empresa.

Depois vieram as Teorias Desenvolvimentistas, a pessoa escolhe a carreira, mas sofre influências externas como; meu pai é militar, meu avô foi militar, então, eu vou ser militar.

Aí chegamos em 2021, estamos diante das Teorias Não – Tradicionais, antes de descrevermos sobre elas vamos lembrar do Deus grego Proteu.

Quem foi Proteu?

Proteu na mitologia grega, é uma deidade marinha. É filho dos titãs Oceano e Tétis, ou ainda de Possêidon. Proteu era o pastor dos rebanhos de Possêidon. Reverenciado como profeta, tinha o dom da premonição e assim atraía o interesse de muitos que queriam saber as artimanhas do poderoso destino. Porém, ele não gosta de contar os acontecimentos vindouros, então, quando algum humano se aproxima, ele foge ou metamorfoseando-se assume aparências marinhas monstruosas e assustadoras.

Observemos essas características e o verbo metamorfosear, ou seja, ele se transforma conforme a necessidade se apresenta, é autodidata e empreendedor. Assim, desembocamos na carreira Proteana, uma alusão a  Proteus, a escola Proteana.

Em 2021 estamos diante de duas correntes, temos a Teoria Proteana e a Teoria Sem Fronteiras. No entanto, a ênfase está em que cada um gerencie a própria carreira, avalie como deve fazer para crescer e busque melhorar resultados. Obviamente as pessoas podem ficar paradas e acomodadas, no entanto, essa conta chegará. Sinto informar!

A carreira proteana parte do colaborador, ele possui valores & crenças & pretensões e, se a empresa oferece esses valores & crenças & pretensões, o candidato se alinhará à organização. Ou seja, o colaborador se gruda a um propósito específico. Mas, observemos que o mercado é dinâmico e, portanto, a organização precisa se adequar sob pena de morrer. Essa adequação está alinhada com diversas variáveis, uma delas a tecnologia e a outra de maior importância é a mudança do perfil do cliente. Tanto as pessoas como as empresas precisam ser flexíveis.

Esse novo colaborador do século XXI deve ter muitas facetas, experiências diversas, estar aberto ao novo, propor soluções criativas que possam ser monetizadas e agradem ao novo cliente do século XXI.

Nosso herói está lá em Portugal na cidade de Aveiro, então, se conselho fosse bom, diríamos; dê um passo até onde sua perna possa alcançar, fale pelo menos dois idiomas (o mundo está globalizado e sair de Portugal para ir trabalhar na França ou Alemanha é um pulinho), estude continuamente, saiba se relacionar, molde-se, crie seu networking e defina um passo a passo para sua carreira.

Se tivermos a oportunidade de conversarmos com um astro biólogo concluiremos que os estudos sobre seres vivos que conseguem sobreviver em condições extremas é uma realidade, os astro biólogos buscam saídas para sermos cada vez mais resilientes. Um extremófilo se encontra facilmente entre nós e pode, por exemplo, ser encontrado passeando naqueles musgos que se formam nas calhas ao redor de telhados é o Tardígrado, o homem já o colocou na Lua, e tudo indica que eles seguem firmes e fortes por lá. Quando as situações são extremas eles diminuem seu próprio metabolismo e podem aguentar muitos anos sem se alimentar. Pois é, a única coisa constante que teremos à frente serão as mudanças. Esteja preparado! (Continua na próxima semana).

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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