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Da porteira para fora (33p) – Jornal Tribuna Liberal – 14/01/2018 – Vamos Dominar o Mundo 8.

Uma pitada na Guerra dos Seis Dias, e o que podemos aprender?

No final de 2017, esta coluna estava revisitando a trajetória do povo hebreu. É incrível o barulho que faz esse povo e permeiam os jornais de todo o mundo quase que diariamente. Considere que a população mundial está em 7 bilhões de pessoas, a cidade de São Paulo possui cerca de 12 milhões de pessoas e Israel, cerca de 9 milhões de habitantes. O prefeito de São Paulo administra uma população maior que a do sr. Benjamin Netanyahu.

Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, a população de Israel era de 2,7 milhões de habitantes, cercada por 122 milhões de árabes liderados pelo sr. Gamal Abdel Nasser e fortemente conectados à União Soviética. Muitos dos judeus desta época eram imigrantes, não possuíam familiaridade com o manuseio de armas, não falavam hebraico e Israel não possuía uma única estação de TV. Que tal? O que nós empresários podemos aprender com essa vitória e determinação? O nome da solução implantada em Israel podemos denominar kibutz, ou se preferirem, a conjugação do verbo compartilhar. Será que nós, brasileiros, sabemos compartilhar? Fazer essa pergunta em ano de eleição é ingênuo, vamos ter pencas de candidatos beijando “criancinhas remelentas” e elogiando o participativo povo brasileiro.

Lendo relatos do cotidiano sobre essa guerra, ficamos cônscios de reuniões realizadas nas casas de militares (com suas famílias presentes), mapas sendo abertos em cima de móveis na mesa de jantar, nada de telas em 3D, de gente participando e lutando por sua pátria, por um ideal. Certo ou errado, não estamos aqui abordando este tema.

O comprometimento para sacar o Brasil desse atoleiro não exige nenhuma fórmula mágica, e sim ações simples e executáveis, desde que haja envolvimento honesto da grande maioria.

A FAI e o que podemos aprender?

Estamos iniciando um novo ano, 2018, e se pudéssemos resumir os desejos de todos os brasileiros, cairíamos em dois itens: emagrecer e ficar rico, não necessariamente nesta ordem. Para atingir essas duas metas, precisamos fazer um pouco por dia. Digamos, se emagrecermos 50 gramas num dia, perderemos ao longo do ano 18,25Kg, mas queremos perder os 18 Kg numa semana e ficar rico com o bolão da Mega. Dará certo?!

Um piloto da FAI (Forças Aéreas Israelenses), sr. Steven Pressfield, nos passa a fórmula usada na vitória de 1967, válida até hoje, em três passos:

– Complete a missão. Se a missão é perder 50 gramas por dia, não termine o dia sem ela; se a missão é fechar três contratos por dia, vá em frente; e assim por diante. Dvekut baMesima, dito em hebraico.

– Dê o melhor de si, não importa o que esteja fazendo. Se você está ali executando algo, faça o seu melhor. “Mas estou somente brincando com uma criança“. Sim, faça o seu melhor. “Mas estou fazendo visitas de rotinas para clientes“. Não importa, faça o seu melhor, não cumpra tabela, faça a diferença.

Em Brera. Naquela época cercado por milhões de árabes, a vitória era a única alternativa. Podemos extrapolar para sucesso; sucesso em conquistar um diploma, sucesso em entender o que ocorre a nossa volta, sucesso em melhorar nossa saúde, sucesso em falar um outro idioma (quanta informação passa por nós sem percebemos porque não falamos inglês?). Sucesso em deixar esse mundo melhor do que encontramos, sucesso em mostrar nosso valor. Estamos numa grande competição e nunca apreciamos um corredor de maratona ganhar uma taça sem antes ter vencido a corrida.

Qual(is) idioma(s) falava Jesus Cristo?

Esses povos do oriente nos primórdios falavam (ou falam) algumas línguas. Aprendemos com o prof. Pierre Lévêque que o termo semítico designa essas línguas, algumas já extintas. Mas ele as divide em dois grupos:

  1. Semítico oriental, ou acádico – o dialeto falado no norte da Assíria e sul da Babilônia (era o inglês da época) e esses dialetos foram extintos antes da era cristã;
  2. Semítico ocidental – aqui há diversos grupos e deixamos para registro:
    1. O Ugarítico (aquele das tabuinhas);
    2. O Cananeu, que possuía três idiomas próximos:
      1. fenício;
      2. hebraico (o povo de Israel fala o hebraico);
      3. moabita;
    3. O Aramaico – Jesus Cristo falava o aramaico, mas alguns estudiosos escrevem que ele conhecia o grego e o latim, idioma dos romanos ocupantes da região no seu tempo. É plausível que Cristo falasse o grego e o latim, afinal, como ele iria conversar com os romanos da época? Esses episódios Tupiniquins de enviar presidentes brasileiros para reuniões internacionais, sem o fulano falar inglês, é coisa de Brasil. O aramaico também abriu um leque de dialetos na região. Na era moderna, o aramaico extinguiu-se e deu lugar ao árabe;
    4. O norte-arábico, difundido pelo islamismo;
    5. O sul-arábico que, segundo o professor, está cravado em monumentos antigos do pobre Iêmen e seus dialetos;
    6. O etíope, língua falada na Etiópia.

Os idiomas, além de mutantes, são extinguidos ao longo dos tempos, ou seja, tudo que não se usa, atrofia. O mesmo é válido para o cérebro. Não há grandes vantagens em possuirmos centenas de idiomas no planeta. Alguns militares e técnicos defendem a tese que quanto mais complexos os idiomas, mais bem guardados estarão os segredos estratégicos e industriais daquela nação. No entanto, o mundo parece caminhar para um único idioma nos próximos séculos e, como demonstra a história, os donos do poder devem impor sua vontade. Pergunte a um americano comum qual incentivo ele possui para falar o português? Será que eles estão interessados nos nossos segredos industriais? Querem escutar as conversas da sra. Dilma sobre armazenamento de ventos? Somos nós que devemos ir à escola e aprender o idioma deles. Goste ou não, o poder está com eles (hoje). A falta de poder se reflete em muitos outros segmentos. Por exemplo: Qual sistema para transmissão de TV será implantado no Brasil? Será um sistema idealizado aqui ou importaremos tecnologia?

(Continua na próxima semana)

(Leia o artigo anterior)


Você também pode ler essa coluna diretamente no Jornal Tribuna Liberal, clicando aqui.

Dr Zero Cost

Dr Zero Cost por Ailton Vendramini, perfil realizador com formação na área de Engenharia, tendo trabalhado no Brasil e no exterior. Atualmente acionista em algumas empresas e foco em Mentoria & Consultoria para pequenas e médias empresas no segmento de Gestão/Vendas/Marketing/Estratégia.

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