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Da porteira para fora (64p) – Jornal Tribuna Liberal de 19/08/2018 – Provocações 6.

Nesta série provocações o Dr Zero Cost recebeu algumas perguntas e, vamos responder uma delas neste artigo já que há relacionamento com a diminuição de despesas nas empresas, aproveitamos para desmembrá-la, vamos lá:

Leitor: As fofocas nas empresas aumentam os custos?

Primeiro é preciso relembrar que custo é tudo aquilo que entra no processo produtivo e, fofocas não entram no processo produtivo, portanto, não aumentam o custo. Todavia, fofocas aumentam em muito as despesas e, aumento de despesas significa aumento de gastos.

Por que fofocas aumentam as despesas?

Porque os colaboradores despendem dezenas de horas por ano conversando e, alimentando essas células cancerígenas dentro da organização que não  corroboram com a melhoria da produtividade.

É proibido falar de outra pessoa?

Não, absolutamente, mas vejamos:

-Você diz: Puxa que legal, o fulano terminou o curso de engenharia. Ou seja, que mal há nesse comentário? Nenhum. Agora, para a mesma situação: -Você diz: Enfim, o fulano terminou o curso de engenharia, ufaaaa! Observe que a fofoca sempre arrasta uma maldadezinha implícita. E, isso é tóxico para a organização.

Dica Popular Geral: Não fale das pessoas, fale com as pessoas.

Pessoas fofoqueiras são pessoas desinteressantes e, muitas vezes elas fazem fofoca para encobrir deficiências próprias. O fofoqueiro só existe se houver de outro lado alguém que o escute, mesmo que não diga nada. É importante não emprestar os ouvidos para o fofoqueiro, isso irá diminuir seu campo de ação. O fofoqueiro não possui uma boa autoestima. Ele se utiliza da palavra que destrói, são pessoas frustradas. Essas pessoas devem buscar ajuda com especialistas. Não discrimine ou recrimine o fofoqueiro são pessoas que precisam de ajuda. Uma boa saída é encaminhá-lo a um psicólogo, um psiquiatra, ou um processo de coaching.

Feedback.

Há uma diferença fundamental entre a fofoca e o feedback. O feedback pode ser positivo ou negativo. E cá entre nós, vamos combinar, as pessoas só crescem com feedback negativo. O feedback é importante para o funcionário, ele deve saber o que a empresa pensa dele, por tal, os programas de avaliação e meritocracia devem ser presenciais. Olho no olho. Os líderes devem estar abertos ao diálogo e falar a verdade. O resultado dessas conversas sempre será positivo, embora, a conversa muitas vezes seja para levantar e equacionar pontos negativos, pontos fracos relacionados ao desempenho. Esse procedimento não é fofoca.

Quais são os personagens fontes de fofocas?

Para responder essa pergunta vamos nos apoiar no criador do Triângulo de Karpman, temos:  

A Vítima, sr. ou sra Mártir, aquele que se sente explorado, é o sr Complacente, aquele que nunca diz não. É aquele que sussurra pelos corredores: “Eu sabia, ia sobrar pra mim, fulano não faz, beltrano menos ainda, para quem sobra? Pro marmita aqui”.

O Herói, sr. Eu sou o cara, é aquele que está sempre certo e, a empresa não progredi sem ele. Esse tipo inibe qualquer criatividade dentro da empresa, se ele é o que está sempre certo, porque deverá pedir opiniões de terceiros? E, pior, os demais não se dirigirão até ele para propor algo que faça a diferença. Heróis costumam ser narcisistas, eles não leem notícias, eles as criam.

O Vilão,  esse é o sr. ou sra. preguiça é o que faz o mínimo, é aquele sujeito que dá raiva. Cumpre a sua tarefa no limite, aquele que passa de ano com a nota mínima. Está sempre esperando o horário britânico para espancar o cartão de ponto no final da tarde. E, se a empresa precisa dele para uma tarefa extra, ele já possui um compromisso exatamente para aquele horário.

Final.

Há um ditado popular muito conhecido e, deveria estar na pauta do fofoqueiro, ele diz: Na vida use sempre palavras doces e macias, pois quando você  tiver que engoli-las de volta será mais fácil.

Há uma frase bíblica muito legal que resume essa história: O que você realmente é sobreviverá ao que as pessoas dizem que você é…  (Continua na próxima semana).

 

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Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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