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Da porteira para fora (111) – Jornal Tribuna Liberal de 14/07/2019 – O Convívio Inteligente.

Da porteira para fora (111) – Jornal Tribuna Liberal de 14/07/2019 – O Convívio Inteligente.

 

A missão empresarial, como é que ela deve ser definida?

Nosso foco é a pequena e média empresa brasileira, então, qual deve ser a missão da PME? Sabemos que o quadro que define a missão da empresa está ali na recepção e é constantemente visitado pelo pessoal da limpeza e, paramos por aqui. Então, como conseguir que os envolvidos visitem esse quadro diariamente? Sugerimos dividir a missão em três áreas distintas, ou seja, escrever três mini missões, e juntá-las num único documento se for conveniente.

Missão 1, O propósito da empresa. Por que ela existe?

Missão 2, O que os colaboradores irão ganhar (crescimento) se perseguirem a Missão 1?

Missão 3, O que o CEO, ou o comandante da empresa deseja para si.

 

Dica: Se as três mini missões estiverem alinhadas a PME terá maiores chances de sucesso.

 

Podemos dizer que o presidente da empresa, ou o proprietário é o responsável pela estratégia da empresa?

Sim, podemos dizer isso. Agora, o fato do dono, do presidente, do proprietário bater o martelo numa determinada estratégia, não implica dizer que ele percorreu solitariamente todos os caminhos que o conduziram a essa decisão.

Vejamos o tema da Reforma da Previdência, o presidente bate o martelo numa determinada proposta, mas outros construíram o documento, ajustaram, lapidaram e, aprovaram. Numa empresa qualquer assim deve ser feito, o presidente dará a palavra final, mas todos podem colaborar, principalmente os proativos.

É um erro crasso um presidente que se julga dono da verdade e, impõe suas vontades, essa época ficou para trás. Agora, se o projeto falhar a culpa será do presidente? Sim, o jogo é esse.

O que observamos nas empresas atualmente são diversos proprietários de feudos agindo através do “feeling”, de sentimentos, de interesses particulares e, como resultado temos pessoas ou grupos de pessoas remando em direções não convergentes.

Como podemos encaixar o tema da intuição do presidente nesse contexto?

Não defendemos o não uso da intuição, muito ao contrário, ela tem-se mostrado fértil quando o tema possui ligação direta com o segmento que o proprietário ou o CEO atua por anos a fio. A intuição tem-se mostrado pouco válida quando um empresário deseja investir em outro segmento atraído unicamente pela promessa de alta rentabilidade e particularmente quando ele desconhece detalhes desse novo negócio.

Como devo repreender desvios de funcionários?

Temos pelo menos três situações distintas, a saber, Você é o chefe do fulano, ou, você é um amigo do fulano, ou você está num cargo inferior ao fulano.

 

  1. Você é o chefe, o CEO, o presidente. Neste caso é simples, críticas no privado, ou seja, em ambiente particular. Elogios em público.
  2. Você é um amigo, um par. Para criticar você deverá receber a permissão para tal, deve ser escolhido, ou pode até fazer um pacto, “Olha você me diz o que eu estou fazendo de errado e eu lhe digo o que você está fazendo de errado.” As pessoas precisam ser próximas para que esse pacto tenha sucesso.
  3. Você possui um cargo inferior? O elogio pode soar como um puxa-saco, na maioria dos casos é recomendável não fazê-lo. A crítica é ainda mais perigosa. Motivo: o criticado irá fazer pré-julgamentos e irá lhe imputar a pecha de querer ser superior a ele. O que obviamente ele nunca irá admitir. Bem, uma solução é você desistir de criticar e, simplesmente, deixá-lo, se por ventura você estiver certo, a vida ou o mercado lhe trarão esses sinais por outros caminhos, seja através de prejuízos financeiros, seja através da infelicidade. Existe uma outra maneira de se fazer a crítica e ela é muito mais eficaz, no entanto, é preciso ser muito inteligente para fazê-la. Nós sabemos que cada ser é único, então, ele possui alguma, ou algumas qualidades que são inerentes a ele. Digamos, há uma missão nobre no sujeito, algo que está ali escondido que ele deixa escapar por se envolver com coisas mundanas. Vamos entender aqui mundano como prazeres do mundo, prazeres do próprio corpo, aquele que dá valor às superficialidades. É o erro de narciso. Enfim, o sujeito tem que encontrar sua vocação e se não encontrar, você pode tentar mostrar-lhe. Como? Você diz:  fulano você é bom nisso, se você aprofundasse essa virtude o mundo inteiro o desejaria, veja, que não estamos criticando sua vaidade e sim, mostrando a ele aquilo de bom que ele já possui. O conceito aqui é evitar a polêmica. Basta lembrar de Lavelle;  “nous nu jong tout le polemic inutility” (Continua na próxima semana).

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Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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