Gestão

Santo Agostinho e as PMEs

Por que empresários brasileiros retrógrados conseguem sobreviver por longos períodos no Brasil? Porque somos um país periférico. Estamos no rabo da Via Láctea, o que acontece no epicentro demora para chegar até nós, no passado levava décadas, hoje, com a Internet as mudanças são mais rápidas e consequentemente essa sobrevida será cada vez menor.

Se olharmos para a história do Brasil podemos ver o bem que nos fez, por exemplo, Napoleão Bonaparte, suas ações fizeram com que o reinado de Portugal transferisse para o Rio de Janeiro toda a estrutura da Corte e com ela o que havia de mais moderno à época. Napoleão deveria ter um papel de destaque na história do Brasil, foi um dos notáveis (isso aconteceu no século XIX). Se formos rigorosos com a história, a Inglaterra concordou com essa mudança de Dom João para o Brasil, ou seja, também ajudou. Aqui podemos fazer uma suposição, se Portugal se votasse contra Napoleão, provavelmente a Inglaterra invadiria o Brasil e hoje não precisaríamos pagar curso de inglês para nossos filhos, enfim, está feito….

Hoje carregados por nossa miopia de mundo, um presidente no Brasil não necessita ter nenhum grau de instrução, é romântico, é bonito, é democrático, mas na prática assumir um cargo dessa responsabilidade sem conhecer administração pública pode e causa danos que levam décadas para serem reparados.

Como estamos distantes do centro nervoso e tecnológico do mundo moderno (alguns poucos segmentos de mercado contrariam essa regra), principalmente os proprietários da PMEs não sentem a necessidade de mudança, e quando sentirem já será tarde. Falência à vista.

Num exemplo, desde quando a Alemanha fala e implanta a nova revolução industrial, a indústria 4.0? Quando a grande massa de nossas empresas estará conectada ao tema? Mesmo o consumidor por não ter acesso ao que há de mais moderno, está condenado a consumir o que há disponível, e nossas PMEs seguem sobrevivendo.

Mirando o tema pelo prisma da PME nota-se que não há capital para investimento em novas tecnologias, ou novos processos, e muitas delas nunca ouviram falar em P&D ou R&D, no entanto, há uma saída que é a constante busca pelo aperfeiçoamento nos mínimos detalhes dentro de suas possibilidades. Muita informação está disponível na internet e gratuitamente, assistindo o Faustão aos domingos não iremos mudar esse cenário.

Temos que tentar, temos que ser criativos, fazer mais com menos enquanto os países ricos fazem mais com mais. Lá atrás Santo Agostinho já nos ensinava, “Errare humanum est, perseverare autem diabolicum.” – Errar é humano, perseverar no erro é diabólico. ”

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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