Um dos itens que mudaram no século XXI na execução de um projeto é o objeto final de conclusão. Por quê?
Suponha que iniciemos na data de hoje um determinado projeto e sabemos antecipadamente como ele deverá se apresentar ao ser terminado. Se esse projeto tiver um tempo de implantação de 12 meses, ao cabo desse período ele provavelmente terá defeitos ou desatualizações facilmente reconhecíveis. Por quê? Porque estamos idealizando um projeto hoje, restringido os resultados futuros com os parâmetros que conhecemos nessa data, mas tudo evolui, portanto, o mais assertivo é sermos flexíveis com o escopo do projeto e admitir eventuais mudanças. Sim, é preciso ser rígido com outras duas variáveis.
Esse mês decidi pagar o meu IPVA, ao observar o documento estava lá “COR PREDOMINANTE CINZA”, todo veículo possui uma determinada cor. Certo? Depois, ao ler sobre o IX-Flow da BMW me deparei com o conceito que esse veículo muda de cor ao comando do motorista. Uma tecnologia que já existe e meu Kindle a utiliza há alguns anos o “E Ink”. Se houver curiosidade veja a matéria do BMW no link E Ink: carro que muda de cor é apresentado pela BMW na CES 2022 – YouTube Agora, suponha que fomos contratados pelo Departamento de Trânsito para automatizar o cadastro de documentos de veículos. O que faremos no campo destinado para a cor? Mudanças!
Obviamente essa contratação para serviços ao DETRAN é um exemplo hipotético, no entanto, as mudanças serão cada vez mais significativas a partir do momento que tivermos uma nova força entrando no mercado de trabalho. Tudo que temos ao nosso redor e que foi melhorado devemos render sinceras homenagens aos sessentões, cinquentões, quarentões, trintões, todavia essas gerações foram educadas dentro de certos padrões e muitas das tarefas automatizadas seguem a regra do padrão anterior. Num exemplo, pensemos numa compra de um produto numa loja qualquer. Nós sentimos a necessidade de um determinado produto ou somos incentivados por uma propaganda e nos dirigimos ao local de compras.
Escolhemos a mercadoria, talvez, solicitemos um desconto, pagamos via métodos de pagamentos “tradicionais” e nos retiramos. Caso essa compra seja executada pela Internet o procedimento apesar de virtual será similar ao físico. Ou seja, toda e qualquer automatização nesse processo foi executada por uma geração educada dentro dessa rotina de compra.
Agora, imaginemos uma criança com 12 anos, nascida em 2010. Essa criança nasceu dentro do ambiente digital e o “jeitão” de ver o mundo será diferente. No entanto, ela não chegou ao mercado de trabalho e o fará nos próximos 10/15 anos já tendo experimentado o 5G, toda a modernidade da Sociedade 5.0 e a Indústria 4.0. Será que essa geração mudará os parâmetros anteriores? Não mudarão? Sim, mudarão e muito. Uma empresa que não entenda ou não possa liderar esse processo estará condenada ao fracasso. Por quê? Porque esses são os novos consumidores.
Pergunte para um cinquentão: – Qual banco você utiliza? E, terá um nome que lhe soa familiar. Pergunte a um jovem antenado de 18 anos:- Qual banco você utiliza? E, precisará reforçar a pergunta:-Qual, não entendi? Isso se ele não disser: “Tio, eu uso criptomoeda”.
Será que nossas empresas estão preparadas para satisfazer essa nova geração que está a caminho de se transformar em consumidores de razoável poder aquisitivo? Pensar no futuro com os conceitos do passado poderá trazer vida curta para as nossas empresas. O passado deve ser desconstruído e os sinais fracos têm sido nos enviado pelo futuro, mas é preciso enxergar.
As empresas que sobreviveram até aqui e estão no mercado deverão mirar em duas variáveis; tecnologia e humanização, e esse novo cliente deve estar disposto a pagar pelas inovações.
Quais são os sinais que o futuro está enviando? Bem, vamos exercitar:
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